A corrida armamentista da cibersegurança no setor de tecnologia: o frenesi de aquisições que remodela o investimento em segurança

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Aimee Silverwood | Financial Analyst

7 min de leitura

Publicado em 16 de dezembro de 2025

Com apoio de IA

Resumo

  • Oferta da ServiceNow pela Armis redefine valuations e eleva preços em fusões e aquisições cibersegurança.
  • Empresas compram competências para acelerar plataforma; tendência favorece investimento em segurança cloud e estratégia platform security.
  • Investidores brasileiros enfrentam valorização empresas de segurança e risco cambial ao buscar como investir em empresas de cibersegurança.
  • Prêmios elevados aumentam riscos; atenção a riscos integração cibersegurança e oportunidades e riscos de M&A em segurança em nuvem.

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A oferta da ServiceNow e o novo patamar de preços

A proposta de US$7 bilhões da ServiceNow pela Armis não é apenas um negócio isolado. É um marcador de referência. Isso significa que fusões e aquisições em cibersegurança passaram a ter um preço de mercado recalibrado — e esse recálculo tende a elevar valuations em todo o segmento. Vamos aos fatos: grandes plataformas preferem comprar capacidades especializadas em vez de desenvolvê‑las internamente, por velocidade e pela complexidade técnica envolvida. Resultado? Uma onda de consolidação que favorece ativos com tecnologia proprietária, bases recorrentes de clientes e ecossistemas difíceis de replicar. Veja exemplos como CrowdStrike, Palo Alto Networks e Fortinet. São alvos óbvios para esse tipo de corrida por capacidades plugáveis em cloud security, gestão de identidade e detecção por IA.

Por que as techs estão comprando e não construindo

A resposta é pragmática. Zero trust, trabalho remoto disseminado e migração massiva para nuvem tornam modelos perimetrais obsoletos. Organizações exigem soluções que protejam workloads distribuídos, gerenciem identidades em escala e automatizem respostas por meio de IA. Construir essas competências do zero consome tempo, capital e talento escasso. Acionar o botão de compra acelera a oferta e reduz o risco de perder clientes para concorrentes mais rápidos. E há outro fator: empresas especializadas já trazem receitas recorrentes e integração com clientes corporativos, o que facilita cross‑selling imediato.

O impacto para investidores brasileiros

O efeito prático para quem investe no Brasil é duplo. Primeiro, a referência de preço tende a inflacionar valuations de empresas listadas no exterior que atuam em segmentos análogos. Isso cria oportunidades de ganho em operações bem cronometradas, mas também eleva o risco de pagar prêmio demais. Segundo, há exposição cambial direta: ofertas em dólares puxam para cima os preços em bolsas internacionais, enquanto a receita para investidores em reais pode oscilar conforme o câmbio. Além disso, poucas empresas brasileiras listadas têm escala ou tecnologia comparável, o que limita opções locais e aumenta a dependência de ativos estrangeiros.

Prêmio estratégico e riscos de integração

Quando compradores competem, ocorre competição por leilão e inflacionamento de preço. Esses prêmios estratégicos podem distorcer o valuation para além do justo valor econômico. E comprar é a parte fácil; integrar costuma ser a difícil. Existe o risco real de que a agilidade, a cultura e o foco técnico do alvo sejam diluídos após a aquisição. Sinergias prometidas podem não se materializar, e ativos adquiridos podem até perder valor se o processo de incorporação falhar. Em termos práticos: investidores devem considerar não só a alta potencial do preço de venda, mas também a probabilidade de execução do comprador.

Onde estão as oportunidades e quais são os gatilhos de crescimento

Os motores que sustentam interesse e múltiplos são claros: adoção de zero trust, migração contínua para cloud, escalada de ameaças cibernéticas, avanços em IA para detecção e resposta e capacidade financeira dos grandes players para fazer aquisições. Plataformas que combinam SecOps e ITSM, como a ServiceNow, demonstram o apetite por stacks integrados. Para investidores temáticos, empresas com receita recorrente e tecnologia nativa em nuvem oferecem o melhor perfil de risco/retorno.

Considerações finais e mecanismo de acesso a ativos

A questão que surge é: como participar sem assumir todo o risco? Ferramentas de investimento fracionado permitem acesso a papéis caros sem comissões, facilitando a diversificação. Plataformas como Nemo/Neme oferecem frações de ações e isenção de comissões, o que pode interessar a investidores brasileiros que queiram exposição ao setor, lembrando sempre que não se trata de recomendação personalizada. Não há garantia de retornos. Aquisições podem inflacionar preços no curto prazo, mas o valor sustentável dependerá da execução das sinergias e do desenvolvimento contínuo da demanda por segurança em nuvem.

