A revolução bancária das fintechs: a aposta em infraestrutura que pode valer a pena

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Aimee Silverwood | Financial Analyst

6 min de leitura

Publicado em 16 de dezembro de 2025

Com apoio de IA

Resumo

  • PayPal sinaliza tendência: como fintechs se tornam bancos e demandam sistemas core e infraestrutura bancária.
  • Provedores de infraestrutura bancária com receitas recorrentes, como FIS, Jack Henry e nCino, oferecem software bancário defensivo.
  • Regtech e verificação digital viram requisito; oportunidade de investimento em regtech para bancos e compliance contínuo.
  • Serviços profissionais e tecnologia bancária para fintechs geram receitas adicionais; investir em infraestrutura bancária de fintechs reduz risco.

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O movimento estratégico por trás do pedido de charter

O recente pedido de carta bancária pelo PayPal sinaliza algo mais que uma jogada corporativa pontual. Indica uma tendência estrutural: fintechs ambicionando operar como bancos completos, com depósitos protegidos e capacidade de conceder crédito diretamente. Vamos aos fatos. Isso significa maior demanda por sistemas core bancários, soluções de compliance em tempo real, verificação digital e serviços profissionais para migração e integração.

A questão que surge é simples: quem fornece essa infraestrutura? E como investidores podem se posicionar sem apostar em uma única fintech vencedora?

Por que "picks and shovels" fazem sentido

Historicamente, durante corridas por novas oportunidades, os comerciantes de pás e picaretas ganharam mesmo quando garimpeiros fracassaram. No universo bancário emergente das fintechs, os provedores de infraestrutura desempenham esse papel. Plataformas como Fidelity National Information Services (ticker FIS), Jack Henry & Associates (JKHY) e nCino (NCNO) oferecem os componentes essenciais: processamento de contas, originação de crédito, CRM bancário, relatórios regulatórios e taxação por volume de transações.

Esses fornecedores, todos listados nos EUA, trabalham com modelos de receita recorrente. Isso traz previsibilidade de caixa e características defensivas: contratos longos, altos custos de troca para clientes e taxas que crescem com o volume de transações. Em outras palavras, quando uma fintech se transforma em banco, dificilmente abrirá mão de um core bem testado e certificado para operar com segurança e conformidade.

Regtech: a nova infraestrutura crítica

Outro pilar é a regtech. Soluções de AML, KYC, verificação de identidade e monitoramento em tempo real deixam de ser luxo para virar requisito. No Brasil, o Bacen e o FGC já definem parâmetros rígidos sobre transparência, segurança e proteção de depósitos. Fintechs que buscam depósitos protegidos por algo equivalente ao FGC nos EUA ou que se submetem à supervisão do Bacen precisarão de ferramentas que comprovem compliance de forma contínua. Isso gera demanda recorrente por fornecedores de verificação digital e auditoria eletrônica.

Economia do core e serviços profissionais

Implementar um core banking não é trivial. Os custos de implementação são elevados, as migrações exigem testes extensivos e a validação regulatória consome tempo e consultoria. Isso alimenta uma camada adicional de receita para fornecedores: serviços profissionais, integração, customização e manutenção. Essa dupla fonte de receita — licenciamento recorrente mais serviços profissionais pontuais — torna o modelo atrativo para investidores que buscam exposição ao crescimento do setor sem depender da sorte de uma única fintech.

Riscos que merecem atenção

Nem tudo é linha reta. Ciclos econômicos podem reduzir a formação de novas instituições e o gasto com TI. Incerteza regulatória ou mudanças nas regras de supervisão atrasam projetos e receitas. Há também risco de adoção tecnológica, com bancos optando por soluções internas ou novos entrantes disruptivos. Por fim, riscos de cibersegurança são reais: incidentes podem acarretar custos extraordinários e perda de confiança.

O que o investidor deve considerar

Investir em provedores de infraestrutura bancária oferece uma alternativa menos arriscada que escolher fintechs individuais. Empresas como FIS, JKHY e NCNO concentram características desejáveis: escala, contratos de longo prazo e exposição direta ao aumento do volume transacional. Ainda assim, atenção ao cenário macro, à concentração de clientes e à evolução regulatória é essencial.

Quer uma conclusão prática? Para quem busca exposição temática ao avanço das fintechs rumo a bancos, alocar parte do portfólio em provedores de tecnologia bancária e regtechs pode gerar receitas mais estáveis e defensivas, sem depender do sucesso de um único player.

Este texto tem caráter informativo. Não constitui recomendação personalizada. Investimentos envolvem riscos e retornos futuros não são garantidos.

Análise Detalhada

Mercado e Oportunidades

  • Demanda por sistemas core bancários capazes de processar milhões de transações diárias com precisão para auditoria regulatória.
  • Crescimento de regtechs: AML, KYC, monitoramento em tempo real, detecção de fraude e relatórios regulatórios.
  • Adoção de plataformas bancárias em nuvem (Bank Operating Systems) que consolidam CRM, originação de crédito e compliance.
  • Serviços profissionais e integração durante migrações de fintechs para bancos (consultoria, testes, validação e manutenção contínua).
  • Receitas recorrentes e taxas de processamento que crescem com o aumento do volume de clientes e transações das novas entidades bancárias.
  • Consolidação do setor bancário favorecendo padronização em poucas plataformas, beneficiando provedores líderes.
  • Necessidade de soluções de identidade digital e assinaturas eletrônicas para abertura de contas e documentação de crédito online.

Empresas-Chave

  • [Fidelity National Information Services (FIS)]: Fornecedor global de plataformas core bancárias e serviços de processamento de transações; oferece soluções para processamento de contas, clearing e relatórios regulatórios; modelo de receita recorrente com taxas por processamento que aumentam conforme o volume de clientes.
  • [Jack Henry & Associates (JKHY)]: Especialista em software bancário para operações de retaguarda, onboarding de clientes e originação de crédito; foca em bancos comunitários e regionais, com ênfase em confiabilidade e conformidade regulatória.
  • [nCino (NCNO)]: Plataforma bancária baseada em nuvem (Bank Operating System) que integra CRM, originação de empréstimos e funcionalidades de compliance; posicionada para clientes que buscam modernizar processos por meio da nuvem.

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Riscos Principais

  • Incerteza regulatória: mudanças nas regras ou atrasos em aprovações de charter podem atrasar projetos e receitas.
  • Ciclos econômicos: recessões reduzem a formação de novos bancos e o investimento em tecnologia por instituições existentes.
  • Risco de adoção tecnológica: bancos podem optar por soluções internas ou por novos entrantes disruptivos.
  • Concentração de clientes: dependência excessiva de grandes clientes ou segmentos específicos eleva o risco.
  • Riscos de implementação: atrasos, falhas de integração ou problemas operacionais podem gerar custos e afetar a reputação.
  • Risco cibernético e de segurança: incidentes podem requerer investimentos adicionais e prejudicar a confiança regulatória.

Catalisadores de Crescimento

  • Tendência contínua de fintechs buscando carteiras bancárias para oferecer depósitos segurados e crédito próprio.
  • Aumento das exigências regulatórias que impulsionam atualização de sistemas e contratação de regtechs.
  • Migração para plataformas em nuvem favorecendo fornecedores que oferecem soluções integradas e escaláveis.
  • Consolidação do setor bancário, levando instituições sobreviventes a padronizar em plataformas líderes.
  • Crescimento do volume de transações digitais e da bancarização, elevando receitas de processamento.

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Perguntas frequentes

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