A nova fronteira da oncologia: as terapias combinadas podem desbloquear a próxima onda de crescimento?

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Aimee Silverwood | Financial Analyst

Publicado em 19 de outubro de 2025

Resumo

  1. Padcev Keytruda combinação mostra ganho em terapias combinadas para câncer de bexiga.
  2. Conjugado anticorpo-droga mais imunoterapia amplia oportunidades de investimento em ADCs e imunoterapia.
  3. Empresas oncologia investimento e biotechs com IA destacam-se na era pós-monoterápico de oncologia terapias combinadas.
  4. Investir em oncologia exige cautela; como investir em biotech oncologia no Brasil e gerenciar riscos regulatórios.

Onde a oncologia vai depois do monoterápico?

O anúncio de resultados do ensaio que combinou Padcev (conjugado anticorpo-droga) com Keytruda (pembrolizumab, imunoterapia) reacende um debate crucial: estamos diante de uma mudança de paradigma na oncologia. Vamos aos fatos. Os dados preliminares indicam ganho de eficácia e sinalizam redução da resistência tumoral quando se ataca o câncer de bexiga por múltiplas frentes ao mesmo tempo. Isso significa mais do que uma nova opção clínica; pode alterar a dinâmica de investimento no setor.

Por que combinações fazem sentido científico e comercial?

As terapias combinadas unem mecanismos distintos. Um ADC (conjugado anticorpo-droga) entrega quimioterapia diretamente às células tumorais, minimizando dano sistêmico. A imunoterapia mobiliza o sistema imune contra o tumor. Juntas, elas podem bloquear vias paralelas usadas pelo câncer para escapar do tratamento. A consequência prática é menor probabilidade de resistência e potencial aumento da duração da resposta.

A questão que surge é: quem se beneficia? Empresas que dominam plataformas de ADC, fornecedores especializados em fabricação e biotechs com capacidade de desenvolver biomarcadores ganham protagonismo. Além disso, grupos que usam inteligência artificial para selecionar pacientes com maior probabilidade de resposta podem reduzir custos e acelerar aprovações.

Quem estão na linha de frente

Astellas ganhou visibilidade com Padcev. Pfizer aparece em parcerias e estudos combinados em oncologia de forma ampla. Importante notar que Keytruda é o pembrolizumab da Merck; combinações geralmente envolvem múltiplos atores. Outras empresas citadas no mercado, como OS Therapies e Cullinan Management, representam modelos complementares: inovação focalizada e portfólios que diluem risco. Acrivon traz um diferencial ao aplicar IA para seleção de pacientes, uma habilidade crítica para que regimes combinados sejam viáveis comercialmente.

Riscos e checagens que o investidor deve considerar

Nem tudo é crescimento assegurado. Alta taxa de falha em fases avançadas, complexidade na otimização de doses quando se somam agentes e desafios de manufatura para ADCs aumentam a incerteza. Há também questões regulatórias: agências como o FDA e a ANVISA estão cada vez mais abertas a dados de combinação, mas exigem robustez estatística e segurança clara. Propriedade intelectual e contratos entre múltiplos desenvolvedores podem complicar acesso ao mercado.

O que muda para o investidor pessoa física no Brasil?

A validação clínica favorece um ambiente regulatório mais receptivo e pode justificar preços premium para terapias vencedoras. Para o investidor brasileiro isso significa oportunidades, embora com barreiras práticas: muitas ações relevantes tenham listagem fora do Brasil e exigem contas em corretoras internacionais, entendimento de tributação de ganhos no exterior e risco cambial.

Há alternativas de acesso localizadas: plataformas que oferecem cestas temáticas e frações de ações. Por exemplo, a plataforma Nemo disponibiliza frações a partir de £1, o que equivale a cerca de R$7 a R$8 dependendo da cotação. Fractional shares, ou frações de ações, permitem comprar pequenas parcelas de um ativo que, do contrário, seria inacessível por preço unitário.

