O boom da nuvem da Oracle: a aposta em infraestrutura por trás da próxima fase da IA

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Aimee Silverwood | Financial Analyst

6 min de leitura

Publicado em 25 de julho de 2025

Com apoio de IA

Resumo

  1. Novo ciclo de investimento foca em infraestrutura IA; oportunidade em data centers para IA e chips para inteligência artificial.
  2. Exposição via servidores de alto desempenho e empresas que fornecem hardware para data centers de IA.
  3. Fornecedores de infraestrutura em nuvem geram receita previsível; saiba como investir em infraestrutura de inteligência artificial.
  4. No Brasil, impacto dos data centers na adoção de IA inclui soberania, latência e necessidade de investimento local.

O novo ciclo de investimento em infraestrutura

A recente investida da Oracle em data centers revela mais do que a ambição de uma gigante de software. Revela um ciclo de investimento bilionário que está remontando a espinha dorsal física da era da inteligência artificial. Vamos aos fatos: contratos de nuvem de grande escala exigem capacidade massiva de computação, armazenamento e rede. E essas camadas são, acima de tudo, infraestrutura.

O boom da nuvem da Oracle: a aposta em infraestrutura por trás da próxima fase da IA mostra que a aposta não é apenas em software, mas em cabines refrigeradas, racks, switches e chips de alto desempenho. Isso significa que, para investidores que buscam exposição ao crescimento da IA, há alternativas às apostas exclusivas em aplicativos ou startups: investir na cadeia de fornecimento física.

Por que infraestrutura é uma pista mais previsível

A cadeia de fornecimento da IA — GPUs e accelerators, servidores, sistemas de armazenamento, equipamentos de rede e imóveis de data centers — tende a operar com modelos de receita mais previsíveis. Fornecedores fecham contratos, recebem ordens por volume e fornecem upgrades recorrentes. A previsibilidade advém da natureza contratual e da necessidade contínua de renovação de hardware.

Pergunta óbvia: por que isso importa para o investidor? Porque, diferentemente de uma aplicação que pode cair em desuso da noite para o dia, um data center precisa de fluxo contínuo de equipamentos e energia. Empresas como NVIDIA (NVDA), Super Micro (SMCI) e Dell (DELL) não vendem apenas produtos; fornecem componentes essenciais que provedores de nuvem e grandes clientes corporativos exigem para manter operações críticas.

Demanda transversal e catalisadores de crescimento

A demanda por serviços de IA não se limita a tecnologia. Hospitais querem imagens médicas processadas em larga escala; bancos exigem modelos de risco mais sofisticados; fábricas buscam otimização via manutenção preditiva. Essa transversalidade sugere um ciclo de investimentos sustentado ao longo de anos, e não um pico passageiro.

Adicione a isso a pressão para construir data centers regionais por motivos de latência, soberania de dados e regulação — no Brasil, a atuação da ANPD e regras de localização podem acelerar investimentos locais. E há ainda a necessidade de eficiência energética e redundância, incentivando modernizações contínuas.

Barreiras e riscos — por que incumbentes saem na frente

A expansão física enfrenta barreiras concretas: disponibilidade de energia a preços competitivos, refrigeração eficiente e fibra de alta capacidade. Isso cria vantagem para players estabelecidos — fornecedores com escala e proprietários de imóveis especializados. A entrada de novos concorrentes é difícil e cara.

Mas riscos existem. O setor é cíclico; mudanças tecnológicas podem mudar a demanda por determinados componentes; e pressões geopolíticas sobre semicondutores podem afetar custos e fornecimento. No Brasil, custos de energia, licenças ambientais e logística são fatores que podem atrasar projetos.

Como acessar essa tendência no portfólio

Investidores brasileiros podem buscar exposição de formas diversificadas: BDRs e ações internacionais de fabricantes de GPUs e servidores, ETFs temáticos que incluam fornecedores de infraestrutura e fundos especializados em data centers. Optar por um mix reduz a dependência do sucesso de uma única aplicação de IA.

