A potência agrícola do Brasil: por que as ações dos EUA e da UE são a chave

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Aimee Silverwood | Financial Analyst

Publicado em 28 de outubro de 2025

Resumo

  1. Ações agrícolas Brasil: exposição por meio de empresas dos EUA e UE aumenta transparência e governança.
  2. Investir agronegócio brasileiro com máquinas agrícolas Brasil, sementes e fertilizantes Brasil impulsiona vendas recorrentes.
  3. Exportação de soja Brasil e produção de milho Brasil ampliam demanda e justificam investimento internacional agronegócio.
  4. Ações Deere Brasil, CNH ações Brasil e AGCO ações Brasil via ADRs oferecem diversificação cambial e geográfica.

A potência agrícola do Brasil: por que as ações dos EUA e da UE são a chave

O agronegócio brasileiro vive um momento de alavanca estrutural. Lideramos as exportações mundiais de soja e somos o segundo maior produtor de milho; a safra anual de soja supera 120 milhões de toneladas. Vamos aos fatos: essa escala não nasce do acaso, mas da combinação entre terras extensas, clima favorável em muitas regiões e rápida adoção de tecnologia.

Mas como o investidor que prefere mercados regulados pode surfar esse ciclo? A resposta mora nas empresas listadas nos Estados Unidos e na União Europeia que vendem maquinário, sementes, fertilizantes e serviços de trading para o Brasil. Em vez de comprar ativos brasileiros diretamente, é possível obter exposição ao crescimento do setor por meio de players globais que operam localmente.

A potência agrícola do Brasil: por que as ações dos EUA e da UE são a chave

Por que olhar para ações dos EUA e da UE

Empresas como Deere (DE), CNH (CNH) e AGCO (AGCO) têm presença industrial, fábricas e redes de concessionários no Brasil. Elas adaptam equipamentos para as grandes propriedades brasileiras e oferecem soluções completas, do financiamento à manutenção e à agricultura de precisão. Grande parte da tecnologia — sensores, sistemas GPS, aplicação de taxa variável — vem desses fabricantes.

Isso significa maior transparência regulatória e divulgação financeira. Empresas norte-americanas e europeias reportam resultados segundo padrões consolidados, praticam governança corporativa mais madura e estão sujeitas a supervisão de mercados mais exigentes. Para o investidor, isso pode traduzir-se em menor risco operacional e em informação de melhor qualidade para decisão.

Além disso, a diversificação geográfica dessas empresas reduz a dependência exclusiva do ciclo brasileiro. E, importante, investir em ADRs ou ADRs globais pode oferecer alguma proteção contra flutuações do real, embora não elimine totalmente o risco cambial.

Cadeia de valor e catalisadores de crescimento

A cadeia de valor do agronegócio vai além das máquinas. Sementes transgênicas de alto rendimento, fertilizantes importados e traders globais que embarcam soja e milho compõem um ecossistema dominado por players internacionais. A demanda por fertilizantes e sementes de alto desempenho garante vendas recorrentes. A agricultura de precisão e o uso de software para gestão de fazendas ampliam a necessidade de equipamentos e serviços.

Fatores estruturais suportam a tese de investimento: crescimento populacional global, aumento do consumo de proteína na Ásia, investimentos em infraestrutura logística e maior acesso a crédito rural. Tudo isso tende a elevar volumes e a incentivar a modernização do parque agrícola.

Riscos relevantes e pontos de atenção

Investir com base nessa tese exige reconhecer riscos concretos. Eventos climáticos extremos, como secas e enchentes, podem reduzir safras e adiar compras de máquinas. A volatilidade dos preços das commodities influencia o caixa dos produtores e, por consequência, a demanda por equipamentos. Mudanças em políticas comerciais, pressões regulatórias ambientais e regras sobre uso de agrotóxicos podem alterar custos e margens.

Há também questões sensíveis ao público brasileiro: desmatamento e preservação do Cerrado atraem atenção de investidores e consumidores internacionais, e podem resultar em exigências de ESG mais rígidas.

