A Economia da Experiência: Por que as memórias valem mais do que os bens materiais

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Aimee Silverwood | Financial Analyst

6 min de leitura

Publicado em 25 de julho de 2025

Com apoio de IA

Resumo

  1. A economia da experiência transforma consumo: experiências de consumo geram memórias, conteúdo social e novas receitas para plataformas.
  2. Investir em viagens e entretenimento favorece ações de turismo e ações de entretenimento ao vivo por efeitos de rede e margens.
  3. Exemplos práticos: Live Nation ações, Booking Holdings ações e Expedia ações capturam bilheteria, comissões e pacotes.
  4. Riscos incluem recessões, choques geopolíticos e câmbio; veja como investir na economia da experiência no Brasil com avaliação de governança.

A economia da experiência explicada

Vivemos uma mudança estrutural no consumo. Em vez de comprar mais bens duráveis, muitos consumidores preferem investir em vivências: viagens, shows, gastronomia e lazer que geram memórias e conteúdo compartilhável nas redes sociais. Vamos aos fatos: essa transição cria uma nova alavanca de crescimento para empresas que conseguem vender, promover e monetizar experiências.

A Economia da Experiência: Por que as memórias valem mais do que os bens materiais

Por que importa para investidores

Experiências deixam rastros. Um festival bem-sucedido vira tendência no Instagram. Uma viagem memorável gera recomendações no TikTok. Esse efeito social amplifica a demanda e, importante, concentra valor em plataformas que conectam oferta e procura. Plataformas digitais e empresas integradas atuam como gatekeepers: vendem ingressos, promovem eventos, gerenciam hospedagem e capturam comissões, publicidade e merchandising. Isso significa margens mais amplas e múltiplas fontes de receita.

Empresas como Live Nation (LYV), Booking Holdings (BKNG) e Expedia (EXPE) exemplificam esse modelo. Cada uma, à sua maneira, captura fatias da cadeia de valor — promoção, distribuição e operação — o que pode gerar resiliência relativa em ciclos econômicos adversos.

O papel da pandemia e o gatilho do consumo

A pandemia criou demanda reprimida. Quando as restrições foram relaxadas, vimos um repique de gastos com eventos e viagens. A propensão a pagar por experiências aumentou, sustentando crescimento superior ao de muitos bens tradicionais. Dados recentes do setor sugerem que empresas focadas em experiências apresentaram, historicamente, volatilidade menor em certas desacelerações do que o varejo tradicional. Isso não é surpresa: a perda emocional associada ao cancelamento de uma vivência costuma pesar mais do que a de um produto comprado.

Onde está o valor — e como capturá-lo

Plataformas dominantes beneficiam-se de efeitos de rede e tecnologia: recomendações personalizadas, otimização de preços em tempo real e ofertas empaquetadas que aumentam ticket médio. No Brasil, a migração inclui aumento de viagens domésticas, Carnaval e festivais regionais, além do fortalecimento do ecoturismo e experiências gastronômicas. Essas dinâmicas abrem oportunidades para ações de turismo e entretenimento ao vivo, bem como para ETFs temáticos que reúnem empresas integradas.

Riscos a considerar

Quais são os contrapesos? Primeiro, cortes em gastos discricionários durante recessões severas podem reduzir a demanda por viagens e eventos. Segundo, choques geopolíticos, novas pandemias ou restrições de mobilidade impactam diretamente transporte aéreo e fronteiras. Terceiro, a forte competição pode erodir margens caso novos intermediários ou modelos de negócio surjam. Para investidores brasileiros há um risco adicional: volatilidade cambial que afeta receitas de empresas com operação global e sensibilidade ao fluxo de turistas internacionais.

Há ainda risco de disrupção tecnológica. Novos canais de descoberta e marketplaces descentralizados podem redesenhar quem captura valor na cadeia.

Conclusão pragmática

A economia da experiência oferece um tema de investimento atraente: demanda crescente, efeitos de rede e plataformas que capturam múltiplas fontes de receita. Mas não se trata de uma aposta sem riscos. Avaliar governança, exposição cambial, competitividade e resiliência operacional é essencial.

Quer exemplos práticos? Observe empresas como Live Nation (LYV), Booking (BKNG) e Expedia (EXPE) para entender como receitas de bilheteria, comissões e pacotes se combinam. Pense também em como conteúdo gerado por usuários no Instagram e TikTok ajuda a viralizar eventos — um catalisador de receita que merece espaço em qualquer tese de investimento sobre experiências.

Isto não é recomendação personalizada. Considere diversificar, avaliar cenários adversos e consultar seu assessor antes de tomar decisões. A economia da experiência já transformou o comportamento do consumidor. Resta aos investidores separar inovação real de modismo, e identificar quem de fato captura valor nessa nova cadeia.

Análise Detalhada

Mercado e Oportunidades

  • Mudança estrutural no consumo: aumento dos gastos com turismo, entretenimento ao vivo e alimentação fora de casa, em detrimento de bens duráveis.
  • Plataformas de viagem e entretenimento capturam múltiplas fontes de receita (comissões, venda de ingressos, publicidade e merchandising).
  • A aceleração pós-pandemia gerou demanda reprimida, sustentando crescimento superior ao de bens tradicionais em mercados-chave.
  • Segundo pesquisa da Nemo, empresas focadas em experiências historicamente apresentaram volatilidade menor durante algumas desacelerações econômicas em comparação com o varejo tradicional.

Empresas-Chave

  • Live Nation Entertainment, Inc. (LYV): Maior empresa de entretenimento ao vivo do mundo; integra promoção de shows, gestão de artistas, operação de locais e venda de ingressos via Ticketmaster; captura valor em toda a cadeia de experiências ao vivo, com receitas por bilheteria, patrocínios e serviços aos locais.
  • Booking Holdings Inc. (BKNG): Plataforma dominante de reservas de viagem online (Booking.com, Priceline, Kayak); utiliza motores de busca e sistemas de reserva para hotéis, voos e atividades; gera receita majoritariamente por comissões e beneficia-se da exposição global às tendências de viagem.
  • Expedia Inc. (EXPE): Ecossistema de viagem com marcas como Expedia.com, Hotels.com e Vrbo; foca em empacotar experiências completas para viajantes, buscando capturar margens superiores e aumentar a fidelidade do cliente por meio de ofertas integradas.

Riscos Principais

  • Cortes em gastos discricionários durante recessões severas podem reduzir viagens e entretenimento.
  • Eventos geopolíticos, pandemias ou restrições de mobilidade que afetem transporte aéreo e fronteiras.
  • Competição intensa e erosão de margem caso plataformas rivais ou novos modelos de negócio conquistem participação.
  • Flutuações cambiais que afetam receitas e lucros de empresas com operação internacional significativa.
  • Risco de disrupção tecnológica que altere a forma como consumidores descobrem, avaliam e reservam experiências (novos intermediários, marketplaces descentralizados).

Catalisadores de Crescimento

  • Urbanização contínua e aumento da renda disponível em grandes centros, ampliando demanda por experiências pagas.
  • Preferência das gerações mais jovens por gastos em vivências em vez de bens materiais à medida que atingem maior poder aquisitivo.
  • Amplificação via redes sociais que transforma experiências em conteúdo valorizado, incentivando repetição de gastos e viralização de eventos.
  • Melhorias tecnológicas em recomendações personalizadas, otimização de preços em tempo real e efeitos de rede que favorecem plataformas dominantes.

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