O boom das atividades ao ar livre: por que as marcas de aventura estão com tudo

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Aimee Silverwood | Financial Analyst

6 min de leitura

Publicado em 25 de julho de 2025

Com apoio de IA

Resumo

  1. Mercado de atividades ao ar livre supera US$450 bi; oportunidade de investimento em consumo premium e marcas de aventura.
  2. Equipamentos outdoor têm ciclos de substituição e poder de precificação; YETI, Deckers e Columbia Sportswear se destacam.
  3. Diversificação via Fundo Great Outdoors ou fundos temáticos outdoor reduz risco idiossincrático e amplia exposição a marcas premium.
  4. Riscos: consumo discricionário, sazonalidade e supply chain; investidores brasileiros podem investir em ETFs e frações para acessar o setor.

O boom das atividades ao ar livre: por que as marcas de aventura estão com tudo

A economia de recreação ao ar livre nos Estados Unidos já supera a marca de US$450 bilhões por ano. Isso significa um mercado do tamanho de grandes indústrias tradicionais e tem se sustentado acima dos níveis pré-pandemia. Vamos aos fatos: consumidores gastam mais com equipamentos, vestuário e veículos para aproveitar o tempo Livre. E há uma tendência clara de premiumização — pessoas dispostas a pagar mais por qualidade, durabilidade e sinal de status.

Por que isso importa para investidores? Marcas como YETI (YETI), Deckers (DECK) e Columbia (COLM) exibem forte poder de precificação. YETI transformou coolers premium em um item de estilo de vida, expandindo para copos térmicos e soft goods com margens atraentes. Deckers combina performance e moda por meio de marcas como HOKA, alcançando tanto atletas quanto consumidores urbanos. Columbia oferece escala e alcance global, beneficiando-se de produção em escala para manter preços competitivos.

Ciclos de substituição ajudam a tornar a receita mais previsível. Botas, jaquetas e barracas se desgastam; equipamentos quebram; e as pessoas tendem a atualizar modelos por desempenho e novas tecnologias. Isso cria uma demanda recorrente, diferente de um consumo único e muitas vezes impulsiona vendas em períodos sazonais previsíveis.

Mas quais são os riscos? A lista é real. Primeiro, gastos com atividades ao ar livre são discricionários. Em uma retração econômica, famílias e consumidores priorizam itens essenciais, reduzindo compras premium. Segundo, o clima e a sazonalidade afetam categorias inteiras: invernos quentes reduzem vendas de equipamentos de neve; verões chuvosos freiam camping e turismo outdoor. Terceiro, as cadeias globais de suprimento continuam vulneráveis; atrasos e aumento do custo de materiais comprimem margens. Por fim, a concorrência direta de marcas DTC e linhas próprias de varejistas pode pressionar preços.

Diante desse cenário, uma abordagem concentrada em poucas ações aumenta o risco idiossincrático. A alternativa prática? Exposição diversificada via um basket ou fundo temático. O "Great Outdoors Fund" busca exatamente isso: reunir empresas líderes de equipamento, vestuário e veículos que se beneficiam da tendência de experiência ao ar livre, diluindo impactos sazonais e problemas pontuais de supply chain.

Quais são os catalisadores de crescimento que justificam atenção? Além da substituição natural de produtos, há fidelidade à marca que permite extensões de categoria e aumento do valor do cliente ao longo do tempo. Mudanças demográficas — jovens que priorizam experiências, trabalho remoto que facilita escapadas — e inovação em materiais sustentáveis também empurram a demanda para produtos premium.

E o investidor brasileiro? É possível acessar esse tema por frações de ações e ETFs no exterior, ou por fundos temáticos que agreguem empresas como YETI, Deckers e Columbia. Para dimensionar, US$450 bilhões equivalem a aproximadamente R$2,3 trilhões assumindo US$1 ≈ R$5, apenas para dar escala à oportunidade; use cotações atualizadas antes de decidir.

Riscos devem ser geridos com disciplina: diversificar entre fabricantes, varejistas e marcas de nicho; monitorar indicadores macro que afetem o consumo discricionário; e ter alocação tática para sazonalidade. Lembre-se: passado não garante futuro. Este texto não é recomendação personalizada. Investir em setores temáticos pode oferecer exposição atraente, mas envolve volatilidade e risco de perda de capital.

Para quem busca se informar, comece por entender composição e custos de um fundo temático antes de alocar capital. Se quiser explorar a tese em detalhes, veja o resumo do produto: O boom das atividades ao ar livre: por que as marcas de aventura estão com tudo.

Conclusão: o mercado outdoor é grande, resiliente e premiumização oferece margem para players bem posicionados. Ainda assim, somente uma gestão diversificada e foco em risco dão chance prática de transformar esse tema em exposição investível sustentável.

Análise Detalhada

Mercado e Oportunidades

  • A economia de recreação ao ar livre nos EUA está avaliada em mais de US$450 bilhões anualmente.
  • A contribuição desse setor para a economia dos EUA supera a da extração de petróleo e gás em termos agregados citados no relatório.
  • Os gastos dos consumidores com atividades ao ar livre permaneceram acima dos níveis históricos desde a pandemia.
  • A premiumização permite que marcas de qualidade cobrem preços e margens mais altos devido à durabilidade, desempenho e sinalização de estilo.

Empresas-Chave

  • [YETI Holdings, Inc. (YETI)]: Marca de lifestyle reconhecida por coolers premium; expandiu-se para drinkware, soft goods e acessórios outdoor; diferenciação por percepção de status e alta fidelidade do cliente que permite margens elevadas e manutenção de preços superiores aos concorrentes.
  • [Deckers Outdoor Corp. (DECK)]: Controladora de marcas de calçados e performance como HOKA e Teva; combina funcionalidade atlética com apelo de moda, gerando vendas para praticantes e consumidores urbanos que usam os produtos por estilo de vida; modelo que amplia mercados e sustenta crescimento de receita.
  • [Columbia Sportswear Company (COLM)]: Empresa de vestuário com portfólio incluindo Columbia e Mountain Hardwear; foca em equipamento acessível e alcance global, beneficiando-se de cadeias de produção em escala e ampla presença de mercado que favorecem eficiência de custos e distribuição.

Riscos Principais

  • Queda econômica: gastos discricionários em equipamentos premium tendem a cair em recessões.
  • Clima e sazonalidade: invernos mais quentes ou verões chuvosos podem reduzir vendas de categorias sazonais (esqui, camping etc.).
  • Disrupções na cadeia de suprimentos: dependência de materiais especializados e manufatura global pode afetar disponibilidade de produto e margens.
  • Concorrência crescente: marcas direct-to-consumer (DTC) e rótulos de marca própria podem pressionar participação de mercado e compressão de preços.

Catalisadores de Crescimento

  • Ciclos naturais de substituição e desgaste de equipamentos que geram demanda recorrente.
  • Fidelidade à marca e capacidade de expansão para novas categorias, aumentando o valor do cliente ao longo do tempo.
  • Tendências demográficas e de estilo de vida (gerações mais jovens valorizando experiências, movimento de bem-estar e flexibilidade do trabalho remoto).
  • Inovação em materiais e produção sustentável que permite produtos premium com diferenciais de desempenho.
  • Urbanização que motiva escapadas para a natureza e, consequentemente, maior demanda por equipamentos e roupas adequadas.

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Perguntas frequentes

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