Agricultura no Brasil: as ações da cadeia de suprimentos global podem subir?

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Aimee Silverwood | Financial Analyst

Publicado em 23 de outubro de 2025

Resumo

  1. Exportações agrícolas Brasil impulsionam fornecedores de máquinas, armazenagem e logística; oportunidade para quem quer investir agronegócio Brasil.
  2. Máquinas agrícolas Brasil e empresas de trading agrícola capturam receitas recorrentes e margens na cadeia global.
  3. Logística agrícola e tecnologia aumentam produtividade; veja como investir em empresas que apoiam a agricultura brasileira.
  4. Riscos climáticos, cambiais e regulatórios; considere ações de fabricantes e riscos e oportunidades de investir no ecossistema agrícola brasileiro.

o boom exportador e a chance para investidores

O Brasil já é um protagonista nas exportações agrícolas globais. Soja, café, açúcar e carne mantêm demanda firme por equipamentos, armazenagem e logística. Isso significa que quem fornece máquinas, serviços e tecnologia ao campo captura parte desse crescimento sem que o investidor tenha de comprar terras ou ativos locais.

agricultura no brasil: as ações da cadeia de suprimentos global podem subir?

quem ganha com a mecanização e a modernização

Fabricantes de máquinas agrícolas, como Deere & Company (ticker DE) e CNH Industrial N.V. (ticker CNH), colhem os efeitos da mecanização. Eles vendem tratores e colheitadeiras, mas também geram receitas recorrentes com serviços, peças e atualizações tecnológicas. A dependência crescente por assistência técnica e peças cria um fluxo de receita menos cíclico do que a venda de bens de capital isolada.

Empresas de trading e processamento, por sua vez, desempenham papel central. Bunge Limited (ticker BG) exemplifica esse elo: financia produtores, opera silos e unidades de processamento e gerencia a distribuição internacional. Essas operações capturam margens na cadeia e reduzem a exposição direta ao preço voluntário da commodity.

logística e tecnologia: as pontes do agronegócio

Portos como o de Santos, malha ferroviária insuficiente e estradas degradadas ainda encarecem o frete. Investidores em terminais portuários, operadores de armazenagem e provedores de cadeia fria podem beneficiar-se assim que projetos de infraestrutura avançarem. A questão que surge é: qual empresa tem escala local e capacidade de execução para aproveitar o gargalo?

Adoção de tecnologias — agricultura de precisão, monitoramento por satélite, analytics e drones — aumenta produtividade e cria um mercado paralelo para fornecedores de software e hardware. Soluções que comprovam práticas sustentáveis também ganham prêmio de preço em mercados exigentes. Isso agrega valor e reduz risco reputacional quando atreladas a certificações.

riscos que merecem atenção

Investir em exposição indireta ao agronegócio brasileiro não é isento de riscos. Flutuações cambiais impactam custos e margens de empresas com operações locais. Eventos climáticos extremos — seca no Cerrado ou enchentes em regiões produtoras — podem reduzir safras e, por consequência, a demanda por máquinas e serviços.

A volatilidade dos preços de commodities influencia decisões de investimento do produtor. Mudanças regulatórias, restrições comerciais e questões ambientais, como desmatamento, podem gerar custos reputacionais e barreiras de mercado para fornecedores. E, por fim, gargalos logísticos persistentes corroem competitividade e margens.

acessando a exposição via ações internacionais

Comprar ações listadas nos Estados Unidos ou em outras praças oferece liquidez e transparência superiores à compra direta de ativos brasileiros. Além disso, permite exposição fracionada, facilitando montantes iniciais menores e composição temática da carteira.

