Ações de viagens: a aposta na recuperação que finalmente está decolando

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Aimee Silverwood | Financial Analyst

6 min de leitura

Publicado em 25 de julho de 2025

Com apoio de IA

Resumo

  1. Recuperação do setor de viagens impulsiona ações de turismo e ações de viagens; mercado projetado acima de US$1 trilhão.
  2. Ações de hotéis e ações de cruzeiro lideram recuperação pós-pandemia; oportunidades de investimento em cruzeiros e hotéis.
  3. Plataformas digitais e Airbnb ampliam receita via IA, preço dinâmico e estadias longas; oportunidades de investimento em turismo.
  4. Diversificação com "cesta de recuperação do turismo" reduz riscos; como investir em ações de turismo no Brasil via BDRs, ETFs.

Ações de viagens: a aposta na recuperação que finalmente está decolando

O setor global de viagens mostra sinais claros de recuperação pós-pandemia. Vamos aos fatos: projeções apontam para um mercado acima de US$ 1 trilhão até 2027. Isso significa que a demanda reprimida, combinada com novas preferências de consumo e avanços tecnológicos, está convertendo tráfego em receita para várias cadeias de valor — de hotéis e cruzeiros a plataformas digitais.

Ações de viagens: a aposta na recuperação que finalmente está decolando

recuperação ampla e casos protagonistas

Setores como cruzeiros e hotéis tornaram-se protagonistas dessa retomada. Operadoras como Royal Caribbean (RCL) e redes como Marriott (MAR) reportaram recuperação operacional significativa: ocupação mais alta, tarifas médias em recuperação e retomada de viagens corporativas e de lazer. O mercado de cruzeiros, por exemplo, tem estimativas de crescimento de US$ 18,8 bilhões em 2021 para cerca de US$ 39,6 bilhões em 2026 — mais do que o dobro.

Plataformas digitais também se destacam. A Airbnb (ABNB) capitaliza tendências de estadias prolongadas, personalização e "workations". A adoção de IA e machine learning em precificação dinâmica e oferta personalizada aumenta a receita por cliente e melhora margens.

por que a estruturação pós-pandemia importa

Uma vantagem menos óbvia é que muitas empresas do setor emergiram mais enxutas. Redução de custos, foco em eficiência operacional e investimentos seletivos em tecnologia aumentaram a resiliência e potencialmente elevam margens no médio prazo. Isso cria um cenário em que, mesmo com receita em recuperação, o lucro operacional pode surpreender positivamente.

riscos que não podem ser ignorados

O otimismo deve conviver com cautela. O setor é altamente sensível a choques externos: novas crises sanitárias, tensões geopolíticas ou uma recessão global podem reduzir drasticamente a demanda. Preços de combustíveis impactam diretamente custos de companhias aéreas e cruzeiros; níveis elevados de endividamento em algumas empresas aumentam a vulnerabilidade.

Há ainda fatores regulatórios — normas ambientais, requisitos de visto e regras de segurança — que podem elevar custos. Para investidores brasileiros, o risco cambial (BRL vs. USD) é relevante: a valorização do dólar amplifica ganhos em reais, mas também intensifica perdas. Considerações fiscais também são centrais: IOF na conversão, tributação sobre ganho de capital e retenção na fonte em renda do exterior exigem atenção contábil e fiscal.

como investir com prudência

A diversificação é a resposta prática. Em vez de apostar tudo em uma única ação, uma "Cesta de Recuperação do Turismo" — combinando ações de hotéis, cruzeiros e plataformas digitais, ou ETFs setoriais — dilui riscos idiossincráticos. Isso vale tanto para BDRs quanto para investimentos via custódia internacional. Utilize corretoras brasileiras que oferecem acesso a BDRs, ETFs internacionais ou custódia direta, e mantenha disciplina fiscal e de reporte.

