A crise do calor urbano: por que estas ações de refrigeração podem ser as suas próximas grandes ganhadoras

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Aimee Silverwood | Financial Analyst

6 min de leitura

Publicado em 25 de julho de 2025

Com apoio de IA

Resumo

  1. Ilhas de calor urbano elevam temperaturas 2–5 °C, impulsionando demanda por resfriamento urbano e ações de refrigeração.
  2. Oportunidade em isolamento térmico avançado, HVAC eficiente e infraestrutura verde urbana.
  3. Diversificar entre fabricantes, fornecedores e distribuidores reduz risco; melhores ações de refrigeração para investir incluem líderes e ETFs.
  4. Regulação local cria mercado previsível; investir em soluções de resfriamento urbano no Brasil favorece empresas de isolamento térmico e HVAC.

Cidades que esquentam e carteiras que se ajustam

As cidades brasileiras estão ficando mais quentes. Estudos mostram que o efeito de ilha de calor urbano eleva temperaturas em 2–5 °C em áreas densamente urbanizadas, e esse aquecimento pressiona tanto a saúde pública quanto as redes elétricas. Vamos aos fatos: ondas de calor aumentam internações cardiológicas e respiratórias, e aumentam picos de consumo de energia, com impacto direto nas contas e na infraestrutura. Isso significa que a demanda por soluções de refrigeração e mitigação térmica deixou de ser opcional.

Onde mora a oportunidade

Quais segmentos capturam esse movimento? Três frentes se destacam. Primeiro, o isolamento térmico avançado, com materiais como aerogel que reduzem a necessidade de resfriamento ativo. Segundo, sistemas HVAC mais eficientes e automatizados, capazes de entregar conforto com menor consumo. Terceiro, infraestrutura verde — telhados verdes, sombreamento urbano e superfícies reflexivas — que atenua a absorção de calor pelas cidades.

Isso não é só teoria. Empresas que produzem membranas de cobertura ou painéis com alta refletância diminuem o balanço térmico de edifícios comerciais e residenciais. Exemplos listados globalmente incluem Carlisle Companies (CSL), fabricante de sistemas de cobertura energeticamente eficientes, e Aspen Aerogels (ASPN), que desenvolve isolamento de alta performance. Do ponto de vista da cadeia de valor, distribuidores como Watsco (WSO.B) têm vantagem competitiva por capturar o aumento de volume sem precisar que haja uma única tecnologia vencedora.

O papel das regulações

A questão que surge é: quem paga por isso? Políticas públicas e códigos de construção mais rígidos podem transformar demanda discrecionária em demanda mandatória. No Brasil, códigos municipais de obras — por exemplo em São Paulo e Rio de Janeiro — já incorporam exigências relacionadas ao desempenho térmico e alocação de áreas verdes; normas da ABNT e programas de eficiência energética federais e estaduais tendem a ampliar esse escopo. Em outras palavras, regulamentação cria um mercado cativo e previsível para produtos compatíveis.

Estratégia de alocação para o investidor

Diante desse cenário, a alocação diversificada no setor é a abordagem recomendada. Por que não concentrar posição em uma única tecnologia? Há risco tecnológico: surgimento de alternativas mais baratas ou eficientes pode deslocar líderes atuais. Há risco regulatório: mudança de incentivos pode alterar a atratividade econômica de certos projetos. E há risco cíclico: recessões atrasam reformas e retrofits.

A resposta prudente combina exposição a fabricantes de materiais (isolamento, coberturas), fornecedores de HVAC e distribuidores que agregam escala e serviço. Isso reduz o risco específico e permite participar tanto de ciclos de retrofit quanto de renovação urbana em cidades como São Paulo, Rio e Belo Horizonte. Para investidores sem acesso direto a ações estrangeiras, fundos temáticos ou ETFs regionais podem oferecer exposição adequada.

