Os arquitetos de negócios de Wall Street: os beneficiários do boom de fusões e aquisições

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Aimee Silverwood | Financial Analyst

6 min de leitura

Publicado em 25 de julho de 2025

Com apoio de IA

Resumo

  1. Fusões e aquisições impulsionam receitas robustas para bancos de investimento e assessoria financeira M&A via taxas por transação.
  2. Taxas de assessoria M&A entre 1% e 2% geram ganhos multimilionários em deals de alto valor.
  3. Setor de tecnologia M&A e setor de saúde fusões lideram volume; private equity capital não alocado pressiona demanda.
  4. Como investir em bancos de investimento que lucram com M&A: ETFs e fundos, atento ao impacto das taxas de juros.

O motor oculto por trás dos grandes negócios

O recente salto global em fusões e aquisições está gerando um resultado simples e direto: receitas robustas para quem assessora as operações. Vamos aos fatos. À medida que empresas buscam crescer por aquisições ou vender ativos estratégicos, bancos de investimento e consultorias especializadas cobram fees que normalmente variam entre 1% e 2% do valor da transação. Em negócios de bilhões, isso se traduz em valores multimilionários.

Por que isso importa para o investidor? Porque essas instituições capturam fluxo de receita previsível por transação, independentemente do desfecho operacional do negócio. Em muitos casos, elas recebem pela execução, pelo aconselhamento e pela estruturação. Isso cria um modelo de negócios resiliente enquanto o ciclo de M&A estiver aquecido.

Quem se beneficia

Bancos tradicionais como Goldman Sachs e JPMorgan combinam escala, rede global e capacidade de execução para liderar os maiores processos. Eles não apenas assessoram; também coordenam financiamentos e colocam emissores em contato com investidores. Consultorias independentes como Evercore oferecem um argumento diferente: por não realizar operações de empréstimo ou trading proprietário, são percebidas como menos conflituosas, o que lhes permite cobrar prêmios por aconselhamento estratégico.

Isso significa que, em uma aquisição de US$10 bilhões, uma taxa de assessor de 1% rende US$100 milhões. Convertida para reais, considerando um câmbio de R$5, a cifra sobe para R$500 milhões. É uma conta simples, que explica o apetite dessas firmas por mandates de alto valor.

Onde a atividade concentra-se

Setores de tecnologia e saúde lideram o volume e as avaliações. Empresas de software, plataformas digitais e biotecnologia atraem compradores por causa de crescimento e sinergias potenciais. A saúde, com sua transformação digital e mudanças demográficas, incentiva consolidações que exigem assessoria complexa. Private equity, que aqui significa fundos que compram empresas com capital privado, também é central: fundos globais têm mais de US$3 trilhões em capital não alocado, pressionando por mais aquisições e buyouts alavancados. Buyout alavancado (leveraged buyout) é quando se usa dívida para financiar a compra de uma empresa — uma operação comum em private equity.

Riscos e freios potenciais

O ciclo de M&A não é infinito. Ele depende de confiança corporativa, custo de financiamento e ambiente regulatório. A elevação de taxas de juros encarece aquisições alavancadas. Maior escrutínio antitruste pode bloquear operações, sobretudo em tecnologia. E avaliações exageradas podem resultar em desapontamento pós-fusão, reduzindo novo apetite por negociação.

Portanto, embora as receitas das assessorias tendam a subir em mercados aquecidos, elas também podem cair rapidamente se esses fatores se inverterem.

O que o investidor deve observar

A questão que surge é: como obter exposição a esse tema? Investir diretamente em bancos de investimento e consultorias listadas — como GS, JPM e Evercore — é uma via indireta. Essas empresas se beneficiam em ciclos positivos de M&A, mas também enfrentam riscos de mercado e regulatórios. Outra alternativa são ETFs e fundos que incluam grandes bancos de investimento na carteira.

