Ações de defesa: por que o dinheiro de tempos de guerra nunca sai de moda

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Aimee Silverwood | Financial Analyst

6 min de leitura

Publicado em 26 de julho de 2025

Com apoio de IA

Resumo

  1. Ações de defesa com contratos governamentais oferecem receita previsível, favorecendo investimento em defesa durante tensões geopolíticas.
  2. Setor de defesa evolui para cibersegurança militar, IA e espaço; fabricantes de defesa ampliam ganhos além de aviões.
  3. Diversificação de carteira via ETFs, BDRs e fundos mostra como investir em ações de defesa no Brasil com eficiência.
  4. Riscos políticos, obsolescência tecnológica e reputação exigem due diligence ao escolher melhores ações de defesa para diversificação de carteira.

Por que considerar o setor de defesa?

Contratos governamentais de longo prazo continuam a ser a espinha dorsal das receitas das grandes fabricantes de defesa. Isso significa previsibilidade. Empresas como Lockheed Martin (LMT), Northrop Grumman (NOC) e Raytheon Technologies (RTX) operam com programas plurianuais que oferecem visibilidade de caixa e, muitas vezes, cláusulas de ajuste inflacionário. Vamos aos fatos: em períodos de incerteza geopolítica, os orçamentos militares tendem a subir, reduzindo a volatilidade das receitas dessas companhias.

Mas o setor não é mais só aviões e navios. A guerra moderna já atravessou domínios tradicionais. Cibersegurança, inteligência artificial aplicada à defesa, sistemas não tripulados e capacidades espaciais entraram no rol de prioridades orçamentárias. Essas áreas representam hoje parte significativa dos impulsionadores de crescimento do setor. A pergunta é óbvia: onde está o dinheiro? Nas linhas de programação que conectam software, sensores e plataformas autônomas.

Oportunidades e diversificação

Tensões geopolíticas em níveis recordes empurraram os gastos militares para cima globalmente. Essa dinâmica cria oportunidades para investidores que buscam diversificação. Ações de defesa costumam ter correlações distintas em relação ao mercado amplo; em momentos de alta aversão ao risco, elas podem comportar-se melhor que papéis cíclicos. Em linguagem prática: um portfólio com exposição a fabricantes de defesa e provedores de cibersegurança pode reduzir a variância total durante episódios de estresse econômico.

Além disso, a compressão de oferta tecnológica e a corrida por superioridade em IA e espaço ampliam o universo de empresas interessantes. Não se trata apenas de escolher um fabricante de aviões, mas também provedores de sensores, software de guerra eletrônica e fornecedores de satélites militares.

Riscos que não podem ser ignorados

Investir no setor exige reconhecer riscos claros. Mudanças políticas e alterações nas prioridades orçamentárias podem levar a cortes ou cancelamentos de programas. A obsolescência tecnológica impõe uma corrida contínua em pesquisa e desenvolvimento; falhas nessa frente corroem margens e valor de mercado. Há ainda o escrutínio regulatório e ético: vendas internacionais são muitas vezes condicionadas a aprovações governamentais, e discussões públicas sobre exportação de armamentos podem gerar custos reputacionais e legais.

A questão que surge é: vale o prêmio de risco? Para muitos investidores conservadores a moderados, a resposta pode ser sim — desde que com cautela e diversificação.

Como investir a partir do Brasil

Quem mora no Brasil tem caminhos práticos para acessar esse tema: ETFs internacionais que replicam índices de defesa, BDRs/ADRs listados no Brasil, fundos de ações globais e corretoras que oferecem acesso direto a bolsas americanas. Cada alternativa tem implicações tributárias e regulatórias. Lembre-se: ganhos em ativos no exterior devem ser declarados no Imposto de Renda e, caso o total de ativos no exterior ultrapasse US$ 100.000 em 31 de dezembro, há obrigação de informar ao Banco Central via CBE.

