Como montar uma cesta defensiva
Ativos defensivos tendem a oferecer receita mais previsível, demanda resiliente e, em muitos casos, distribuição de dividendos. Uma cesta curada pode reduzir a volatilidade e preservar capital. Aqui estão os pilares que merecem atenção.
Bens de consumo não-cíclicos. Empresas que vendem itens essenciais — higiene, alimentos, produtos de limpeza — mantêm vendas mesmo em recessões. Exemplos globais como The Procter & Gamble (PG) e PepsiCo (PEP) ilustram negócios com marcas consolidadas, fluxos de caixa estáveis e histórico de pagamento de dividendos. Em termos práticos: menos sensibilidade a ciclos econômicos.
Utilidades. Serviços essenciais como eletricidade e água costumam operar sob regimes regulados que oferecem previsibilidade de receita. Companhias como NextEra Energy (NEE) atraem investidores buscando rendimento e estabilidade. Atenção: utilidades podem sofrer em ambientes de taxas de juros mais altas, porque o custo de capital pressiona avaliações.
Saúde. O setor de saúde combina demanda contínua com exposição mais baixa ao ciclo econômico. Produtos farmacêuticos, serviços hospitalares e provedores de equipamentos tendem a sustentar margens mesmo em desaceleração. Além disso, tendências demográficas favorecem demanda de longo prazo.
Metais preciosos. Ouro e prata funcionam como reserva de valor e hedge contra risco monetário e incerteza institucional. Não geram fluxo de caixa, portanto não pagam dividendos; seu papel é preservar poder de compra em cenários de desconfiança. São voláteis no curto prazo, mas têm função complementar em carteiras defensivas.