Lembre-se: fees (taxas cobradas pelos serviços de assessoria) geram receita previsível por transação; private equity alimenta a demanda; e setores como tecnologia e saúde puxam o volume e as avaliações.

Conclusão

O boom de fusões e aquisições entrega um benefício claro aos “arquitetos” do mercado: receitas substanciais por fees em operações de alto valor. Mas não é um caminho sem riscos. Mudanças na economia, nas taxas de juros e na regulação podem reduzir a atividade e pressionar receitas.

Os arquitetos de negócios de Wall Street: os beneficiários do boom de fusões e aquisições

Aviso: este texto tem caráter informativo e não constitui recomendação personalizada de investimento. Investir envolve riscos e a performance passada não garante resultados futuros.

Análise Detalhada

Mercado e Oportunidades

  • O valor global de transações de M&A cresceu mais de 15% no ano mais recente analisado, indicando forte demanda por assessoria.
  • As taxas de assessoria geralmente ficam entre 1% e 2% do valor total da transação, resultando em receitas expressivas em operações de bilhões.
  • Firmas de private equity detêm mais de US$3 trilhões em capital não alocado globalmente, pressionando por mais aquisições e operações de buyout.
  • Os setores de tecnologia e saúde lideram a atividade de M&A, com valuation e demanda por assessoria superiores à média.

Empresas-Chave

  • Goldman Sachs Group, Inc. (GS): Banco de investimento global líder, conhecido por assessorar em transações de alto valor e oferecer uma ampla gama de serviços financeiros além de M&A, capturando receitas significativas em grandes operações.
  • Evercore Partners Inc (EVR): Consultoria de assessoria independente focada em M&A, percebida como menos conflituosa por não realizar atividades de empréstimo ou negociação proprietária, o que permite cobrar prêmios por aconselhamento estratégico.
  • JPMorgan Chase & Co. (JPM): Instituição financeira de grande porte com presença global que combina capacidade de execução, extensa rede de clientes e uma gama completa de serviços, posicionando-se como protagonista em muitos processos de fusão e aquisição.

Riscos Principais

  • Ciclo econômico e confiança corporativa: uma contração econômica ou perda de confiança pode reduzir drasticamente o volume de M&A.
  • Custo de financiamento: elevação das taxas de juros encarece aquisições alavancadas e pode frear transações.
  • Risco regulatório: maior escrutínio antitruste e regulamentações específicas por setor (especialmente tecnologia) podem bloquear ou atrasar negócios.
  • Risco de avaliação: competição acirrada pode levar empresas a pagarem acima do valor justo, resultando em desapontamento pós-fusão e redução de novos negócios.

Catalisadores de Crescimento

  • Reservas de caixa corporativas substanciais que permitem aquisições estratégicas.
  • Pressão por crescimento e por desempenho por parte de CEOs, impulsionando aquisições como rota para expansão.
  • Necessidade de private equity de alocar capital levantado, alimentando atividade de buyouts e demandando assessoria.
  • Tendências de transformação digital e mudanças demográficas na saúde que favorecem consolidações setoriais.
  • Possível estabilização ou queda nas taxas de juros, reduzindo o custo da dívida e viabilizando mais transações alavancadas.

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Perguntas frequentes

Este artigo é material de marketing e não deve ser interpretado como recomendação de investimento. Nenhuma informação aqui apresentada deve ser considerada como orientação, sugestão, oferta ou solicitação para compra ou venda de qualquer produto financeiro, nem como aconselhamento financeiro, de investimento ou de negociação. Quaisquer referências a produtos financeiros específicos ou estratégias de investimento têm caráter meramente ilustrativo/educativo e podem ser alteradas sem aviso prévio. Cabe ao investidor avaliar qualquer investimento em potencial, analisar sua própria situação financeira e buscar orientação profissional independente. Rentabilidade passada não garante resultados futuros. Consulte nosso Aviso de riscos.

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