A grande reorganização das cadeias de suprimentos: por que México e Índia estão levando a melhor

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Aimee Silverwood | Financial Analyst

6 min de leitura

Publicado em 25 de julho de 2025

Com apoio de IA

Resumo

  1. Nearshoring e relocação produtiva reestruturam cadeias de suprimentos, atraindo México Índia investimentos em mercados emergentes.
  2. Materiais de construção CEMEX capturam demanda por parques industriais e oportunidades de investimento em infraestrutura México.
  3. Telecom América Móvil fornece conectividade crítica; monitore ações México e melhores ações para investir com nearshoring no México.
  4. Índia com talento em TI favorece Infosys; avalie ações Índia e ETFs para investir no setor de tecnologia.

A grande reorganização das cadeias de suprimentos

A era da globalização pautada exclusivamente por custo mais baixo mostrou-se vulnerável. Empresas perceberam que trajetos ultra-longos e fornecedores distantes aumentam risco — interrupções logísticas, choques políticos e volatilidade dos preços de transporte. Vamos aos fatos: resiliência e proximidade tornaram-se prioridades. Isso significa que mercados emergentes bem posicionados logisticamente e com força digital passam a atrair investimentos industriais e de serviços.

A questão que surge é: quem se beneficia dessa nova ordem? Dois nomes emergem com força — o México e a Índia — e cada um por razões distintas, mas complementares. No México, a proximidade com os Estados Unidos favorece o nearshoring, ou relocalização produtiva. Menos tempo e custo no transporte, cadeias mais curtas e resposta mais rápida ao mercado dos EUA. O efeito prático: maior demanda por infraestrutura industrial, terrenos logísticos e, portanto, por materiais de construção e por redes de comunicação.

CEMEX (CX), por exemplo, é uma das empresas que devem capturar esse crescimento. Como grande produtora de cimento e concreto, sua exposição a projetos de construção e parques industriais pode se traduzir em receitas crescentes se a tendência de instalação de fábricas no México se consolidar. América Móvil (AMX), por sua vez, fornece a infraestrutura de telecomunicações que sustenta operações industriais modernas. Conectividade é insumo estratégico; fábricas e parques logísticos exigem redes robustas e serviços digitais.

E a Índia? Lá a vantagem não é logística, mas humana e tecnológica. O país dispõe de um vasto reservatório de jovens qualificados em tecnologia, o que o torna um centro natural para serviços de TI, automação e transformação digital. Empresas globais que buscam modernizar processos ou terceirizar atividades de alta complexidade encontram na Índia oferta de talento e custo-competitividade.

Nesse cenário, a Infosys (INFY) ilustra a oportunidade. Especializada em transformação digital, automação e soluções com IA, a companhia está posicionada para suprir a demanda por serviços que permitem às multinacionais operar com eficiência crescente, seja na Índia, seja em centros globais.

Quais setores ficam em foco? Materiais de construção, telecomunicações, serviços de TI e financeiros, além de logística. Fluxos de investimento direto estrangeiro (IDE) e incentivos locais devem acelerar a construção de parques industriais e data centers. A tendência sugere um horizonte de crescimento de longo prazo, ainda que em fase inicial.

Riscos não faltam. Investir em México e Índia envolve volatilidade cambial que impacta retornos quando convertidos para reais. Há risco político e regulatório, limitações de infraestrutura, e dependência do ciclo econômico dos EUA para o nearshoring mexicano. Concorrência pode pressionar margens. Por isso, gestão de risco é essencial: hedge cambial, diversificação e due diligence operacional.

Investidores brasileiros devem também considerar a forma de exposição: BDRs e ADRs de empresas como Infosys e América Móvil, ações listadas nas bolsas locais dos próprios países, ou ETFs e fundos de ações internacionais que ofereçam cesta temática. Atenção à disponibilidade das ações (nem todas têm BDRs) e às implicações fiscais e regulatórias no Brasil: regras sobre ganho de capital, IOF e declaração no IR variam conforme o instrumento.

Isso significa comprar e esquecer? Não. Significa, sim, identificar empresas com execução consistente, avaliação atraente e planos claros para aproveitar as tendências estruturais. Pergunta final: você está pronto para considerar geografias que combinam logística e talento como parte de sua carteira? Para muitos investidores com horizonte de médio a longo prazo, México e Índia merecem uma posição estratégica — desde que acompanhadas de controles de risco e seleção rigorosa.

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Aviso: este texto é informativo e não constitui recomendação personalizada. Investimentos em mercados emergentes envolvem risco e resultados futuros não são garantidos.

Análise Detalhada

Mercado e Oportunidades

  • Reconfiguração estrutural das cadeias de suprimentos reduz a dependência de rotas ultra-longas e favorece mercados próximos aos grandes consumidores.
  • México como campeão do nearshoring: vantagem logística para empresas dos EUA reduz tempo e custo de transporte, aumentando a demanda por infraestrutura local.
  • Índia como potência digital: força de trabalho jovem e qualificada sustenta o crescimento em serviços de TI, automação e transformação digital para corporações globais.
  • Fase inicial de realocação indica tendência de crescimento de longo prazo, potencialmente sustentando investimentos por vários anos.
  • Setores beneficiados: materiais de construção (infraestrutura industrial), telecomunicações, serviços de TI, serviços financeiros e logística.

Empresas-Chave

  • [CEMEX, S.A.B. de C.V. (CX)]: Empresa global de materiais de construção especializada em cimento e concreto — fornece insumos para fábricas e infraestrutura ligados ao nearshoring; deve se beneficiar do aumento de investimentos em obras industriais e de infraestrutura na região das Américas.
  • [América Móvil S.A.B. de C.V. (AMX)]: Principal operadora de telecomunicações da América Latina — provê infraestrutura de rede e serviços digitais essenciais para operações industriais modernas; papel crítico na conectividade necessária ao crescimento manufatureiro regional.
  • [Infosys Ltd. (INFY)]: Líder indiana em serviços de TI, focada em transformação digital, automação e soluções baseadas em IA — ajuda corporações globais a estabelecer operações, modernizar processos e escalar serviços tecnológicos em ambientes de alto crescimento.

Riscos Principais

  • Volatilidade cambial que pode afetar retornos em BRL ao investir em ativos denominados em MXN, INR ou USD.
  • Risco de desaceleração econômica nos EUA, com impacto sobre a demanda por nearshoring e sobre a economia mexicana.
  • Limitações de infraestrutura e complexidade regulatória na Índia que podem atrasar a execução de projetos.
  • Riscos políticos e de governança em mercados emergentes que podem alterar condições operacionais e fiscais.
  • Pressão concorrencial nos setores citados, exigindo execução operacional eficiente por parte das empresas beneficiadas.

Catalisadores de Crescimento

  • Adoção contínua de estratégias de nearshoring e diversificação de fornecedores por empresas globais.
  • Investimento em novas fábricas e parques industriais no México, elevando a demanda por materiais de construção e serviços locais.
  • Expansão da infraestrutura digital e maior penetração de serviços de telecomunicações na América Latina.
  • Aceleração da transformação digital, IA e automação, impulsionando demanda por serviços de TI fornecidos por empresas indianas.
  • Fluxos de investimento direto estrangeiro (IDE) em ambos os países, suportados por políticas de atração e incentivos.

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Perguntas frequentes

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