Os guardiões do cofre digital: por que os custodiantes de ativos tokenizados são a nova elite bancária

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Aimee Silverwood | Financial Analyst

6 min de leitura

Publicado em 25 de julho de 2025

Com apoio de IA

Resumo

  1. Aprovação de ETFs 2024 impulsionou custódia institucional de criptomoedas e custódia de ativos tokenizados para investidores institucionais.
  2. Custodiantes de criptoativos geram receitas recorrentes com custódia blockchain, segregação, seguros e integração de liquidação.
  3. Competição entre custódia Coinbase, BNY Mellon ativos digitais e State Street custódia destaca compromisso entre velocidade e confiança regulatória.
  4. Para investidores brasileiros, entender como funciona a custódia de ativos tokenizados no Brasil e requisitos regulatórios é crucial.

Os guardiões do cofre digital: por que os custodiantes de ativos tokenizados são a nova elite bancária

Os guardiões do cofre digital: por que os custodiantes de ativos tokenizados são a nova elite bancária

A nova demanda institucional

A aprovação de ETFs spot de criptomoedas no início de 2024 foi um divisor de águas. Vamos aos fatos: bilhões de dólares entraram no mercado, e grandes fundos de pensão, seguradoras e fundos soberanos buscaram exposição regulada a ativos digitais. Isso significa que gestores e tesourarias corporativas passaram a exigir soluções de custódia institucionais, confiáveis e auditáveis. A consequência lógica? Custodiantes tornaram-se peça central da infraestrutura financeira digital.

O que fazem os custodiantes e por que geram receitas recorrentes

Custodiantes não guardam apenas chaves privadas. Eles administram segregação de ativos, procedimentos de segurança, seguros e integração com sistemas de liquidação. À medida que ativos são tokenizados em blockchains, essas empresas cobram taxas recorrentes por serviços que antes eram exclusivos do universo bancário tradicional. Em vez de apostar na volatilidade das criptomoedas, muitos investidores preferem pagar por segurança operacional e conformidade.

Tradicionais versus nativos de cripto: força versus velocidade

Aqui a competição é clara. Empresas nativas, como a Coinbase Global, Inc., trazem vantagem tecnológica e agilidade operacional. A Coinbase afirma ter mais de US$130 bilhões em ativos sob custódia, com forte uso de cold storage e soluções multi-assinatura. Já instituições centenárias, como BNY Mellon e State Street, oferecem confiança regulatória, relacionamentos com fundos de previdência complementar e infraestrutura madura. BNY Mellon, por exemplo, administra aproximadamente US$48 trilhões em ativos e lançou divisões dedicadas a ativos digitais. Cada lado tem vantagens que atendem a demandas diferentes dos clientes institucionais.

Barreiras de entrada: regulamentação e efeitos de rede

Clareza regulatória favorece provedores estabelecidos. Para investidores brasileiros, a atuação coordenada com CVM e Banco Central será um diferencial crítico. Provedores com frameworks de compliance maduros ganham contratos de grandes clientes, criando efeitos de rede: quanto mais clientes, mais integrações e mais confiança. Isso eleva o custo de entrada para novos competidores e tende a consolidar um grupo de custodiantes de referência.

Expansão para ativos do mundo real

A tokenização não fica só nas criptomoedas. Imóveis, obras de arte, commodities e até títulos poderão migrar para registros tokenizados. Isso amplia o escopo dos serviços de custódia para incluir administração de direitos, liquidação e auditoria. Para um fundo de pensão no Brasil, por exemplo, a possibilidade de ter exposição a imóveis tokenizados com custódia em reais e integração com bancos locais pode ser atraente — desde que os controles regulatórios e operacionais estejam claros.

Riscos que não podem ser subestimados

Existem riscos reais. Violações de segurança ou erros operacionais podem causar perdas significativas e minar a confiança. Mudanças regulatórias adversas podem aumentar custos de conformidade ou limitar negócios quase da noite para o dia. A tecnologia ainda exige investimento contínuo em segurança e auditoria. Além disso, grandes empresas de tecnologia podem entrar no setor, oferecendo soluções integradas em nuvem e competindo por escala.

