O setor de energia dos EUA pivota para o gás: a oportunidade de investimento escondida à vista de todos

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Aimee Silverwood | Financial Analyst

6 min de leitura

Publicado em 26 de julho de 2025

Com apoio de IA

Resumo

  1. Pivô do petróleo para gás natural EUA cria mudança estratégica e oportunidade para investidores.
  2. Investimento gás natural foca em empresas de serviços petrolíferos e perfuração de gás com alta alavancagem operacional.
  3. Baker Hughes gás e fornecedores de compressão lideram oportunidades; veja oportunidade de investimento em gás natural nos EUA 2025.
  4. Riscos: preços, regulação, câmbio; aprenda como investir em empresas de serviços de gás natural nos EUA e diversifique.

Uma mudança estratégica com cheiro de oportunidade

As grandes empresas de energia dos Estados Unidos estão fazendo algo pragmático: realocar capital e equipamentos do petróleo para o gás natural. Não é uma moda passageira. É uma mudança estratégica sustentada — e há consequências práticas para investidores brasileiros que buscam exposição ao setor energético norte-americano.

Vamos aos fatos. A contagem de sondas de petróleo atingiu mínimos plurianuais, enquanto a contagem de sondas de gás subiu a níveis próximos a máximos de dois anos. Isso não é apenas estatística. É uma realocação de pessoas, de equipamentos e de bilhões de dólares de capex. Onde há movimento operacional, surgem oportunidades de investimento.

Por que o gás interessa agora

O argumento central é simples: fundamentos mais estáveis. O gás natural alimenta usinas termoelétricas e processos industriais com demanda relativamente previsível. Ao contrário do petróleo, mais exposto a choques geopolíticos e a oscilações abruptas de preço, o gás tende a oferecer fluxos de receita mais recorrentes. Além disso, por queimar de forma mais limpa que o petróleo, o gás ganha espaço num cenário de regulações ambientais mais rígidas. Isso pode favorecer tanto a demanda quanto a viabilidade de novos projetos.

Isso significa que apostar apenas em produtores não é a única forma de participar do movimento. Há uma oportunidade talvez menos óbvia, mas mais resiliente: empresas de serviços e de tecnologia que apoiam a perfuração, compressão e escoamento do gás.

Vendedores de picaretas: onde a alavancagem pode ser mais direta

Quem lucra com o aumento da atividade não é necessariamente o dono do poço vencedor, mas quem fornece a tecnologia, a sonda, a compressão e o serviço recorrente. Pense em Baker Hughes (BKR), que fornece equipamentos e tecnologia críticos; em empresas como a Natural Gas Services Group Inc (NGS), especializada em compressão; ou em produtores ágeis de menor porte como a US Energy Corp (USEG), que podem reposicionar seus ativos com rapidez.

Por que isso importa? Porque a margem das empresas de serviços tende a responder diretamente à intensidade operacional: mais sondas, mais contratos, mais receita. É um efeito “vendedor de picaretas” clássico. A questão que surge é: essas empresas têm capacidade de execução e infraestrutura para escalar sem gargalos? Esse é um risco real.

Riscos e prudência: nem tudo é caminho livre

Toda aposta envolve riscos. Preços das commodities podem oscilar e afetar margens. Políticas regulatórias nos EUA podem mudar custos e prazos. Há risco geológico e de execução em projetos de perfuração. Para investidores brasileiros, somam-se risco cambial e diferenças de tributação e compliance entre Brasil e EUA.

Portanto, atenção: não se trata de lucro garantido. Trata-se de uma tendência baseada em fundamentos e avanços tecnológicos, não em especulação de curto prazo.

Catalisadores que podem acelerar a tendência

Tecnologia de perfuração mais eficiente reduz custo por unidade produzida. Investimentos em infraestrutura de compressão e gasodutos melhoram a economia dos projetos. A demanda doméstica por gás para geração elétrica e uso industrial fornece base previsível de consumo. Junte a isso a percepção pública e regulatória de que o gás é um combustível relativamente mais limpo, e o quadro fica mais favorável.