Mas há considerações práticas: investidores brasileiros devem avaliar tributação sobre ganhos de capital e dividendos provenientes do exterior, impacto do IOF em câmbio e riscos cambiais entre o real e o dólar. A liquidez de papéis como DE e BG costuma ser alta; verifique o ticker e o horário de negociação antes de atuar.

conclusões e implicações para a carteira

O ciclo de exportações agrícolas do Brasil cria oportunidades para empresas de máquinas, trading, logística e tecnologia. Tendências estruturais — crescimento populacional global, demanda por alimentos e avanços tecnológicos — funcionam como catalisadores de crescimento sustentado. Ainda assim, riscos climáticos, regulatórios e de infraestrutura podem afetar resultados no curto prazo.

Portanto, como expor sua carteira? Considere diversificação setorial e geográfica, posição em empresas listadas internacionalmente com histórico de execução no Brasil e atenção a critérios ESG para mitigar risco reputacional. Esta não é uma recomendação personalizada; avalie seu perfil e consulte um assessor antes de decidir.

Risco lembrado: retornos não são garantidos. Eventos futuros dependerão de variáveis econômicas, climáticas e políticas.

Análise Detalhada

Mercado e Oportunidades

  • Demanda sustentada por máquinas agrícolas industriais para grandes propriedades no Cerrado e outras regiões, favorecendo fabricantes com rede local de assistência e peças.
  • Crescimento das exportações brasileiras (soja, açúcar, café, carne) que alimenta necessidade de armazenamento, processamento e logística especializada.
  • Operadores de trading e processamento (ex.: Bunge) capturam margens ao financiar produção, operar silos/unidades de processamento e gerenciar distribuição internacional.
  • Soluções tecnológicas (agricultura de precisão, monitoramento por satélite, software de gestão) que aumentam produtividade e verificabilidade de práticas sustentáveis.
  • Investimento em infraestrutura logística (rodovias, ferrovias, terminais portuários e cadeia fria) reduz custos e amplifica competitividade das exportações brasileiras.
  • Acesso via ações internacionais listadas permite exposição fracionada (shares fracionárias) oferecendo aderência a carteiras temáticas com ticket inicial baixo.

Empresas-Chave

  • Deere & Company (DE): Fabricante líder global de equipamentos agrícolas, com presença significativa no Brasil; fornece tratores, colheitadeiras e soluções tecnológicas, gerando receita recorrente por serviços, peças e atualizações.
  • CNH Industrial N.V. (CNH): Empresa global de máquinas agrícolas e de construção que se beneficiou da mecanização no Brasil; opera por meio de rede de concessionárias e oferta serviços pós-venda e peças.
  • Bunge Limited (BG): Uma das maiores tradings e processadoras agrícolas com infraestrutura extensa no Brasil (silos, unidades de processamento e logística); atua como intermediária entre produtores e mercados globais e oferece financiamento e serviços de armazenamento.

Riscos Principais

  • Risco cambial: variações do real impactam custos e margens de empresas com operações no Brasil.
  • Risco climático: seca, enchentes e eventos extremos podem reduzir safras e afetar demanda por equipamentos e serviços.
  • Volatilidade nos preços das commodities que pode reduzir investimento de agricultores em máquinas e serviços.
  • Mudanças regulatórias e políticas comerciais que afetem exportações, subsídios e acesso a mercados.
  • Gargalos logísticos e infraestrutura insuficiente que elevam custos e causam perdas pós-colheita.
  • Risco reputacional e ambiental associado a práticas agrícolas (desmatamento, uso de agrotóxicos) que podem gerar restrições de mercado.

Catalisadores de Crescimento

  • Aumento da demanda global por alimentos devido ao crescimento populacional e mudanças nos padrões de consumo.
  • Continuação da mecanização e modernização do setor agrícola brasileiro.
  • Adoção crescente de tecnologias digitais e soluções de agricultura de precisão.
  • Investimentos públicos e privados em infraestrutura logística e portuária.
  • Disponibilidade de terra arável adicional e práticas que aumentem produtividade por hectare.
  • Parcerias de longo prazo entre produtores, tradings e fornecedores que consolidam cadeias de valor.

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Como investir nesta oportunidade

Ver a carteira completa:Brazil Agriculture: Could Global Supply Chain Stocks Rise?

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Perguntas frequentes

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