Por que as mulheres CEOs estão superando o 'Clube do Bolinha' de Wall Street?

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Aimee Silverwood | Financial Analyst

6 min de leitura

Publicado em 25 de julho de 2025

Com apoio de IA

Resumo

  1. Mulheres CEOs trazem eficiência operacional e maior probabilidade de retorno financeiro.
  2. Investimento em empresas lideradas por mulheres e ações lideradas por mulheres combina ESG e diversidade.
  3. Como investir em empresas lideradas por mulheres nos EUA: BDRs, ETFs e conta em corretora internacional.
  4. Carteira temática mulheres CEOs diversifica entre tecnologia, saúde e biotecnologia, reduzindo risco idiossincrático.

por que as mulheres CEOs estão superando o 'Clube do Bolinha' de Wall Street?

A presença feminina no comando de grandes empresas americanas deixou de ser apenas simbólica. É sinal de performance. Vamos aos fatos: estudos mostram que empresas fundadas por mulheres geram, em média, o dobro da receita de empresas fundadas por homens. Além disso, quando a representatividade feminina cresce nos conselhos, a lucratividade pode subir até 15%. Isso não é anedota; é economia aplicada à gestão.

Por que isso importa para o investidor brasileiro? Investir em um universo selecionado de grandes empresas norte-americanas comandadas por mulheres oferece exposição a eficiência operacional, foco em crescimento sustentável e vantagens em critérios ESG — um tripé que pode aumentar resiliência e retorno no longo prazo. Setores como tecnologia, saúde e serviços financeiros mostram que há oportunidades para diversificar dentro desse tema.

Considere exemplos concretos. A Advanced Micro Devices (AMD) era uma coadjuvante até Lisa Su assumir a liderança em 2014. Desde então, a companhia passou por uma transformação que elevou sua capitalização de mercado de menos de US$2 bilhões para picos acima de US$200 bilhões. Outra referência é Accenture, que exemplifica execução em serviços de alto valor agregado sob liderança feminina. No setor biofarmacêutico, empresas como a Vertex demonstram como gestão focada em P&D pode traduzir-se em valor significativo quando pipelines avançam.

Isso significa que a tese de investimento tem base: companhias no quartil superior de diversidade de gênero têm 25% mais probabilidade de apresentar lucratividade acima da média, segundo a McKinsey. Lideranças femininas tendem a priorizar crescimento sustentável e eficiência operacional. Para o investidor com horizonte de médio a longo prazo, essas são qualidades desejáveis.

A questão que surge é: quais são os riscos? Primeiro, há a chamada glass cliff, quando mulheres assumem postos em momentos de crise, o que pode distorcer avaliações de performance. Segundo, a seleção fica concentrada; há poucas grandes empresas com CEOs mulheres, o que aumenta a exposição a eventos idiossincráticos. Terceiro, líderes femininas podem enfrentar maior escrutínio público, elevando riscos reputacionais. Por fim, fatores macroeconômicos, como variação de taxas de juros e políticas nos EUA, afetam o desempenho de forma independente da qualidade da gestão.

Como mitigar esses riscos? Uma abordagem curada, ou carteira temática, reduz mas não elimina riscos de mercado e de seleção. Diversificar entre tecnologia, saúde, serviços financeiros e biotecnologia, e combinar ações diretas com veículos locais, como fundos temáticos e ETFs, ajuda a balancear a carteira. Para investidores brasileiros, há caminhos práticos: abrir conta em corretora com acesso ao exterior, comprar BDRs listados na B3 ou investir em ETFs americanos por meio de plataformas internacionais. Lembre-se de considerar custos e tributos: IOF e imposto de renda sobre ganhos de capital, além de regras da CVM e da B3.

Qual é a chamada para ação? Estudar a tese é o primeiro passo. Pergunte a si mesmo: minha alocação internacional está adequada? Posso suportar a volatilidade de setores de tecnologia e biotecnologia? Abrir conta em uma corretora internacional ou buscar ETFs que replicam exposição a líderes femininas pode ser um ponto de partida.

Investir em empresas lideradas por mulheres é uma aposta em governança e eficiência que vem mostrando resultados. Não é garantia de retorno. É, porém, uma estratégia com fundamentos, dados e catalisadores claros: maior valorização por parte de consumidores e empregados jovens, adoção de critérios ESG por investidores institucionais e um pipeline crescente de profissionais qualificadas em STEM e negócios. Para o investidor brasileiro interessado em diversificação internacional e em carteiras temáticas, a tese merece atenção e diligência.

Análise Detalhada

Mercado e Oportunidades

  • Empresas fundadas por mulheres tendem a gerar o dobro da receita em comparação a empresas fundadas por homens, indicando vantagem operacional e de mercado.
  • Aumentos na representatividade feminina nos conselhos correlacionam-se com até 15% de crescimento na lucratividade empresarial.
  • Companhias no quartil superior de diversidade de gênero têm 25% mais probabilidade de apresentar lucratividade acima da média (fonte: McKinsey & Company).
  • O tema permite diversificação entre tecnologia, saúde, serviços financeiros e biotecnologia, reduzindo risco específico de setor.
  • A crescente integração de critérios ESG por investidores institucionais amplia a demanda por empresas com liderança diversa.

Empresas-Chave

  • Advanced Micro Devices, Inc. (AMD): Empresa de semicondutores especializada em computação de alto desempenho e processadores para data centers; tecnologia central em CPUs e GPUs, casos de uso em data centers, jogos e computação científica; trajetória financeira de forte crescimento sob liderança de Lisa Su — valor de mercado cresceu de menos de US$2 bilhões para acima de US$200 bilhões no pico.
  • Accenture plc (ACN): Multinacional de consultoria e tecnologia focada em transformação digital, estratégia e serviços de alto valor agregado; casos de uso em modernização de TI, automação e consultoria estratégica; histórico de crescimento consistente e execução operacional sob liderança feminina.
  • Vertex Pharmaceuticals Incorporated (VRTX): Empresa biofarmacêutica dedicada ao desenvolvimento de tratamentos para doenças raras; foco em P&D intensivo com pipelines regulados; casos de uso em terapias especializadas e potencial de retornos significativos caso os projetos avancem; perfil financeiro marcado por elevado investimento em pesquisa.

Riscos Principais

  • Fenômeno "glass cliff": mulheres frequentemente assumem posições de liderança em períodos turbulentos, o que pode distorcer a avaliação de desempenho.
  • Risco de concentração: número limitado de grandes empresas com CEOs mulheres aumenta exposição a eventos idiossincráticos.
  • Maior escrutínio público e governança: líderes femininas podem enfrentar atenção desproporcional e pressões reputacionais.
  • Risco macroeconômico: em crises, capital pode se deslocar para setores tradicionalmente dominados por homens percebidos como mais seguros.
  • Risco regulatório e de mercado: mudanças nas políticas, taxas de juros e condições de mercado nos EUA impactam o desempenho relativo.

Catalisadores de Crescimento

  • Consumidores e empregados mais jovens valorizam diversidade e inclusão, favorecendo empresas com liderança representativa.
  • Adoção crescente de critérios ESG por investidores institucionais aumenta fluxos para empresas com liderança diversa.
  • Maior formação acadêmica feminina em negócios e STEM amplia o pipeline para futuras líderes corporativas.
  • Evolução regulatória e pressão por transparência na governança corporativa podem acelerar mudanças na composição de conselhos e executivos.
  • Transformações tecnológicas e demanda por inovação em setores-chave (semicondutores, biotecnologia e serviços digitais) criam oportunidades para lideranças eficazes.

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