Além disso, procure fatores de sustentabilidade e governança nas empresas. A preferência por viagens sustentáveis cresce entre consumidores, e empresas que investem em eficiência energética e práticas ambientais tendem a atrair demanda e a reduzir riscos regulatórios.

conclusão: oportunidade com prudência

A recuperação do setor de viagens já está em curso e abre oportunidades diversificadas — de Royal Caribbean a Marriott e Airbnb. Contudo, essa é uma aposta que exige equilíbrio entre busca por crescimento e gestão de riscos macro, regulatórios e financeiros. Uma abordagem diversificada e informada, alinhada ao perfil de risco do investidor, tende a ser a mais sensata.

Esta análise é informativa e não constitui recomendação personalizada. Investidores devem considerar consultoria financeira e assessoria tributária antes de tomar decisões.

Análise Detalhada

Mercado e Oportunidades

  • Mercado global de viagens projetado para ultrapassar US$ 1 trilhão até 2027 (estimativa citada: US$ 1.016 bilhões), com crescimento anual composto superior a 4%.
  • Mercado global de cruzeiros estimado para crescer de US$ 18,8 bilhões em 2021 para cerca de US$ 39,6 bilhões em 2026 — mais que o dobro em cinco anos.
  • Viagens aéreas projetadas para retornar aos níveis pré-pandemia em 2024, indicando recuperação da demanda de passageiros.
  • Inovação digital e integração de IA em plataformas de reserva, precificação dinâmica e personalização aumentam eficiência e receita por cliente.
  • Novos padrões de viagem (por exemplo, 'workations') e a prioridade por experiências entre gerações mais jovens ampliam a base de consumidores.

Empresas-Chave

  • Airbnb (ABNB): Plataforma global de hospedagem alternativa que ampliou o mercado ao oferecer acomodações únicas e flexíveis; beneficia-se de tendências de personalização, viagens remotas e maior preferência por estadias prolongadas; modelo de receita baseado em taxas de reserva e serviços, com ampla presença internacional.
  • Marriott International (MAR): Rede hoteleira tradicional com portfólio diversificado de marcas; foco em tecnologia para melhorar a experiência do hóspede e capturar demanda tanto de lazer quanto corporativa; combinação de modelos de franquia, gestão e propriedades próprias que gera receitas recorrentes por hospedagem e programas de fidelidade.
  • Royal Caribbean Cruises (RCL): Operadora de cruzeiros que investiu em novos navios e experiências a bordo; tem se beneficiado do ressurgimento do interesse por cruzeiros, atraindo diferentes faixas etárias; modelo intensivo em capital com receitas derivadas de tarifas por passageiro e atividades a bordo, sensível a custos de combustível e sazonalidade.

Riscos Principais

  • Sensibilidade a choques externos: novas crises sanitárias, tensões geopolíticas ou recessões podem reduzir dramaticamente a demanda.
  • Volatilidade nos preços de combustíveis, que impacta custos operacionais de companhias aéreas e cruzeiros.
  • Concorrência intensa, pressionando margens e exigindo investimento contínuo em produto e marketing.
  • Setor intensivo em capital com níveis elevados de dívida corporativa em algumas empresas.
  • Possíveis mudanças regulatórias relacionadas a segurança, meio ambiente e requisitos de visto que podem aumentar custos ou limitar demanda.
  • Risco cambial para investidores brasileiros ao expor-se a empresas cotadas em USD.

Catalisadores de Crescimento

  • Demanda reprimida por viagens que impulsiona volumes e preços (efeito 'revenge travel').
  • Estruturação mais enxuta e ganhos de eficiência operativa pós-pandemia.
  • Adoção de tecnologia (IA, machine learning) para precificação dinâmica, upsell e personalização de ofertas.
  • Tendência crescente por viagens sustentáveis, incentivando investimentos em tecnologia limpa e eficiência energética.
  • Mudanças de comportamento como trabalho remoto e 'workations' ampliando duração e formato das viagens.
  • Preferência de gerações mais jovens por experiências, o que sustenta o crescimento de longo prazo.
  • Investimentos públicos e privados em infraestrutura turística em diversas regiões, apoiando expansão de demanda.

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Perguntas frequentes

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