A aposta na infraestrutura de mercado: por que as gigantes de trading estão ganhando

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Aimee Silverwood | Financial Analyst

6 min de leitura

Publicado em 26 de julho de 2025

Com apoio de IA

Resumo

  1. Infraestrutura de mercado gera receita recorrente via taxas de negociação e receita recorrente de dados em bolsas de valores.
  2. Nasdaq e CME Group mostram como provedores de dados de mercado lucram com volume e impacto da volatilidade.
  3. Investimento temático em plataformas de negociação explora moat regulatório e expansão de mercado.
  4. Investidores brasileiros devem avaliar câmbio, impostos e risco e retorno ao aprender como investir em empresas de infraestrutura de mercado.

por que investir em infraestrutura de mercado

Vamos aos fatos: quando índices americanos como o S&P 500 e o Nasdaq registram máximas históricas, não é só a euforia do investidor que sobe. Sobe também o volume de negociação — e com ele, a receita das empresas que fornecem a infraestrutura do mercado. Bolsa, plataformas de negociação e provedores de dados transformam fluxo em lucro recorrente. Isso significa que seu desempenho não depende do preço de cada ação individual, mas do movimento coletivo do mercado.

Veja o artigo completo: A aposta na infraestrutura de mercado: por que as gigantes de trading estão ganhando

como o modelo de receita funciona

O modelo é simples e poderoso. Essas empresas cobram taxas por transação e vendem ou licenciam dados de mercado e serviços analíticos. Taxas de negociação e assinaturas de dados geram fluxos recorrentes. Depois de feito o investimento em servidores, conectividade e sistemas, o custo marginal para processar transações adicionais é relativamente baixo. Ou seja, cada trade incremental tende a aumentar a margem operacional.

Empresas como CME Group (CME), Intercontinental Exchange (ICE) e Nasdaq (NDAQ) exemplificam esse modelo. A CME lucra com contratos futuros e opções; a ICE, além de operar bolsas como a New York Stock Exchange, obtém receita de commodities; a Nasdaq licencia tecnologia de negociação globalmente. Todas se beneficiam quando a participação de investidores e a volatilidade aumentam.

por que volatilidade e participação importa

A volatilidade é um aliado curioso. Momentos de pânico e de euforia elevam volumes. Mais volume significa mais taxas e mais consultas a dados em tempo real. A crescente participação do investidor de varejo, aliada à presença robusta de institucionais, amplifica esse efeito. Isso explica por que essas empresas costumam se beneficiar independentemente da direção dos preços dos ativos.

Além disso, a expansão para mercados emergentes e novos produtos, como ativos digitais, amplia a base de clientes e as fontes de receita. Investimentos em inteligência artificial e machine learning tornam os serviços de vigilância e análise de dados mais valiosos, gerando oportunidades para maiores contratos de licenciamento.

barreiras de entrada e vantagem competitiva

Existe um moat real. Barreiras regulatórias, altos custos tecnológicos e exigências de capital tornam o setor menos suscetível a entradas rápidas. Reguladores exigem regras de governança, resiliência operacional e compliance que não são triviais. Isso protege participantes estabelecidos e cria um ambiente propício para receitas previsíveis e escaláveis.

riscos e considerações para o investidor brasileiro

Quais são os perigos? Mudanças regulatórias ou a introdução de novas taxas sobre transações podem reduzir margens. Plataformas alternativas, inclusive modelos descentralizados, podem erodir volumes no longo prazo. Recessões que cortam volumes de negociação pressionam receitas. Há também riscos operacionais: falhas de sistema e ataques cibernéticos representam ameaças significativas.

Para investidores brasileiros, há ainda o risco cambial: ações listadas nos EUA são cotadas em USD, e oscilações do dólar afetam o retorno em reais. Não ignore implicações fiscais. Ganhos de capital são tributados conforme regras locais; IOF e regras da CVM podem influenciar operações internacionais. Este texto não é aconselhamento personalizado; reveja sua situação com assessor ou consultor.

conclusões práticas

Investir em infraestrutura de mercado oferece exposição a receitas recorrentes e alta alavancagem operacional. É uma estratégia temática com perfil defensivo/estruturado, adequada a quem busca empresas com receita menos dependente do desempenho de ativos específicos. Mas atenção: não há garantias. O setor combina oportunidades sólidas — expansão em mercados emergentes, ativos digitais e dados analíticos — com riscos regulatórios e tecnológicos que merecem vigilância.

Pergunta final: vale incluir essas empresas em portfólios brasileiros? Depende do horizonte, da tolerância ao câmbio e do papel que você quer para essa exposição. Para muitos investidores qualificados e institucionais, a aposta é racional; para o pequeno investidor, exige disciplina e atenção a custos e impostos.

Análise Detalhada

Mercado e Oportunidades

  • Em julho de 2025, índices americanos como S&P 500 e Nasdaq registraram 12 máximas históricas, indicando alta participação de investidores e potencial aumento nos volumes de negociação.
  • Modelo de negócio baseado em volume: bolsas e plataformas cobram taxas por transação; portanto, o crescimento de participantes e operações eleva a receita independentemente do desempenho das ações.
  • Fonte relevante de receita secundária advém da venda e licenciamento de dados de mercado e de serviços analíticos para fundos e instituições.
  • Escalabilidade operacional: após o investimento em infraestrutura, o custo marginal para processar transações e distribuir dados adicionais é baixo.
  • Expansão internacional e o surgimento de novas classes de ativos (ativos digitais/criptomoedas) oferecem vias de crescimento sustentável no longo prazo.

Empresas-Chave

  • CME Group Inc. (CME): Opera o maior mercado de derivativos do mundo, cobrando taxas sobre contratos de futuros e opções; beneficia-se de volatilidade e altos volumes, com receita recorrente por transação.
  • Intercontinental Exchange, Inc. (ICE): Controla, entre outros, a New York Stock Exchange e várias bolsas de commodities; gera receitas de transação que aumentam conforme sua participação no mercado.
  • Nasdaq OMX Group, Inc. (NDAQ): Fornece soluções de tecnologia de mercado e sistemas de negociação licenciados globalmente; cria fluxos de receita recorrentes além das operações de sua própria bolsa.

Riscos Principais

  • Mudanças regulatórias ou introdução de novas taxas/tributações sobre transações que reduzam margens.
  • Concorrência de plataformas alternativas, incluindo tecnologias descentralizadas e novos intermediários que podem reduzir o volume nas bolsas tradicionais.
  • Queda nos volumes de negociação em períodos de recessão econômica, reduzindo receitas por transação e assinaturas de dados.
  • Risco de disrupção tecnológica e operacional — por exemplo, falhas de sistema, ataques cibernéticos ou adoção de novas infraestruturas que tornem modelos atuais obsoletos.
  • Risco cambial para investidores brasileiros que acessam ativos denominados em dólares.

Catalisadores de Crescimento

  • Barreiras de entrada elevadas (regulatórias, tecnológicas e de capital) que protegem participantes estabelecidos.
  • Expansão em mercados emergentes à medida que desenvolvem infraestrutura de negociação sofisticada.
  • Adoção e crescimento de ativos digitais e mercados de criptomoedas, ampliando o leque de produtos negociados.
  • Investimentos em inteligência artificial e machine learning para otimizar sistemas de negociação, vigilância de mercado e produtos de dados analíticos.
  • Maior participação de investidores de varejo e novos instrumentos que aumentam a frequência de negociação e a demanda por dados.

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Perguntas frequentes

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