Computação quântica: a próxima fronteira para investidores em tecnologia

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Aimee Silverwood | Financial Analyst

6 min de leitura

Publicado em 25 de julho de 2025

Com apoio de IA

Resumo

  1. Computação quântica promete mercado bilionário até 2040; potencial transformador para investimento em computação quântica.
  2. Gigantes (MSFT, GOOGL, NVDA) reduzem risco; ações computação quântica oferecem hedge e escala via nuvem.
  3. Pure-plays e empresas de computação quântica têm upside alto e risco técnico; diversificação é essencial.
  4. Como investir em computação quântica no Brasil: 1–5% alocado, ETFs, BDRs e assessor para impostos.

Computação quântica: a próxima fronteira para investidores em tecnologia

A computação quântica não é apenas um assunto de laboratório. É uma promessa de resolver problemas hoje intratáveis por computadores clássicos — desde simulação molecular para fármacos até roteirização logística otimizada. Isso significa que estamos diante de uma tecnologia em estágio inicial com potencial disruptivo comparável ao início da internet. Mas qual é o caminho possível para o investidor brasileiro?

Vamos aos fatos. Estimativas como a da McKinsey apontam para um mercado de até US$850 bilhões anuais até 2040. São números que chamam atenção: incentivos públicos, aumento de orçamento em P&D e a convergência com inteligência artificial podem acelerar aplicações práticas. A capacidade de acelerar certos cálculos em até 10.000 vezes, em problemas selecionados, cria vantagens competitivas reais para empresas que conseguirem traduzir isso em serviços e produtos.

onde as grandes jogam e por que importam

Gigantes de tecnologia — Microsoft, Google e NVIDIA entre elas — aportam legitimidade e infraestrutura. A Microsoft, com o Azure Quantum, e o Google, com marcos experimentais, oferecem camadas de software e acesso em nuvem ao hardware. A NVIDIA, por sua vez, fornece GPUs e ferramentas de simulação que já são essenciais no ecossistema de pesquisa. Isso significa menor risco de execução em comparação com startups isoladas e uma via de adoção mais rápida por clientes corporativos.

pure-plays: maior potencial, maior risco

As empresas 'pure-play' em computação quântica concentram foco e know-how. Em contrapartida, elas frequentemente não têm receitas diversificadas e dependem de financiamento contínuo. Para o investidor, isso pode representar alto potencial de valorização — e risco elevado de diluição acionária ou falência caso os avanços técnicos demorem mais que o esperado.

A questão que surge é: como capturar upside sem expor demais o portfólio a falhas técnicas? Uma estratégia prudente é combinar posições em gigantes que fazem hedge com apostas menores em pure-plays de qualidade. Em inglês do mercado, isso costuma ser chamado de "barbell strategy" — uma cesta diversificada que equilibra estabilidade e assimetria de ganhos.

riscos e horizontes

Riscos técnicos existem e são reais: correção de erro quântico, estabilidade de qubits e escalabilidade do hardware ainda não estão resolvidos. Há também riscos regulatórios e de segurança nacional que podem limitar colaboração internacional. Por isso, investidores devem adotar horizonte de longo prazo, paciência e tolerância à volatilidade.

No Brasil, a exposição pode vir via ações estrangeiras negociadas em corretoras locais, BDRs ou ETFs internacionais que incluem empresas de tecnologia. Considere aspectos fiscais: vendas no exterior e dividendos têm implicações no imposto de renda; consulte seu assessor para entender tratamento de ganhos e eventuais custos de custódia.

como montar uma posição prática

Considere alocar uma pequena parcela do portfólio temático — por exemplo, 1% a 5% para perfis moderados a arrojados — e rebalancear periodicamente. Priorize: 1) exposição via grandes players (MSFT, GOOGL, NVDA) para reduzir o risco de execução; 2) uma seleção limitada de pure-plays para capturar valorização assimétrica; 3) fundos temáticos ou ETFs que façam curadoria profissional, quando disponíveis.

