A mina de ouro escondida do mercado imobiliário: por que a Grã-Bretanha deveria prestar atenção

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Aimee Silverwood | Financial Analyst

6 min de leitura

Publicado em 25 de julho de 2025

Com apoio de IA

Resumo

  1. Escassez estrutural aumenta demanda no mercado imobiliário americano; impacto da escassez de moradias nos Estados Unidos nas ações é significativo.
  2. Ventos demográficos sustentam a economia da casa dos sonhos e a oportunidade de investimento habitação EUA.
  3. Diversifique com construtoras americanas DHI LEN BLDR, fornecedores e mercado de reformas residencial EUA.
  4. Como investir em empresas de construção nos EUA a partir do Brasil: BDRs, ETFs, fundos; atenção a juros e tributação.

por que a escassez de moradias nos EUA importa para investidores brasileiros

A escassez estrutural de moradias nos Estados Unidos deixou uma marca duradoura no setor residencial — e isso cria uma janela de oportunidade para investidores com visão de longo prazo. Vamos aos fatos: após a crise de 2008, a construção ficou abaixo do necessário por mais de uma década. O resultado é um déficit estimado em vários milhões de unidades. Isso significa demanda reprimida que não desaparece de um ano para o outro.

Mas por que um investidor no Brasil deveria prestar atenção? Primeiro, porque a dinâmica demográfica nos EUA é favorável. Millennials — a maior coorte — entram em massa na idade de compra e a Geração Z começa a complementar essa demanda. Em linguagem prática: há mais compradores potenciais ao longo das próximas décadas, o que sustenta receitas para construtoras e para toda a cadeia de fornecimento.

Segundo, a oportunidade não se limita às grandes construtoras. Sim, nomes como D.R. Horton (DHI) e Lennar (LEN) tendem a capturar grande parte da procura por novas casas. Mas fornecedores de materiais e distribuidores, como Builders FirstSource (BLDR), e players de reforma e retrofit podem oferecer exposição menos sensível a ciclos extremos. O mercado de reformas, impulsionado pelo trabalho remoto e pela necessidade de modernizar estoques mais antigos, é particularmente resiliente.

Terceiro, a geografia importa. A migração interna nos EUA para o Sun Belt concentra demanda e cria bolsões de crescimento local robustos — pense em Texas, Flórida e partes do interior do Oeste. Para os investidores brasileiros, é útil comparar com fenômenos nacionais, como o movimento para o Sudeste nas últimas décadas ou a atração por capitais regionais: padrões locais moldam preços, margens e risco.

Quais são os riscos? O setor é cíclico e sensível a taxas de juros. A alta de juros reduz a acessibilidade das hipotecas e pode frear vendas de casas novas. Há também escassez de mão de obra qualificada, volatilidade nos preços de materiais e incertezas regulatórias que podem comprimir margens. Em outras palavras: pontos de entrada aparecem quando o mercado reage exageradamente a notícias de taxas — e esses movimentos podem ser aproveitados por investidores disciplinados.

Como estruturar exposição? Uma carteira temática pode combinar ações de grandes construtoras (DHI, LEN) com fornecedores e empresas de reforma (BLDR) e, para quem busca diversificação, ETFs setoriais que reúnem fabricantes, distribuidores e serviços. Para investidores brasileiros, há caminhos via BDRs, ETFs globais ou fundos internacionais. Atenção à tributação e à regulação: custos, impostos e regras para investimentos no exterior diferem do mercado doméstico e devem ser considerados.

E as inovações? A construção modular e pré-fabricada promete reduzir custos e acelerar entrega, tornando possível aumentar oferta sem inflamar preços. Tecnologias e cadeias de suprimento mais eficientes incrementam a capacidade do setor de responder à demanda reprimida.

Conclusão: oportunidade de longo prazo — com cautela

A escassez de moradias nos EUA combinada com ventos demográficos favoráveis cria uma narrativa de demanda estrutural que atravessa ciclos. Isso significa que há uma oportunidade de investimento ao longo de toda a cadeia de valor habitacional, desde construtores até fornecedores e serviços de reforma. Mas lembre-se: não existe garantia de retorno. O setor tem sensibilidade a ciclos econômicos e a taxas de juros.

Para investidores brasileiros, a recomendação é clara e prudente: avalie exposição via instrumentos adequados ao seu perfil, diversifique e considere o impacto fiscal. Este texto tem finalidade informativa e não constitui aconselhamento personalizado. Risco de mercado existe; consulte um assessor registrado e verifique as normas da CVM antes de tomar decisões.

Análise Detalhada

Mercado e Oportunidades

  • Déficit estrutural de moradias nos EUA, estimado em vários milhões de unidades, consequência de uma década de construção insuficiente após 2008.
  • Demografia favorável — millennials (a maior coorte) e o início da entrada da Geração Z — sustentam demanda por habitação por décadas.
  • Mercado de reformas e retrofit de imóveis existentes representa volume significativo, impulsionado pelo trabalho remoto e pela necessidade de modernizar o estoque habitacional envelhecido.
  • Migração interna para regiões de alto crescimento (ex.: Sun Belt) gera demanda localizada intensa, criando oportunidades em mercados regionais e logísticos.
  • Avanços em habitação pré-fabricada e tecnologias de construção oferecem caminhos para aumentar a oferta com custos mais baixos e maior velocidade.

Empresas-Chave

  • D.R. Horton Inc. (DHI): Construtora residencial tradicional e uma das maiores dos EUA; beneficia-se diretamente do déficit de oferta e da demanda por novas construções, com escala que apoia margens e geração de receita estável ligada a volumes de vendas.
  • Lennar Corp. (LEN): Grande construtora nacional com ampla presença em mercados estratégicos; posicionada para capturar demanda fundamental por residências novas, com capacidade de diversificação de produtos e forte presença regional.
  • Builders FirstSource, Inc. (BLDR): Fornecedor de produtos estruturais para construção e reformas; receita diversificada ao atender tanto construção nova quanto o mercado de remodelação, expondo-se a fluxos de demanda mais resilientes.

Riscos Principais

  • Setor habitacional é cíclico e sensível a recessões e a aumentos das taxas de juros, reduzindo a demanda por hipotecas e casas novas.
  • Escassez de mão de obra qualificada na construção, elevando prazos e custos e impactando a capacidade de entrega dos projetos.
  • Volatilidade nos preços de materiais de construção e riscos regulatórios que podem comprimir margens operacionais.
  • Mudanças nas políticas públicas de habitação ou de financiamento (ex.: incentivos fiscais, regras de crédito) podem alterar significativamente o ritmo do mercado.

Catalisadores de Crescimento

  • Preenchimento do déficit estrutural de moradias sustenta demanda de longo prazo por novas construções e materiais.
  • Amplas coortes demográficas entrando em idade de compra sustentam o mercado por décadas.
  • Estabilização ou queda das taxas de juros pode liberar demanda reprimida e melhorar a acessibilidade ao financiamento.
  • Mercado de reformas e modernização fornece fluxo de receita contínuo, menos sensível às variações das taxas de juros.
  • Adoção de construção modular e tecnologias de produção que aumentam escala e reduzem custos.

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Perguntas frequentes

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