Isso é recomendável para quem quer participar do crescimento multianual da IA sem apostar em vencedores singulares. Lembre-se: trata-se de uma estratégia com riscos — nenhum investimento é garantido — e decisões devem considerar horizonte, tolerância a volatilidade e contexto macroeconômico.

Investir na infraestrutura que sustenta a próxima fase da IA não é apostar no brilho das aplicações. É apostar na fundação. E fundações, quando bem localizadas e mantidas, tendem a gerar fluxo de demanda mais previsível ao longo do tempo.

Análise Detalhada

Mercado e Oportunidades

  • A expansão da Oracle faz parte de um ciclo multibilionário de investimento em infraestrutura para suportar workloads de IA.
  • A migração para serviços impulsionados por IA transforma operações empresariais, indicando anos de investimentos contínuos em data centers e equipamentos.
  • Os gastos globais com infraestrutura de data centers podem atingir centenas de bilhões de dólares nos próximos anos, impulsionados pela demanda por computação, armazenamento e rede.
  • A demanda por serviços de IA cresce em todos os setores — saúde, finanças, manufatura, varejo — gerando pedidos sustentados por servidores, chips e sistemas de armazenamento.
  • Requisitos físicos dos data centers (energia, refrigeração, conectividade de alta velocidade) elevam barreiras à entrada e favorecem fornecedores estabelecidos e proprietários de imóveis especializados.

Empresas-Chave

  • [NVIDIA Corporation (NVDA)]: Líder de mercado em unidades de processamento gráfico (GPUs) utilizadas como padrão para treinamento e inferência de modelos de IA; amplamente adotada por provedores de nuvem e integradores de sistemas; papel central no ecossistema de computação para IA e fonte significativa de receitas vinculadas a hardware e soluções para data centers.
  • [Super Micro Computer, Inc. (SMCI)]: Fabricante e integradora de servidores de alto desempenho personalizados para cargas de trabalho de IA; monta racks e sistemas que combinam GPUs, CPUs e armazenamento para provedores de nuvem e grandes consumidores corporativos; modelo de negócios focado em hardware customizado e integração.
  • [Dell Technologies Inc. (DELL)]: Fornecedora de sistemas de armazenamento, servidores e equipamentos de rede que formam a espinha dorsal dos data centers; sua posição em soluções de infraestrutura empresarial a torna parceira chave em projetos de expansão de capacidade e serviços correlatos.

Riscos Principais

  • Setor de tecnologia historicamente cíclico; investimentos em infraestrutura podem desacelerar durante recessões.
  • Mudanças rápidas em tecnologias (arquiteturas de chips, modelos computacionais) podem tornar componentes ou fornecedores menos relevantes.
  • Grandes provedores de nuvem podem internalizar parte da cadeia (desenvolvendo soluções próprias), reduzindo a demanda por fornecedores externos.
  • Riscos macroeconômicos e geopolíticos (fluxo de capital, tarifas, restrições de exportação de semicondutores) podem afetar custo e disponibilidade de componentes.
  • Questões operacionais e regulatórias locais (custos de energia, licenças ambientais, regulação de dados) podem impactar a expansão de data centers, especialmente em mercados como o Brasil.

Catalisadores de Crescimento

  • Expansão agressiva de provedores de nuvem e grandes contratos corporativos (por exemplo, investimentos da Oracle em data centers).
  • Ciclo virtuoso: maior demanda por serviços de IA gera mais pedidos por GPUs, servidores e sistemas de rede, alimentando vendas de fornecedores da cadeia.
  • Adoção contínua de IA por setores essenciais (saúde, finanças, manufatura) que exige infraestrutura dedicada e escalável.
  • Inovações em hardware otimizado para IA (GPUs e aceleradores) aumentam a necessidade de atualização de equipamentos por parte de provedores de nuvem.
  • Crescimento de data centers regionais e maior investimento em capacidade redundante e eficiência energética para suportar cargas de IA.

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Perguntas frequentes

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