Quando as ações de valor finalmente assumem o protagonismo

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Aimee Silverwood | Financial Analyst

6 min de leitura

Publicado em 12 de dezembro de 2025

Com apoio de IA

Resumo

  • Rotação setorial promove rali de ações de valor, deslocando capital de tecnologia para financeiro e industrial.
  • Ações financeiras e industriais, exemplificadas por JPMorgan Chase e Caterpillar, ganham com maior margem financeira e demanda.
  • Ações de valor oferecem avaliações mais atrativas e dividendos; considere melhores ações financeiras para dividendos 2025.
  • Diversificação de carteira reduz risco; avalie estratégias para reduzir risco de concentração em ações de tecnologia e juros.

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A rotação que está redesenhando o mercado

Investidores começaram a deslocar capital de grandes nomes de tecnologia para empresas tradicionais dos setores financeiro e industrial. Essa mudança ajudou o Dow e o S&P 500 a atingir novos recordes e levanta uma pergunta central: estamos diante de uma mudança estrutural ou apenas de um ajuste temporário de preferências? Para entender, leia também o texto Quando as ações de valor finalmente assumem o protagonismo.

Vamos aos fatos. Fundos e gestores, preocupados com o risco de concentração — quando poucas empresas de tecnologia carregam a maior parte do desempenho do mercado — vêm comprando ativos com avaliações mais baixas e rendimentos por dividendos mais atraentes. A rotação favorece bancos e fabricantes de equipamentos pesados, setores que tradicionalmente prosperam em ambientes de crescimento econômico mais amplo.

Por que bancos e indústria ganham agora

Bancos como JPMorgan Chase e Bank of America se beneficiam quando a economia acelera. Mais crédito concedido, maior rolagem de empréstimos e spreads de juros mais amplos ampliam a lucratividade. No Brasil, pense em como Itaú e Bradesco reagiriam a um ciclo parecido: maiores margens financeiras e mais atividade de crédito tendem a refletir em resultados operacionais. Isso significa receita recorrente e, muitas vezes, dividendos sustentáveis.

Do lado industrial, empresas como a Caterpillar ilustram a lógica: expansão de obras de construção, demanda por mineração e projetos de infraestrutura elevam vendas de máquinas e serviços. É a economia real se traduzindo em faturamento, não apenas em expectativas de múltiplos.

A vantagem das avaliações e dos dividendos

A lacuna de avaliação favorece as ações de valor. Múltiplos menores e yields por dividendos tornam o risco-retorno mais atraente para quem busca fluxo de caixa enquanto aguarda apreciação de capital. No Brasil, a disponibilidade de ações fracionárias e a competitividade das corretagens ampliam o acesso a essas oportunidades. Lembre-se: dividendos atualmente são, para a maioria dos investidores pessoa física, isentos de IR, enquanto juros sobre capital próprio (JCP) são tributados na fonte. Mudanças fiscais sempre são possíveis; por isso é prudente acompanhar cenários regulatórios.

Diversificação como proteção

Reduzir a concentração em tecnologia melhora a resiliência da carteira. Diversificação setorial diminui o impacto de uma correção pontual no segmento de tecnologia e redistribui risco entre ciclos econômicos distintos. Gestores institucionais já sinalizam realocações, o que pressiona para cima nomes de valor e ajuda a sustentar o rali fora do setor de tecnologia.

Riscos que merecem atenção

Nada é gratuito. A maior vulnerabilidade das ações financeiras e industriais é o ciclo econômico. Uma recessão atingiria essas empresas de forma mais direta — queda na concessão de crédito, aumento da inadimplência, e menor investimento em infraestrutura. Sensibilidade a juros é outra pedra no caminho: aumentos rápidos e elevados da Selic podem reduzir a demanda por crédito e apertar margens de determinados tomadores.

Empresas industriais ainda enfrentam volatilidade de commodities e riscos de interrupções na cadeia de suprimentos. Tensões comerciais podem transferir custos ou atrasar entregas, pressionando margens.

O que fazer agora

Isso significa que todo investidor deve sair do mercado de tecnologia? Não. Mas faz sentido revisar posições e ponderar aumento de exposição a ações financeiras e industriais com fundamentos sólidos e dividendos consistentes. Investidores interessados podem considerar ETFs setoriais listados localmente ou seleção de blue chips com histórico de lucros e distribuição de caixa. Antes de agir, consulte seu assessor ou gestor e reavalie a alocação com base no horizonte e tolerância a risco. Não é garantia de retorno; é ajuste de probabilidade.

Conclusão: o rali de ações de valor confirma um movimento de realocação de capital. O passo seguinte dependerá da combinação entre política monetária, crescimento econômico e dinâmica de crédito. Para investidores no Brasil, acompanhar Selic, tributação de proventos e a saúde das empresas locais será tão importante quanto observar os balanços das americanas que lideram a mudança.

Análise Detalhada

Mercado e Oportunidades

  • Entrada em ações do setor financeiro e industrial com avaliações mais baixas que as de tecnologia, oferecendo potencial de retorno ajustado ao risco.
  • Maior diversificação setorial reduz risco de concentração e aumenta a resiliência da carteira frente a reversões específicas no setor de tecnologia.
  • Investimentos globais em infraestrutura e projetos em mercados emergentes podem sustentar a demanda por equipamentos industriais e fornecedores da cadeia.
  • Rendimentos por dividendos de empresas tradicionais oferecem fluxo de caixa aos investidores enquanto aguardam valorização do capital.
  • Maior acessibilidade ao investimento (ações fracionárias, corretagem comissões reduzidas) amplia o universo de compradores potenciais e reforça a liquidez.

Empresas-Chave

  • [JPMorgan Chase (JPM)]: Maior banco dos EUA; beneficia-se do crescimento dos empréstimos e de margens de juros líquidas mais altas; desempenho reflete a saúde do sistema financeiro e a expansão do crédito ao consumidor e corporativo.
  • [Bank of America (BAC)]: Banco com forte exposição ao varejo doméstico; se beneficia quando consumidores e pequenas empresas aumentam empréstimos para habitação, veículos e investimento, impulsionando receita e lucro.
  • [Caterpillar (CAT)]: Fabricante líder de máquinas pesadas para construção, mineração e infraestrutura; posicionada para se beneficiar do aumento de projetos de infraestrutura globais e da recuperação da atividade industrial.

Ver a carteira completa:Value Stocks Rally: Could Dow Records Signal Shift?

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Riscos Principais

  • Risco cíclico: recessões impactam com mais força os setores financeiro e industrial.
  • Sensibilidade à taxa de juros: aumentos rápidos e elevados podem reduzir a demanda por crédito e aumentar a inadimplência, afetando bancos.
  • Volatilidade das commodities: eleva custos e pressiona as margens das empresas industriais.
  • Interrupções na cadeia de suprimentos e tensões comerciais internacionais podem prejudicar produção e entregas.
  • Risco regulatório e de política monetária: decisões de bancos centrais e mudanças regulatórias podem alterar o cenário de rentabilidade.

Catalisadores de Crescimento

  • Ampliação da atividade econômica fora do setor de tecnologia, impulsionada por investimentos em infraestrutura e construção.
  • Ambiente de taxas que amplia os spreads bancários de forma sustentável (sem provocar queda abrupta na demanda por crédito).
  • Realocação de capital por gestores preocupados com risco de concentração, favorecendo compras em ações de valor.
  • Crescimento da demanda global por equipamentos industriais em mercados emergentes.
  • Atração por dividendos entre investidores que buscam rendimento e menor dependência da valorização por múltiplos.

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Perguntas frequentes

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