A infraestrutura terrestre que sustenta a Starlink
Satélites sem estações terrestres confiáveis são promessas sem execução. Vamos aos fatos: a operação exige estações terrestres para uplink e downlink, fibras ópticas para backhaul onde possível, torres para instalar equipamentos em pontos estratégicos, alimentação elétrica estável em locais remotos e logística especializada para transportar e instalar equipamentos sensíveis. Isso significa que o sucesso do projeto não depende apenas dos satélites em órbita, mas de uma extensa e contínua cadeia em solo.
Empresas de torres de comunicação têm potencial para contratos de arrendamento de longo prazo. Operadoras como a IHS HOLDING LTD (ticker IHS) possuem milhares de locais e podem oferecer espaço e infraestrutura para terminais e rádios da Starlink, resultando em receitas previsíveis. Construtoras especializadas em telecomunicações também entram no jogo, ganhando contratos de construção e manutenção que se estendem por vários anos.
Fornecedores de energia são outro ponto crítico. Muitas estações estarão em áreas off-grid ou com rede elétrica instável. Soluções como microgrids, baterias e painéis solares, combinadas com geradores de apoio, aumentam a resiliência operacional. Fornecedores que entreguem sistemas renováveis e distribuídos tendem a ser mais procurados.
A logística final — transporte e montagem — não pode ser subestimada. Equipamentos sensíveis requerem manuseio especializado e roteiros que cruzam estradas pobres e longas distâncias. Empresas de logística que já atuam em projetos de energia e telecom em regiões remotas podem capitalizar com prestação de serviços de longo prazo.