Leia mais: A corrida armamentista da cibersegurança no setor de tecnologia: o frenesi de aquisições que remodela o investimento em segurança.

Análise Detalhada

Mercado e Oportunidades

  • Segurança em nuvem: demanda elevada por soluções que protejam workloads, garantam configurações seguras e gerenciem posture à medida que a migração para nuvem aumenta.
  • Gestão de identidade e acesso (IAM): crescimento impulsionado pela adoção de arquiteturas zero‑trust e pela necessidade de controlar acessos distribuídos.
  • Detecção e resposta baseada em IA: soluções que automatizam triagem e resposta ganham vantagem competitiva e tornam‑se alvos estratégicos.
  • Convergência SecOps/ITSM: plataformas integradas que unem operações de TI e segurança ampliam o mercado end‑to‑end e favorecem fornecedores com suites completas.
  • Mercado de aquisições: empresas especializadas com clientes recorrentes e tecnologia proprietária têm maior probabilidade de receber ofertas estratégicas.

Empresas-Chave

  • ServiceNow (NOW): Plataforma ITSM com foco em fluxos de trabalho corporativos; tecnologia central baseada em gestão de serviços e automação, casos de uso em integração SecOps e resposta integrada; empresa pública com ampla base corporativa e histórico de aquisições para ampliar capacidades de segurança.
  • Armis (Não listada / Privada): Proteção de dispositivos IoT e ativos conectados como tecnologia central; casos de uso em visibilidade e segurança de dispositivos OT/IoT em ambientes industriais e empresariais; companhia privada posicionada como alvo estratégico por oferecer capacidades difíceis de replicar rapidamente.
  • CrowdStrike Holdings (CRWD): Tecnologia nativa em nuvem para endpoint detection & response (EDR) e threat intelligence; casos de uso em detecção em endpoints, hunting e resposta remota; empresa pública com forte base de clientes e modelo SaaS recorrente.
  • Palo Alto Networks (PANW): Firewall de nova geração e plataforma de segurança integrada como tecnologia principal; casos de uso em proteção de perímetro, cloud e segurança de aplicações; grande fornecedor público com décadas de P&D e barreiras de entrada elevadas.
  • Fortinet (FTNT): Abordagem integrada de hardware e software para rede e segurança; casos de uso em proteção de redes corporativas e appliances de desempenho elevado; empresa pública com ecossistema difícil de replicar e forte penetração em clientes empresariais.

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Riscos Principais

  • Inflação de valuation causada por prêmios estratégicos e leilões competitivos entre adquirentes.
  • Risco de integração: perda de agilidade, cultura e foco técnico após incorporação por players maiores.
  • Risco de execução e sinergia: aquisições que não entregam economia de escala ou cross‑selling podem desvalorizar ativos comprados.
  • Concentração de mercado e dependência em poucas grandes aquisições: falhas em negócios‑âncora podem reduzir o interesse do mercado.
  • Risco macroeconômico e de financiamento: variações em taxas de juros e condições de crédito podem limitar capacidade e apetite para grandes transações.
  • Risco regulatório/antitruste: operações muito grandes ou em determinados mercados podem enfrentar revisão, apesar da percepção atual favorecida à consolidação em segurança.

Catalisadores de Crescimento

  • Adoção acelerada de modelos zero‑trust por organizações de todos os portes.
  • Migração contínua para cloud e arquiteturas distribuídas que exigem novas camadas de proteção.
  • Escalada de ameaças cibernéticas e maior foco regulatório, elevando orçamentos de segurança.
  • Avanços em inteligência artificial aplicados à detecção e resposta automatizada.
  • Capacidade financeira de grandes fornecedores (uso de ações como moeda de troca) e condições de crédito ainda favoráveis para M&A.
  • Pressão por plataformas integradas (one‑stop security stacks) que favorece aquisições de especialistas plugáveis.

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Perguntas frequentes

Este artigo é material de marketing e não deve ser interpretado como recomendação de investimento. Nenhuma informação aqui apresentada deve ser considerada como orientação, sugestão, oferta ou solicitação para compra ou venda de qualquer produto financeiro, nem como aconselhamento financeiro, de investimento ou de negociação. Quaisquer referências a produtos financeiros específicos ou estratégias de investimento têm caráter meramente ilustrativo/educativo e podem ser alteradas sem aviso prévio. Cabe ao investidor avaliar qualquer investimento em potencial, analisar sua própria situação financeira e buscar orientação profissional independente. Rentabilidade passada não garante resultados futuros. Consulte nosso Aviso de riscos.

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