por que a infraestrutura importa
A produção dos chips mais avançados está concentrada em poucas empresas. A Taiwan Semiconductor Manufacturing Company (TSM) domina a fabricação em nós de 7 nm e inferiores, e seu papel revela um ponto de estrangulamento estratégico — se algo atrapalhar a capacidade produtiva em Taiwan, o impacto será global. Isso significa risco geoestratégico real, não apenas um termo abstrato.
Além disso, empresas que projetam servidores e sistemas de resfriamento, como a Super Micro Computer (SMCI), crescem rapidamente conforme provedores de nuvem e data centers ampliam suas capacidades de IA. A demanda por racks especializados, soluções de distribuição de energia e refrigeração líquida sobe na mesma velocidade dos chips. E fornecedores de infraestrutura crítica, como a Vertiv (VRT), relatam backlog recorde justamente para atender às necessidades de energia e climatização desses processadores.
Imagine uma cidade inteira de data centers. A escala requerida é comparável a grandes ciclos de investimento em infraestrutura do passado — pense nas ferrovias do século XIX ou na internet nos anos 1990. A diferença é que, hoje, o “combustível” são os modelos de IA e os chips capazes de processá-los.