Isso significa que não há garantia de retorno. Investimentos em tecnologia de base exigem disciplina. Fale com seu assessor antes de tomar posição. Esse texto não é recomendação personalizada.

glossário e boxes explicativos

Glossário (curto):

  • Qubit: unidade básica de informação quântica.
  • Superposição: capacidade de um qubit agir em múltiplos estados ao mesmo tempo.
  • Emaranhamento: correlação forte entre qubits que permite computações complexas.
  • Correção de erro quântico: técnicas para reduzir falhas e tornar cálculos confiáveis.

Box — diferenças entre pure-play e gigantes:

  • Pure-play: foco integral em quântica, alto potencial de upside, alto risco financeiro e técnico.
  • Gigantes: diversificação de receitas, infraestrutura de nuvem e software, menor risco de execução, menor potencial de valorização especulativa rápida.

Se a computação quântica cumprir suas promessas, teremos uma nova classe de ativos e oportunidades para transformar setores inteiros. Até lá, a melhor atitude é informação, diversificação e disciplina. Para próximos passos, fale com seu assessor e avalie se a cesta "Quantum Leap Investing" faz sentido dentro do seu horizonte de investimento.

Computação quântica: a próxima fronteira para investidores em tecnologia

Análise Detalhada

Mercado e Oportunidades

  • Estimativa da McKinsey: potencial de até US$850 bilhões em valor anual até 2040.
  • Capacidade de acelerar certos cálculos em até 10.000 vezes em comparação com supercomputadores clássicos para problemas selecionados.
  • Aplicações transformadoras previstas em descoberta de fármacos (simulação molecular), finanças (otimização de portfólios e modelos de risco), logística (roteirização e cadeia de suprimentos) e ciência de materiais (novos compostos e baterias).
  • Mercado em estágio inicial oferece potencial de vantagem de pioneiro para investidores de longo prazo antes de uma eventual entrada maciça de capital especulativo.

Empresas-Chave

  • NVIDIA Corporation (NVDA): Fornece GPUs e ferramentas de simulação que suportam pesquisa em computação quântica e sua convergência com IA; atua no desenvolvimento de software de simulação quântica aproveitando sua grande base instalada de GPUs; posição financeira robusta e grande capitalização de mercado.
  • Microsoft Corporation (MSFT): Opera a plataforma Azure Quantum, oferecendo acesso a hardwares quânticos de múltiplos fornecedores e desenvolvendo camadas de software agnósticas a hardware; pesquisa qubits topológicos e soluções para redução de erros; forte caixa e receitas diversificadas via serviços em nuvem.
  • Alphabet Inc. (Google) (GOOGL): Unidade de IA/quântica alcançou marcos experimentais como demonstrações de "quantum supremacy" em cenários controlados; explora aplicações em química de baterias e pesquisa farmacêutica por meio de computadores quânticos experimentais; amplo capital e capacidade de investimento em P&D.

Riscos Principais

  • Tecnologia ainda experimental sem garantia de viabilidade comercial das abordagens atuais.
  • Desafios técnicos significativos: correção de erro quântico, estabilidade de qubits e escalabilidade do hardware.
  • Empresas "pure-play" frequentemente dependem de financiamento contínuo e carecem de receitas diversificadas, aumentando o risco de falência ou diluição acionária.
  • Riscos regulatórios e de segurança nacional (controles de exportação, restrições de pesquisa) que podem limitar colaboração internacional e acesso a mercados.
  • Possibilidade de atrasos prolongados ou rupturas tecnológicas que invalidem abordagens atuais antes que gerem receitas relevantes.

Catalisadores de Crescimento

  • Aumento de investimentos governamentais em computação quântica como prioridade estratégica nacional.
  • Expansão de orçamentos corporativos de P&D para obter vantagem competitiva em setores críticos.
  • Convergência entre IA e computação quântica, criando aplicações híbridas com alto potencial de valor.
  • Desenvolvimento de plataformas em nuvem (ex.: Azure Quantum) que democratizam o acesso ao hardware quântico e aceleram adoção.
  • Marcos técnicos comprovados (por exemplo, avanços em correção de erro ou demonstrações de vantagem prática) que podem desencadear investimento maior.

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Perguntas frequentes

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