Riscos e pontos de atenção

Investir nesse tema não é isento de risco. O avanço de tecnologias concorrentes, mudanças rápidas na legislação e oscilações econômicas podem afetar resultados. Além disso, a adoção de novas soluções depende de incentivos locais e capacidade financeira dos mutuários. Portanto, diversificar e acompanhar indicadores regulatórios e de urbanização é essencial.

Conclusão

As cidades esquentam e a economia precisa responder. O aumento de 2–5 °C por efeito de ilha de calor cria uma necessidade inevitável por refrigeração e mitigação térmica. Empresas de isolamento avançado, fabricantes de HVAC, distribuidores logísticos e projetos de infraestrutura verde estão bem posicionados para capturar esse crescimento. Uma estratégia temática, mas diversificada entre materiais, equipamentos e canais de distribuição, oferece uma forma racional de participar dessa transição, sempre lembrando que ganhos futuros dependem de evolução tecnológica, ambiente regulatório e condições macroeconômicas.

Leia mais sobre este tema em A crise do calor urbano: por que estas ações de refrigeração podem ser as suas próximas grandes ganhadoras.

Análise Detalhada

Mercado e Oportunidades

  • Temperaturas urbanas tipicamente 2–5 °C mais altas que áreas rurais devido ao efeito de ilha de calor, aumentando a necessidade de soluções de mitigação térmica.
  • Aumento documentado em mortes relacionadas ao calor nas cidades gera preocupação de saúde pública e pressiona por ação governamental e investimentos em mitigação.
  • Oportunidades de mercado incluem isolamento de alto desempenho, sistemas HVAC mais eficientes, distribuição de equipamentos e infraestrutura verde (telhados verdes, sombreamento).
  • A demanda é majoritariamente imediata e ligada a infraestrutura essencial, o que tende a conferir maior resistência a recessões econômicas.
  • Regiões em rápida urbanização (África, Ásia e América Latina) representam mercados de crescimento significativos para soluções de refrigeração e construções energeticamente eficientes.

Empresas-Chave

  • Carlisle Companies Incorporated (CSL): Tecnologia central em sistemas de cobertura e materiais de envoltória construídos para reduzir absorção de calor e melhorar o desempenho térmico; casos de uso em edifícios comerciais novos e retrofits; perfil financeiro baseado em vendas B2B e contratos de fornecimento, com sensibilidade aos ciclos de construção.
  • Aspen Aerogels Inc (ASPN): Tecnologia central em isolamento avançado à base de aerogel que oferece desempenho térmico superior; casos de uso em aplicações com requisitos rígidos de eficiência energética (industrial, construção, transporte), reduzindo a necessidade de resfriamento ativo; modelo financeiro focado em nichos de alto valor, dependente de escalabilidade de produção e adoção tecnológica.
  • Watsco Inc (WSO.B): Tecnologia/posição central como distribuidor logístico de produtos HVAC e refrigeração; casos de uso incluem fornecimento para instaladores, manutenção e gestão de instalações; modelo financeiro baseado em distribuição com receita recorrente de peças e serviços, beneficiando-se do aumento de volumes sem precisar apostar em uma tecnologia vencedora única.

Riscos Principais

  • Risco tecnológico: surgimento de soluções alternativas mais eficientes ou mais baratas pode deslocar líderes atuais e reduzir demanda por produtos existentes.
  • Mudanças regulatórias: alterações em políticas públicas, subsídios ou códigos de construção podem afetar a demanda e alterar o cenário competitivo.
  • Ciclos econômicos: recessões e cortes em investimentos de construção podem adiar projetos e reduzir receitas no curto prazo.

Catalisadores de Crescimento

  • Mandatos regulatórios e códigos de construção mais rígidos que exijam melhor desempenho térmico e eficiência energética.
  • Crescimento populacional urbano, intensificando o efeito de ilha de calor e a necessidade contínua de soluções de resfriamento e mitigação.
  • Ciclos de substituição e manutenção de infraestrutura que geram janelas de receita recorrente (manutenção, retrofits e upgrades).
  • Avanços tecnológicos em materiais, automação predial e sistemas HVAC mais eficientes que reduzem custos e aumentam a adoção.

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