A revolução da automação em supermercados: por que os varejistas estão apostando bilhões em robôs

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Aimee Silverwood | Financial Analyst

6 min de leitura

Publicado em 20 de julho de 2025

Com apoio de IA

Resumo

  1. Automação em supermercados responde ao crescimento do e‑commerce de supermercado, elevando eficiência e conveniência.
  2. Robótica para varejo alimentar e centros de atendimento automatizados aceleram fulfillment automatizado supermercado e reduzem custos.
  3. Oportunidades: investir em automação de supermercados no Brasil por software, AS/RS e logística de supermercado automatizada.
  4. Avalie unit economics, execução do fornecedor e riscos macro antes de investir em robótica para varejo alimentar.

A automação como resposta estrutural ao crescimento do e‑commerce alimentar

A pandemia apenas acelerou uma tendência que veio para ficar: clientes compram supermercado online com frequência maior e consistente. Isso significa que o varejo alimentar precisa processar um volume contínuo de pedidos individualizados, com velocidade e precisão. Fulfillment, termo que define o conjunto de operações para separar, embalar e enviar pedidos, deixou de ser apenas um diferencial; tornou‑se um requisito competitivo.

Como os grandes varejistas respondem a essa demanda? Investindo em centros de atendimento automatizados e em robótica para reduzir custos operacionais, aumentar a velocidade de entrega e mitigar problemas com escassez de mão de obra. Exemplos internacionais, como a Kroger, mostram que não se trata de pilotos: são bilhões de dólares comprometidos para redesenhar operações em escala. Isso tem implicações diretas para quem investe em tecnologia, software e logística.

Onde estão as oportunidades de investimento?

A transformação abre janelas em diversas pontas da cadeia de valor. Fornecedores de hardware, como robôs e sistemas AS/RS (sistemas automáticos de armazenamento e recuperação), vendem a infraestrutura física. Plataformas de e‑commerce — pense em Shopify — entregam a camada de vitrines digitais, catálogos e processamento de pagamentos. Empresas de logística e gestão de armazém, como a GXO, oferecem otimização operacional e serviços de fulfillment terceirizado.

Isso significa que o investidor pode olhar além do varejista tradicional: há valor em empresas que desenvolvem software de gestão de pedidos, controladores de material (sistemas que coordenam o fluxo de peças, paletes e robôs), sensores e soluções de visão por computador. A oportunidade é ampla. Mas não é trivial.

Custos, execução e riscos: a outra face da revolução

Por que tanta cautela? Projetos de automação são caros e complexos. A implementação envolve integração de hardware e software, treinamento de equipes e mudanças de processo. Falhas técnicas, incompatibilidades entre sistemas e prazos estourados podem comprometer o retorno esperado. Além disso, a concorrência entre fornecedores tende a pressionar margens, o que pode levar varejistas a aceitarem soluções subótimas.

Há também condicionantes macroeconômicos e regulatórios. Se a economia desacelera, a disposição para investimentos bilionários diminui. Mudanças na legislação trabalhista ou em normas de segurança podem aumentar custos ou limitar formatos de automação. Em suma, o potencial é grande, mas o risco é real. Não há garantias.

Por que os varejistas brasileiros deveriam olhar para isso?

O cenário logístico do Brasil tem desafios próprios: infraestrutura desigual, custo de transporte elevado e complexidade da última milha. Ainda assim, os mesmos motores que impulsionam a automação nos EUA atuam aqui: demanda por conveniência, pressão por margem e escassez de mão de obra qualificada em centros de distribuição. Para redes brasileiras, a automação pode melhorar o custo por pedido, reduzir perdas e acelerar entregas urbanas.

Mas projetos aqui exigem adaptação. Sistemas AS/RS e robôs precisam lidar com sortimentos variados, embalagens diferentes e centros distribuídos. A integração com entregadores parceiros, marketplaces e meios de pagamento locais é outro desafio.

Como avaliar oportunidades sem exageros?

Pergunte: o projeto tem unit economics claros? A economia esperada por pedido cobre o investimento incremental? O fornecedor tem histórico de execução? Há planos de contingência para falhas técnicas? Essas são perguntas cruciais antes de alocar capital.

A revolução já começou e oferece oportunidades em tecnologia, software de e‑commerce e logística. Ao mesmo tempo, impõe disciplina: avaliar custos, riscos de execução e a sensibilidade a fatores macroeconômicos. Investidores devem considerar o tema como um setor em transformação — promissor, mas sujeito a erros de implementação e a choques externos.

Para ler mais, veja A revolução da automação em supermercados: por que os varejistas estão apostando bilhões em robôs.

Aviso: este texto tem finalidade informativa e não constitui recomendação de investimento. Projetos de automação envolvem riscos e resultados futuros são incertos.

Análise Detalhada

Mercado e Oportunidades

  • O setor de varejo alimentar é um mercado de trilhões de dólares globalmente, com amplo potencial de digitalização.
  • A adoção de compras de supermercado online acelerou durante a pandemia e muitos consumidores mantiveram esse comportamento, gerando demanda estrutural por fulfillment eficiente.
  • Grandes varejistas estão destinando investimentos bilionários para construir centros de atendimento automatizados e redes logísticas capazes de processar pedidos online em escala.
  • A transformação abre oportunidades para empresas que fornecem hardware (robôs, sistemas de armazenamento), software de e‑commerce e plataformas de gerenciamento de armazém, além de prestadores de serviços logísticos.

Empresas-Chave

  • Kroger Co. (KR): Grande rede de supermercados dos EUA que está investindo bilhões na construção de centros de atendimento automatizados; foco em automação de fulfillment e integração omnicanal; fundos e receitas de varejo suportam investimentos de capital significativos.
  • Shopify Inc. (SHOP): Plataforma de e‑commerce que fornece tecnologia para vitrines digitais, catálogos de produtos e processamento de pagamentos; habilita experiências de compra online para varejistas alimentares; modelo de receita baseado em assinaturas e taxas de transação com forte componente recorrente.
  • GXO Logistics, Inc. (GXO): Especialista em soluções de cadeia de suprimentos e gestão de armazéns; oferece otimização logística e serviços para fulfillment automatizado de supermercados; receita proveniente de contratos de serviços logísticos e soluções integradas.

Riscos Principais

  • Alto custo de implementação e manutenção dos sistemas automatizados, que pode comprometer a viabilidade econômica de projetos em escala.
  • Risco de execução: falhas técnicas, integração complexa entre sistemas e problemas operacionais que atrasem os benefícios esperados.
  • Concorrência intensa entre fornecedores de tecnologia por contratos com grandes varejistas, pressionando margens e podendo levar à adoção de soluções subótimas.
  • Potenciais mudanças regulatórias relacionadas à automação, emprego e segurança que podem aumentar custos ou limitar usos.
  • Condições macroeconômicas adversas que reduzam a disposição dos varejistas em realizar investimentos bilionários em tecnologia.

Catalisadores de Crescimento

  • Expectativa crescente dos consumidores por conveniência, rapidez e opções de entrega no e‑commerce alimentar.
  • Escassez de mão de obra e aumento de salários tornam a automação uma alternativa economicamente mais atraente a médio prazo.
  • Avanços tecnológicos em robótica, IA e software de gestão tornam os sistemas mais eficientes, escaláveis e menos custosos ao longo do tempo.
  • Pressão competitiva entre varejistas gera demanda contínua por modernização para não perder participação de mercado.
  • Melhoria na economia de escala e nos modelos de unit economics conforme mais centros automatizados entram em operação.

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Perguntas frequentes

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