A presidência brasileira do BRICS: a revolução no comércio global que você está perdendo

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Aimee Silverwood | Financial Analyst

Publicado em 28 de outubro de 2025

Resumo

  1. A presidência do BRICS Brasil amplia rotas e diversificação, impulsionando comércio global Brasil e exportações.
  2. Investimento Brasil multinacionais: Bunge, ADM e Deere oferecem exposição ao agronegócio Brasil ações EUA.
  3. Logística global investimento favorece terminais e pagamentos locais via ADGM, reduzindo riscos de governança.
  4. Ações fracionárias Brasil permitem comprar frações de ações de Bunge ADM Deere; horizonte longo e diversificação.

A presidência brasileira do BRICS: a revolução no comércio global que você está perdendo

O momento e por que importa

A presidência do Brasil no BRICS não é apenas protocolo diplomático; é uma peça estratégica que acelera a diversificação dos parceiros comerciais do país com Ásia, África e Oriente Médio. Isso significa menos dependência dos mercados ocidentais tradicionais e mais rotas diretas para compradores de commodities brasileiras. Vamos aos fatos: acordos e corredores comerciais em negociação devem ampliar fluxos de exportação por anos. Como o investidor se beneficia disso sem comprar ações brasileiras diretamente?

A via indireta: multinacionais listadas nos EUA

Uma resposta prática é acessar empresas globais que já operam a infraestrutura que sustenta essas exportações. Bunge (BG), Archer-Daniels-Midland (ADM) e Deere & Company (DE) são três exemplos claros. Elas controlam terminais, silos, plantas de processamento, logística e maquinário essenciais para que soja, milho, carnes e minerais cheguem aos portos e aos mercados finais.

Por que preferir essa via? Investir em ações dessas multinacionais listadas nos EUA traz duas vantagens: exposição ao crescimento das exportações brasileiras e proteção relativa contra a volatilidade direta do mercado acionário local e do real. Além disso, empresas listadas em bolsas americanas seguem normas regulatórias e de governança mais transparentes, o que costuma reduzir o risco de informação assimétrica para investidores internacionais.

Como essas empresas capturam valor

Bunge e ADM agregam valor no Brasil por meio de plantas de processamento e redes de armazenamento que transformam grãos em produtos de maior valor. Deere fornece o maquinário que aumenta produtividade e eficiência nas fazendas. Com a abertura de novos mercados e acordos que permitem pagamentos em moedas locais, essas empresas com operações financeiras globais podem se beneficiar tanto de volumes quanto de instrumentos de hedge e pagamentos alternativos.

Riscos que não podem ser ignorados

Investir nessas empresas não elimina riscos. Há incerteza política que pode atrasar acordos; pressões ambientais, como combate ao desmatamento, podem aumentar custos ou restringir exportações; e a infraestrutura brasileira ainda depende de investimentos significativos. Concorrência de players chineses e de outros países do BRICS também pode pressionar margens. Além disso, preços de commodities seguem voláteis e o câmbio influencia resultados locais dessas multinacionais.

Regulação e transparência: e o ADGM?

Algumas iniciativas comerciais e financeiras ligadas ao BRICS usam centros como o ADGM (Abu Dhabi Global Market) para facilitar operações. O ADGM adota padrões regulatórios internacionais e práticas de compliance que, em muitos aspectos, são comparáveis às exigências de órgãos conhecidos pelos brasileiros, como a SEC nos EUA e a CVM no Brasil. Isso tende a trazer maior previsibilidade para investidores, embora não elimine riscos macro ou setoriais.

Estratégia prática para acessar essa exposição

Como acessar? Abra uma conta em uma corretora internacional que ofereça negociação em NYSE/NASDAQ, converta R$ em USD e opere frações de ações se desejar diversificação com menor capital inicial. Considere custos: spreads de câmbio, taxas de corretagem, possíveis impostos e obrigações de reporte. Não é aconselhamento personalizado; cada investidor deve avaliar custos e perfil.

Horizonte e conclusão

Esta não é uma oportunidade de curto prazo. Portos, plantas e redes logísticas exigem investimentos plurianuais, o que favorece fornecedores estabelecidos como BG, ADM e DE. A presidência do Brasil no BRICS pode ser o catalisador que amplia mercados e fluxos de exportação — e, para investidores que buscam exposição ao crescimento do país sem a volatilidade local, as multinacionais listadas nos EUA são uma opção pragmática. Lembre-se: oportunidade não é garantia. Avalie riscos, diversifique e considere horizonte de longo prazo.

Análise Detalhada

Mercado e Oportunidades

  • Expansão das exportações agrícolas brasileiras para mercados da Ásia, África e Oriente Médio, impulsionada por acordos comerciais do BRICS.
  • Demanda por infraestrutura logística: portos, terminais de grãos, armazéns e transporte interno para conectar produtores a novos mercados.
  • Necessidade de processamento e armazenamento de commodities no Brasil para agregar valor antes da exportação.
  • Adoção de acordos de pagamento em moedas locais cria oportunidades para empresas com operações financeiras e de hedge global.
  • Investimento em maquinário agrícola e de mineração para aumentar capacidade produtiva e eficiência, beneficiando fornecedores de equipamentos.
  • Acesso ao crescimento brasileiro por meio de multinacionais listadas nos EUA reduz risco de exposição direta ao mercado e à moeda local.

Empresas-Chave

  • Bunge Limited (BG): Uma das maiores empresas de agronegócio do mundo; opera extensas instalações de processamento de soja e grãos no Brasil, controla silos, terminais portuários e cadeias de fornecimento que facilitam exportações para mercados emergentes.
  • Archer-Daniels-Midland Company (ADM): Gigante global de processamento de alimentos e armazenamento; presença significativa no Brasil como elo entre produção agrícola nacional e mercados internacionais, com capacidades de processamento, estocagem e logística.
  • Deere & Company (DE): Líder em equipamentos agrícolas e de mineração; fornecedor crítico de tratores, colheitadeiras e máquinas pesadas no Brasil, com rede de distribuidores e serviços que sustentam a expansão produtiva.

Riscos Principais

  • Instabilidade política e mudanças de política comercial que podem atrasar ou alterar acordos internacionais.
  • Preocupações ambientais e pressões por regulamentações (ex.: desmatamento) que podem restringir exportações e aumentar custos de compliance.
  • Infraestrutura insuficiente ou atrasos em projetos logísticos essenciais (portos, estradas, ferrovias).
  • Concorrência crescente de empresas chinesas e de outros BRICS que podem ganhar participação de mercado.
  • Volatilidade dos preços de commodities que afeta receitas e investimentos em cadeia de valor agrícola.
  • Risco cambial: flutuações do real que impactam operações locais mesmo para multinacionais.
  • Risco regulatório em mercados internacionais e mudanças nas regras de comércio global.

Catalisadores de Crescimento

  • Papel ativo do Brasil na presidência do BRICS acelerando novos acordos e corredores comerciais.
  • Crescimento contínuo da demanda da China, Índia e outros mercados emergentes por commodities brasileiras.
  • Investimentos em infraestrutura logística e plantas de processamento por agentes públicos e privados.
  • Adoção de pagamentos em moedas locais e maior integração financeira entre países do BRICS.
  • Inovações tecnológicas em logística, armazenamento e agrotech que aumentam eficiência e reduzem custos.
  • Políticas industriais e incentivos que estimulam aumento da capacidade produtiva no setor agrícola e de mineração.

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Perguntas frequentes

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