Invista globalmente: por que o dinheiro inteligente está fugindo dos mercados norte-americanos

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Aimee Silverwood | Financial Analyst

6 min de leitura

Publicado em 25 de julho de 2025

Com apoio de IA

Resumo

  1. Investir globalmente reduz concentração nos EUA, aproveitando mercados europeus e mercados asiáticos.
  2. ETFs internacionais como VXUS, iShares FXI e iShares EWG dão acesso a ações chinesas e ações alemãs.
  3. Diversificação internacional com hedge cambial e valuations mais atrativas protege poder de compra.
  4. Para brasileiros, avalie tributação, liquidez e por que investir fora dos EUA antes de alocar.

Por que a migração de capital interessa ao investidor brasileiro

O capital institucional tem redesenhado alocações globais nos últimos anos, deslocando recursos que antes convergiam quase exclusivamente para os Estados Unidos. Vamos aos fatos: as ações americanas negociam com múltiplos historicamente elevados, o que torna os valuations menos atraentes frente a alternativas na Europa e na Ásia. Isso significa que gestores institucionais, de fundos de pensão a fundos soberanos, buscam reduzir concentração e mitigar risco regulatório e político doméstico.

A atração por mercados internacionais não é apenas fuga de riscos americanos; é também busca por crescimento mais barato. Economias emergentes têm vantagem demográfica e necessidades de infraestrutura que estimulam consumo e investimento privado. Na China, a expansão do consumo doméstico e a intensificação dos laços comerciais com Sudeste Asiático, África e América Latina abrem novas rotas de crescimento além do mercado americano. Na Europa, especialmente na Alemanha, empresas lideram em manufatura avançada, automação e tecnologias verdes, setores com valuations mais sensatos e perspectivas estáveis de longo prazo.

A pergunta é óbvia: como acessar essas oportunidades? ETFs globais e estratégias como o nosso cesto Go Global simplificam o processo, oferecendo exposição diversificada e imediata a mercados fora dos EUA. Produtos conhecidos, como VXUS da Vanguard, dão acesso amplo a desenvolvidos e emergentes; o FXI foca em blue chips chinesas listadas em Hong Kong; o EWG permite ingressar em gigantes alemãs de tecnologia industrial.

Além de diversificação geográfica, há a possibilidade de hedge cambial: posições em ativos denominados em euros, yuan ou outras moedas podem proteger parcialmente perdas caso o dólar enfraqueça. Mas nada é isento de risco. Investir internacionalmente traz exposição cambial, risco geopolítico e diferenças regulatórias que exigem diligência. Além disso, residentes brasileiros devem avaliar implicações fiscais e regras de reporte para ETFs listados no exterior antes de alocar recursos.

A questão que surge é balancear convicção com prudência: quanto do portfólio expor a mercados fora dos EUA, e em que instrumentos? Para o investidor conservador a moderado, ETFs amplos como VXUS no núcleo e alocações complementares em FXI e EWG podem combinar diversificação, acesso a setores de crescimento e valuations mais atraentes.

Em suma, deslocar parte do capital para além das fronteiras americanas não é moda; é resposta lógica a preços esticados, insegurança política e a nova geografia do crescimento global. Se o seu objetivo é proteger poder de compra e ampliar fontes de retorno, considere discutir com seu gestor a inclusão de um cesto como o Go Global e a seleção disciplinada de ETFs internacionais.

Lembre-se: esta coluna apresenta informações gerais e não constitui recomendação personalizada; todo investimento envolve riscos e desempenho passado não garante resultados futuros.

Para acompanhar nosso caderno temático e acessar a página dedicada ao tema, clique em Invista globalmente: por que o dinheiro inteligente está fugindo dos mercados norte-americanos.

Na prática, algumas medidas razoáveis ajudam a operacionalizar essa mudança: revisar periodicidade de rebalanceamento do portfólio, avaliar uso de contratos ou ETFs com hedge cambial quando o objetivo for reduzir volatilidade de moeda, e considerar cotas de fundos locais que replicam ETFs internacionais para simplificar tributação e reporte. Também é prudente analisar liquidez, tracking error e custos totais, pois taxas e spreads podem corroer retornos especialmente em posições pequenas ou muito frequentemente rebalanceadas. Se a meta for exposição a tecnologia industrial ou energia renovável com valuation mais moderado, o EWG e outros ETFs setoriais europeus merecem análise; para captar consumo e serviços financeiros chineses, o FXI é referência, enquanto o VXUS funciona como núcleo diversificado.

Acompanhe indicadores macro e mudanças nas cadeias de suprimentos: novas regras comerciais e deslocamentos industriais podem alterar a atratividade entre regiões.

Análise Detalhada

Mercado e Oportunidades

  • A relação preço/lucro do S&P 500 está acima das médias históricas, indicando valuations esticados nos EUA.
  • Investidores institucionais (fundos de pensão, fundos soberanos) estão realocando capital para mercados fora dos EUA devido a políticas protecionistas e risco regulatório doméstico.
  • A parcela do crescimento econômico global atribuída aos EUA vem diminuindo, abrindo espaço para regiões como Ásia, Europa e mercados emergentes.
  • Economias emergentes apresentam vantagens demográficas, demandas de infraestrutura e crescimento de consumo que não são replicadas em mercados maduros dos EUA.
  • Mercados europeus, especialmente a Alemanha, oferecem exposição a empresas líderes em manufatura avançada e tecnologias verdes com valuations mais atraentes.

Empresas-Chave

  • Vanguard Total International Stock ETF (VXUS): ETF da Vanguard que fornece ampla exposição a ações de mercados desenvolvidos e emergentes fora dos EUA — cobre milhares de empresas e oferece diversificação geográfica imediata, sendo uma ferramenta eficiente para reduzir o viés doméstico.
  • iShares China Large-Cap ETF (FXI): ETF focado em empresas chinesas de grande capitalização listadas em Hong Kong; inclui nomes de tecnologia e do setor financeiro que se expandem para o Sudeste Asiático, África e América Latina, beneficiando-se do crescimento do consumo interno chinês.
  • iShares MSCI Germany ETF (EWG): ETF que dá acesso a blue chips alemãs líderes em manufatura avançada, automação industrial e energia renovável — empresas como SAP, Siemens e ASML representam exposição a tecnologias centrais para a próxima fase industrial.

Riscos Principais

  • Concentração prévia em ativos dos EUA expõe portfólios a riscos políticos, regulatórios e fiscais domésticos.
  • Política fiscal dos EUA pode pressionar o dólar a longo prazo, afetando investimentos e retornos em moeda estrangeira.
  • Interferência política e incerteza regulatória nos EUA podem aumentar volatilidade e risco em empresas americanas.
  • Viés doméstico (home bias) leva investidores a perder oportunidades e ter portfólios excessivamente concentrados.
  • Riscos específicos de mercados internacionais, como risco cambial, risco geopolítico e diferenças regulatórias locais.

Catalisadores de Crescimento

  • Reconfiguração das cadeias globais de suprimentos e novos acordos comerciais que favorecem empresas fora dos EUA.
  • Valuations europeias e asiáticas mais atrativas em comparação com múltiplos americanos, oferecendo potencial de valorização.
  • Iniciativas chinesas de infraestrutura global (ex.: Belt and Road) e aumento do consumo doméstico impulsionam crescimento regional.
  • Liderança alemã em tecnologias industriais e foco europeu em energia verde e transformação digital estimulam crescimento setorial.
  • Posição em ativos denominados em moedas estrangeiras pode funcionar como proteção caso o dólar enfraqueça.

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Perguntas frequentes

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