Conclusão: oportunidade com cautela

A combinação Padcev + Keytruda reforça a tese de que terapias combinadas podem impulsionar a próxima onda de crescimento em oncologia. Isso abre espaço para investimentos em ADCs, plataformas de entrega de fármacos, diagnósticos moleculares e empresas que aplicam IA na seleção de pacientes. Mas lembre-se: o investidor enfrenta riscos técnicos, regulatórios e de mercado. Não é recomendação personalizada. Todos os investimentos carregam risco de perda de capital e exigem horizonte de longo prazo.

Para um olhar mais aprofundado sobre o tema, leia também A nova fronteira da oncologia: as terapias combinadas podem desbloquear a próxima onda de crescimento?.

Análise Detalhada

Mercado e Oportunidades

  • Validação clínica da combinação Padcev + Keytruda reduz parte do risco do setor e pode atrair capital para estratégias combinadas.
  • ADCs e outras terapias direcionadas constituem um segmento em crescimento devido à eficácia na entrega de fármacos diretamente às células tumorais.
  • Soluções de seleção de pacientes (por exemplo, IA para prever resposta) aumentam a eficiência do desenvolvimento e tornam combinações mais viáveis comercialmente.
  • Parcerias entre grandes farmacêuticas e biotechs menores aceleram o desenvolvimento, diluem custos e elevam a probabilidade de aprovação comercial.
  • Mercado de tratamentos oncológicos avançados tende a aceitar preços premium, especialmente em linhas com opções limitadas, gerando receitas significativas para terapias bem-sucedidas.
  • Há demanda por produtos complementares — diagnósticos moleculares, monitoramento de tratamento e serviços de suporte clínico que acompanham regimes combinados.

Empresas-Chave

  • Astellas (4503.T / ALPMY): Multinacional farmacêutica envolvida no desenvolvimento do Padcev; capacidade de financiar estudos clínicos e formar parcerias estratégicas que suportam desenvolvimento de combinações.
  • Pfizer (PFE): Grande farmacêutica global com histórico de parcerias em imunoterapia e ADCs; foco em desenvolvimento clínico colaborativo. Observação: Keytruda pertence à Merck — conferir detalhes da colaboração referida.
  • OS Therapies Inc (OSTX): Empresa focada em terapias direcionadas que pode se beneficiar de estratégias combinadas, representando inovação em novos mecanismos de ação complementares a ADCs e imunoterapias.
  • Acrivon Therapeutics (ACRV): Biotech que aplica medicina de precisão e IA para identificar pacientes com maior probabilidade de resposta — habilidade crucial para seleção em regimes combinados.
  • Cullinan Management Inc (CGEM): Empresa biofarmacêutica com abordagem de portfólio, desenvolvendo múltiplas candidatas em diferentes indicações; modelo que reduz risco idiossincrático em estratégias de combinação.

Riscos Principais

  • Alta taxa de falha clínica: muitos candidatos não avançam em fases avançadas de desenvolvimento.
  • Complexidade científica das combinações: interações farmacológicas, otimização de dosagem e seleção de pacientes aumentam a incerteza.
  • Desafios de manufatura e cadeia de suprimentos ao coordenar múltiplos agentes terapêuticos.
  • Riscos regulatórios e legais, incluindo questões de propriedade intelectual quando combinações envolvem ativos de diferentes desenvolvedores.
  • Concorrência intensa e risco de obsolescência tecnológica devido a novas modalidades terapêuticas emergentes.
  • Risco financeiro para investidores: volatilidade das ações de biotechs e horizonte de retorno de longo prazo.

Catalisadores de Crescimento

  • Resultados positivos em ensaios clínicos confirmatórios e aprovações regulatórias de combinações.
  • Maior abertura das agências regulatórias para aprovar regimes combinados com base em dados robustos.
  • Adoção clínica que demonstre benefício real para pacientes e impulsione políticas de reembolso por pagadores.
  • Parcerias estratégicas entre grandes farmacêuticas e biotechs que alavanquem capital e expertise técnica.
  • Avanços em diagnóstico molecular e ferramentas de seleção de pacientes (incluindo IA), melhorando as taxas de sucesso dos estudos.
  • Desenvolvimento de plataformas de entrega de fármacos (por exemplo, ADCs) e melhorias em manufatura que reduzam custos e riscos.

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Perguntas frequentes

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