Além disso, há regras sobre transferências de câmbio e custos de IOF dependendo do instrumento usado. Considere também o ângulo ético e regulatório brasileiro: exportação de tecnologia sensível e participação em consórcios que envolvam venda de armamentos podem ter limitações e exigências específicas.

Conclusão

O setor de defesa oferece uma combinação rara: receitas relativamente previsíveis apoiadas por contratos governamentais e um leque de novas áreas de alto crescimento como cibersegurança e espaço. Isso cria oportunidades de diversificação para investidores que aceitam riscos políticos, tecnológicos e reputacionais. Como em qualquer tese de investimento, não há garantias. A melhor prática é combinar seleção de ativos com gestão de risco — por exemplo, usar ETFs e fundos para exposição ampla e estudar empresas específicas (LMT, NOC, RTX) apenas como parte de uma alocação diversificada.

Leia mais sobre esta cesta de ações e nossa curadoria em Ações de defesa: por que o dinheiro de tempos de guerra nunca sai de moda.

Aviso: este texto tem objetivo informativo e não constitui recomendação personalizada. Considere consultar um assessor financeiro e verificar implicações tributárias antes de investir.

Análise Detalhada

Mercado e Oportunidades

  • Os gastos militares globais alcançaram níveis recordes, impulsionados por tensões geopolíticas e modernização tecnológica.
  • A natureza da guerra evoluiu para incluir ameaças cibernéticas e capacidades baseadas no espaço, levando a novas alocações orçamentárias.
  • Contratos governamentais multianuais oferecem fluxos de receita resilientes, frequentemente com ajustes inflacionários e proporcionando visibilidade de receita de longo prazo.
  • Áreas de alto crescimento incluem cibersegurança, inteligência artificial aplicada à defesa, sistemas não tripulados e capacidades espaciais militares.

Empresas-Chave

  • Lockheed Martin Corporation (LMT): Portfólio central inclui o caça F-35, sistemas de mísseis e tecnologia espacial; casos de uso em superioridade aérea, defesa de mísseis e operações espaciais; posição financeira sustentada por forte diversificação entre domínios e contratos governamentais de longo prazo que fornecem receita previsível.
  • Northrop Grumman Corporation (NOC): Foco em sistemas estratégicos como o bombardeiro furtivo B-21 e radares avançados; casos de uso em capacidades furtivas, vigilância e sistemas autônomos; posição financeira beneficiada por participação em projetos governamentais sensíveis e contratos recorrentes.
  • Raytheon Technologies Corporation (RTX): Combina defesa e aeroespacial comercial, com destaque em sistemas de defesa aérea, mísseis e sensores; casos de uso em proteção de ativos e integração de sensores; posição financeira que mistura exposição à recuperação econômica do setor aeroespacial comercial com estabilidade proporcionada por contratos militares.

Riscos Principais

  • Mudanças políticas ou de administração podem alterar prioridades de gasto, levando a cancelamentos ou cortes em programas críticos.
  • Obsolescência tecnológica exige investimentos contínuos em pesquisa e desenvolvimento, o que pode pressionar margens se as inovações não tiverem sucesso comercial.
  • Riscos regulatórios e de conformidade, incluindo restrições sobre vendas internacionais e maior escrutínio ético relacionado ao comércio de armas.
  • Impactos ambientais e repercussões públicas podem gerar custos legais, regulatórios e de reputação.

Catalisadores de Crescimento

  • Aumento das tensões geopolíticas que força países a elevar orçamentos de defesa e acelerar a modernização de equipamentos.
  • Corridas tecnológicas internacionais que aumentam o investimento em P&D para desenvolver capacidades discriminantes.
  • Integração de inteligência artificial, materiais avançados e sensores sofisticados que elevam a eficácia dos sistemas militares.
  • Expansão de sistemas não tripulados (drones, veículos autônomos e robótica) e crescimento das capacidades espaciais militares.

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Perguntas frequentes

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