Como acessar essa exposição hoje

Para quem prefere mercados desenvolvidos, há opções práticas. A carteira “Ações Agrícolas do Brasil” está disponível na plataforma Nemo com frações a partir de US$1, o que facilita entrada gradual — cerca de R$5 a R$6 por fração, dependendo do câmbio vigente. Verifique taxas e requisitos na plataforma antes de investir.

Esta não é uma recomendação personalizada. As oportunidades descritas são condicionais a cenários futuros. Investidores devem considerar perfil de risco, horizonte e diversificação. Risco não é igual a retorno garantido; perdas são possíveis. Ainda assim, para quem busca exposição ao agronegócio brasileiro com governança e diversificação geográfica, as ações listadas nos EUA e na UE merecem atenção.

Análise Detalhada

Mercado e Oportunidades

  • Demanda global crescente por alimentos e ração, impulsionada pelo crescimento populacional e pelo aumento do consumo de proteína em mercados como a Ásia, favorece exportações brasileiras.
  • Adoção acelerada de tecnologias agrícolas (agricultura de precisão, monitoramento por satélite e inteligência artificial) aumenta a produtividade e amplia a demanda por equipamentos e softwares especializados.
  • Disponibilidade de grandes áreas de terra arável e potencial de expansão, especialmente no Cerrado e em regiões ainda pouco desenvolvidas, cria oportunidades para ampliação da produção.
  • Melhorias em infraestrutura logística (estradas, ferrovias e portos) reduzem custos de escoamento e aumentam a competitividade das commodities brasileiras no mercado internacional.
  • Necessidade contínua de fertilizantes e sementes de alto desempenho sustenta vendas recorrentes para empresas do setor, garantindo demanda estável por insumos.

Empresas-Chave

  • Deere & Company (DE): Núcleo tecnológico — maquinaria agrícola avançada; casos de uso — adaptação de equipamentos para grandes propriedades brasileiras, serviços de plantio e colheita; financeiros — operações locais, fábricas e ampla rede de concessionários que geram receitas bilionárias vinculadas ao mercado agrícola nacional.
  • CNH Industrial N.V. (CNH): Núcleo tecnológico — portfólio integrado com marcas como Case IH e New Holland e tecnologias de precisão; casos de uso — oferta de soluções completas (maquinário, financiamento, manutenção e tecnologia) para produtores; financeiros — forte presença industrial no Brasil que favorece penetração em mercados latino-americanos.
  • AGCO Corporation (AGCO): Núcleo tecnológico — marcas como Massey Ferguson e Fendt com foco em inovação (sistemas GPS, aplicação de taxa variável e automação); casos de uso — aumento de produtividade e redução de custos operacionais; financeiros — investimentos em manufatura e distribuição no Brasil sustentam crescimento de receita local.

Riscos Principais

  • Risco climático: secas, enchentes e eventos extremos podem reduzir safras e, consequentemente, a demanda por equipamentos.
  • Volatilidade dos preços das commodities, que influencia decisões de investimento dos produtores e pode atrasar compras de máquinas.
  • Mudanças na política comercial (tarifas, cotas e barreiras) que afetam acesso a mercados e margens de trading.
  • Pressões regulatórias e ambientais, incluindo legislação sobre agrotóxicos, preservação de biomas e requisitos de ESG, que podem aumentar custos operacionais.
  • Risco cambial — desvalorização do real reduz o valor em moeda estrangeira das receitas locais das empresas.
  • Concorrência e inovações tecnológicas disruptivas que podem erodir participação de mercado de fabricantes tradicionais.

Catalisadores de Crescimento

  • Crescimento populacional global e aumento do consumo de proteína em economias emergentes que ampliam demanda por alimentos e forragem.
  • Expansão da agricultura de precisão e adoção de soluções digitais que aumentam a eficiência agrícola e geram demanda por novos equipamentos e serviços.
  • Investimentos em infraestrutura logística que reduzem custos de exportação e permitem o aumento dos volumes comercializados.
  • Programas de financiamento rural e maior acesso a crédito para produtores, estimulando a compra de equipamentos e modernização do parque agrícola.
  • Parcerias e investimentos estrangeiros contínuos que trazem capital e tecnologia para o setor agrícola brasileiro.

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Perguntas frequentes

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