Estratégia pragmática: picks and shovels
Uma analogia útil é a corrida do ouro. Os mineradores correram — e muitos falharam —, mas quem vendeu pás e fundos de barril teve negócios duráveis. No contexto quântico, fornecedores de componentes, ferramentas e software representam essas "pás e fundos". Empresas como NVIDIA (NVDA) e Applied Materials (AMAT) não vendem promessas de qubits mágicos; vendem peças essenciais — GPUs para simulação, ferramentas de manufatura e equipamentos de precisão — que atendem a múltiplas arquiteturas. Esse segmento tende a apresentar risco menor e exposição a uma base mais ampla de clientes.
Startups pure‑play, como D‑Wave (QBTS), Quantum Computing Inc (QUBT) e ARQIT (ARQQ), oferecem uma janela direta para a corrida tecnológica. Elas carregam o potencial de retornos elevados, mas também enfrentam altas taxas de queima de caixa e risco real de falha tecnológica ou comercial. Investir nelas é apostar na possibilidade de um vencedor, sabendo que muitos concorrentes poderão perder.
Gigantes de tecnologia — IBM, Google e Microsoft — adicionam outra camada ao portfólio. Eles trazem estabilidade, escala e ecossistemas de software hospedados em nuvem que facilitarão a adoção comercial. Essas empresas também colaboram com governos e instituições acadêmicas, reduzindo o risco sistêmico do setor e acelerando a disponibilidade de recursos quânticos para clientes corporativos.