Quem ganha com isso
Primeiro, fornecedores automotivos já estabelecidos na região. Empresas como a Magna International ampliam fábricas no México e têm know-how para integrar componentes localmente, atendendo montadoras japonesas que buscam evitar tarifas. Sua vantagem competitiva reside na capacidade de escalar produção e oferecer soluções de integração industrial.
Segundo, infraestrutura logística. O aumento do fluxo de peças e veículos exige operadores multimodais, centros de distribuição e imóveis industriais prontos para receber investimentos. Proprietários de parques industriais e operadores de logística que ofertam espaços ‘plug-and-play’ e serviços de cadeia fria ou de just-in-time tendem a ver demanda crescente.
Terceiro, ferrovias e transporte de longa distância. Operadoras como Canadian Pacific Railway e Union Pacific estão posicionadas para movimentar cargas entre Canadá, EUA e México. Canadian Pacific, com sua linha única transfronteiriça, facilita o fluxo Canadá–EUA–México, enquanto a Union Pacific conecta corredores críticos nos EUA com terminais e pontos de entrada do México. Mais tráfego significa maior receita por tonelada transportada e maior utilização da malha ferroviária.
Quarto, fornecedores locais de autopeças que atuam no México. Esses atores podem rapidamente ampliar produção e se integrar às cadeias das montadoras, reduzindo o tempo de ramp-up e a dependência de fornecedores distantes.