América em primeiro lugar: como as tarifas podem turbinar estes fabricantes americanos

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Aimee Silverwood | Financial Analyst

6 min de leitura

Publicado em 14 de julho de 2025

Com apoio de IA

Resumo

  1. Tarifas EUA de 30% elevam custo de importação; impacto da tarifa de 30% sobre importações da UE e México favorece produtores locais.
  2. Veículos, maquinário e farmacêutico ganham competitividade; onshoring e reshoring indústria aumentam demanda por peças automotivas EUA.
  3. Investidor brasileiro pode acessar ações americanas automotivas via BDRs e ETFs; como investir em ações americanas que se beneficiam de tarifas.
  4. Protecionismo comercial cria oportunidades, mas risco político e retaliação exigem avaliar empresas que ganham com protecionismo nos EUA e exposição cambial.

Um choque tarifário com ganhadores claros

O anúncio de tarifas de 30% sobre importações da União Europeia e do México, com vigência prevista para 01/08/2025, muda a equação competitiva. Isso significa que produtos europeus e mexicanos ficam imediatamente mais caros em dólar, criando espaço para alternativas domésticas. Vamos aos fatos: quando o custo de um componente importado sobe de forma sistemática, fabricantes e fornecedores locais tendem a recuperar participação — pelo menos enquanto a política estiver em vigor.

Setores em foco e efeito na cadeia

Quais setores mais se beneficiam? Veículos, maquinário e farmacêutico aparecem no topo da lista. A cadeia automotiva é um exemplo clássico: montadoras podem preferir peças produzidas internamente para evitar a sobretaxa. Fornecedores como American Axle & Manufacturing (AXL) podem ver maior demanda por eixos e sistemas driveline. As próprias montadoras, como General Motors (GM) e Ford (F), ganham competitividade relativa quando concorrentes europeus e mexicanos enfrentam preços maiores.

O impacto não se limita ao produto final. Equipamentos de manufatura, ferramentaria e serviços industriais também se tornam mais procurados se as empresas acelerarem processos de onshoring. Em suma, o choque tarifário oferece um impulso simultâneo a fabricantes, integradores e fornecedores de capital intensivo.

Por que o onshoring acelera a tese

Onshoring já vinha acontecendo por razões logísticas, geopolíticas e fiscais. A tarifa de 30% age como catalisador. Empresas que planejam realocar trechos da cadeia produtiva para os EUA terão justificativa econômica adicional para investir em nova capacidade. Isso abre espaço para players que fornecem maquinário, linhas de montagem e serviços de engenharia industrial. E há outro efeito: consumidores que postergam compras de bens importados podem aumentar a demanda por manutenção e peças de reposição, ampliando receitas do aftermarket.

Onde o investidor brasileiro entra

Investidores no Brasil têm acesso a essa tese por meio de BDRs e de corretoras internacionais. Também há ETFs listados localmente que expõem à indústria americana e ao setor automotivo. Importante: exposição em reais incorpora risco de câmbio. Se o dólar subir, ganhos em ações americanas se ampliam em reais; se o dólar cair, a proteção perde força. Avalie custos de corretagem, impostos e a conveniência de plataformas reguladas. A Nemo, por exemplo, é um corretor regulado pela ADGM FSRA; investidores brasileiros devem comparar essa opção com corretoras locais e internacionais antes de decidir.

Riscos — a outra face da moeda

A tese é tática e altamente dependente de política pública. A implementação só a partir de 01/08/2025 significa que mercado e empresas têm tempo para ajustar. Mudanças administrativas podem reverter ou alterar as tarifas. Há risco claro de retaliação comercial — e isso pode atingir exportadores americanos, reduzindo lucros e gerando volatilidade. Além disso, a vantagem é, em parte, artificial: intervenção estatal pode elevar custos para consumidores e, no limite, reduzir demanda agregada. Lembre-se: nada aqui é garantia de retorno.

Conclusão prática e chamada à ação

A tarifa de 30% cria oportunidades táticas para fabricantes e fornecedores americanos, especialmente em veículos, maquinário e peças. Para o investidor brasileiro, a recomendação prática é estudar exposição por BDRs e ETFs, ajustar posição cambial e checar custos e tributação antes de entrar. Considere montadoras como GM e Ford e fornecedores especializados como AXL, mas mantenha posição proporcional ao apetite por risco político.

Nota de compliance: este texto não constitui recomendação personalizada. Avalie seu perfil, consulte seu assessor e verifique plataformas, custos e obrigações fiscais. Para aprofundar, compare alternativas de corretagem e revise o horizonte temporal da sua posição.

Análise Detalhada

Mercado e Oportunidades

  • Tarifa de 30% sobre importações da União Europeia e do México, prevista para vigorar em agosto de 2025.
  • Setores diretamente afetados: veículos, maquinário e farmacêutico — aumento dos preços relativos dos bens importados.
  • Aceleração do onshoring: empresas podem transferir produção e cadeia de suprimentos para os EUA, elevando a demanda por equipamentos industriais e componentes locais.
  • Fornecedores e fabricantes de peças automotivas podem registrar margens maiores e aumento de volumes à medida que montadoras substituem insumos importados.
  • Demanda por equipamentos de manufatura, ferramentas e serviços industriais tende a subir em um cenário de reindustrialização parcial.

Empresas-Chave

  • General Motors (GM): Montadora americana com forte exposição ao mercado doméstico; pode ganhar competitividade relativa em relação a fabricantes europeus e mexicanos, cuja oferta ficará mais cara devido às tarifas; potencial impacto positivo em vendas e participação de mercado no segmento interno.
  • Ford Motor Company (F): Grande montadora dos EUA posicionada para se beneficiar de um ambiente doméstico mais favorável, especialmente em segmentos onde concorrentes importados enfrentem aumento de preço; possível aumento de demanda por veículos produzidos localmente.
  • American Axle & Manufacturing Holdings (AXL): Fornecedor de componentes de transmissão e sistemas driveline; provável aumento de pedidos à medida que montadoras busquem alternativas domésticas para evitar custos de importação, impactando volumes e margens.

Riscos Principais

  • Tese dependente de política pública; mudanças de governo ou administrativas podem reverter ou alterar as tarifas.
  • Implementação prevista apenas para agosto de 2025; os benefícios dependem do cumprimento do cronograma e da execução efetiva.
  • Risco de retaliação tarifária por parceiros comerciais, que pode afetar empresas exportadoras dos EUA.
  • Vantagem competitiva artificial criada por intervenção estatal, que pode desaparecer com alterações na política.
  • Risco macroeconômico e aumento de custos ao consumidor final, potencialmente reduzindo a demanda agregada.

Catalisadores de Crescimento

  • A alta nos preços relativos de concorrentes importados torna alternativas domésticas mais atraentes.
  • Onshoring e investimentos em nova capacidade fabril aumentam a demanda por maquinário e fornecedores locais.
  • Consumidores mantendo veículos por mais tempo devido ao aumento dos preços de carros novos, elevando a demanda por peças e serviços pós-venda.
  • Mudanças estruturais no comércio internacional podem impulsionar uma reindustrialização parcial dos EUA.

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Perguntas frequentes

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