O que isso significa para investidores brasileiros

Para alocadores institucionais e investidores sofisticados no Brasil, a escolha do custodiante importa tanto quanto a escolha do ativo. Procure histórico de compliance, integração com sistemas em BRL e políticas claras de segregação e seguro. A tendência de expansão da tokenização sugere oportunidades de diversificação, mas também exige diligência sobre fornecedores e cenários regulatórios.

Isto não é recomendação de investimento. As perspectivas comentadas são condicionais e sujeitas a riscos. Investidores devem avaliar seu próprio perfil e, quando apropriado, consultar assessoria especializada.

(Fonte: análises de mercado e relatórios públicos de Coinbase, BNY Mellon e State Street)

Análise Detalhada

Mercado e Oportunidades

  • A aprovação de ETFs spot de criptomoedas no início de 2024 atraiu bilhões de dólares em investimento institucional.
  • Grandes fundos de pensão, seguradoras e fundos soberanos começaram a alocar parte de seus portfólios para ativos digitais, criando demanda por custodiante qualificado.
  • A Coinbase detém mais de US$130 bilhões em ativos sob custódia, demonstrando escala na infraestrutura de custódia cripto.
  • O BNY Mellon, instituição financeira tradicional com história centenária, administra cerca de US$48 trilhões em ativos e lançou uma divisão dedicada a ativos digitais.
  • O mercado se expande além das criptomoedas para incluir imóveis tokenizados, commodities e títulos tokenizados, ampliando o escopo de serviços de custódia.

Empresas-Chave

  • [Coinbase Global, Inc. (COIN)]: Plataforma nativa de cripto com custódia institucional; armazena cerca de 98% dos fundos em cold storage offline, utiliza segurança multi-signature e tem coberturas de seguro; atende hedge funds, tesourarias corporativas e provedores de ETFs; possui mais de US$130 bilhões em ativos sob custódia.
  • [BNY Mellon (BK)]: Instituição financeira tradicional com longa história de serviços de custódia; lançou uma divisão dedicada a ativos digitais, aproveitando relacionamentos institucionais e expertise regulatória para oferecer custódia a clientes institucionais; grande escala de ativos sob gestão (~US$48 trilhões no conglomerado).
  • [State Street Corporation (STT)]: Grande instituição financeira que criou a State Street Digital para fornecer serviços de custódia e negociação de criptomoedas; adaptou sua infraestrutura tradicional de custódia para ativos digitais e oferece integração e serviços para clientes institucionais.

Riscos Principais

  • Violação de segurança cibernética ou erro operacional pode causar perdas significativas e erosionar a confiança dos clientes.
  • Mudanças regulatórias adversas podem invalidar modelos de negócio existentes ou aumentar custos de conformidade de forma repentina.
  • A tecnologia ainda é emergente, exigindo investimento contínuo em segurança, auditoria e procedimentos operacionais.
  • A alta volatilidade do mercado cripto pode reduzir a demanda institucional por serviços de custódia em períodos de queda prolongada.
  • Concorrência de grandes empresas de tecnologia que possam oferecer soluções de custódia integradas com infraestrutura em nuvem.

Catalisadores de Crescimento

  • Adoção institucional crescente de ativos digitais, impulsionada por ETFs spot e alocações de grandes investidores institucionais.
  • Maior clareza regulatória que favoreça provedores estabelecidos com frameworks de compliance maduros.
  • Efeitos de rede: custodians líderes tornam-se mais atraentes à medida que ganham clientes, integrações e confiança do mercado.
  • Expansão da tokenização de ativos do mundo real (imóveis, arte, commodities) que aumenta a necessidade de soluções de custódia híbridas.
  • Demanda crescente por serviços complementares (auditoria, administração, liquidação) que pode ampliar receitas recorrentes.

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Perguntas frequentes

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