O que o investidor brasileiro deve considerar

Para um investidor no Brasil, estudar exposição direta a papéis como BKR, NGS ou USEG exige avaliação de câmbio, estrutura tributária e correlação com carteiras domésticas. Fundos internacionais e ETFs que concentram empresas de serviços de gás podem oferecer acesso diversificado e com gestão profissional.

Em suma, o pivô do petróleo para o gás entre empresas americanas é uma mudança com lógica econômica e tecnológica por trás. A oportunidade mais durável pode estar nas empresas que fornecem os equipamentos e serviços essenciais. Mas lembre-se: avalie riscos, diversifique e não confunda tendência com promessa de retorno.

Análise Detalhada

Mercado e Oportunidades

  • A contagem de sondas de petróleo está em mínimos plurianuais enquanto a contagem de sondas de gás subiu para níveis próximos a máximos de dois anos, indicando uma realocação da atividade operacional.
  • Há uma reatribuição multibilionária de capital do petróleo para o gás natural, envolvendo equipamentos, pessoal e investimentos em infraestrutura.
  • O gás natural apresenta padrões de demanda mais previsíveis (geração elétrica e uso industrial), reduzindo a exposição a choques geopolíticos que afetam o petróleo.
  • Por queimar de forma mais limpa que o petróleo, o gás tem vantagem diante de regulações ambientais mais rigorosas, favorecendo sua demanda futura.

Empresas-Chave

  • Baker Hughes, uma empresa GE (BKR): Fornece equipamentos especializados, tecnologia e serviços de perfuração para exploração e produção de gás natural; caso de uso em serviços críticos e recorrentes; modelo de receita ligado à atividade de campo e tecnologias de manutenção.
  • Natural Gas Services Group Inc (NGS): Fornece equipamentos de compressão e serviços essenciais para a produção e transporte eficiente de gás natural; caso de uso centrado em infraestrutura de escoamento; receitas dependentes do aumento do volume produzido e da necessidade de serviços de compressão.
  • US Energy Corp (USEG): Produtor de menor porte e mais ágil, capaz de realocar ativos e programas de perfuração para capitalizar mudanças de mercado em direção ao gás natural; caso de uso em exploração e produção flexível; perfil financeiro sensível a variações de preço e à velocidade de execução operacional.

Riscos Principais

  • Volatilidade dos preços das commodities — flutuações nos preços do gás e do petróleo podem afetar margens, planos de investimento e fluxo de caixa.
  • Mudanças regulatórias nos EUA (ambientais, fiscais ou de infraestrutura) que podem aumentar custos de produção ou alterar a demanda por gás.
  • Risco geológico e operacional inerente a projetos de perfuração individuais, incluindo poços secos, acidentes e custos imprevistos.
  • Risco de execução nas empresas de serviços (atrasos, incapacidade de expandir escala) e possíveis gargalos de infraestrutura (capacidade de gasodutos, estações de compressão).
  • Risco cambial e fiscal para investidores brasileiros que aplicam em ativos denominados em dólares, afetando retornos em moeda local.

Catalisadores de Crescimento

  • Avanços em tecnologias de perfuração e eficiência que reduzem o custo por unidade de produção de gás.
  • Tendência estratégica inicial de realocação de capital do petróleo para o gás, indicando potencial de aceleração da atividade de gás nos próximos ciclos.
  • Aumento da demanda doméstica por gás para geração elétrica e uso industrial, oferecendo uma base de consumo mais previsível.
  • Investimentos em infraestrutura (compressão, transporte e processamento) que melhoram a economia dos projetos de gás e reduzem gargalos.
  • Percepção favorável do gás como combustível relativamente mais limpo, alinhando-se a políticas ambientais que podem favorecer sua utilização.

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Perguntas frequentes

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