O pilar pouco visível
A cadeia que alimenta smartphones, data centers e sistemas de IA é ampla e já estabelecida. Ela reúne insumos como obleas de silício, produtos químicos especializados e equipamentos capazes de trabalhar em escala atômica. Foundry, termo que descreve fábricas por contrato, funciona como uma cozinha industrial que transforma receitas de design em chips físicos. Sem essas cozinhas, os projetos de empresas como Apple ou NVIDIA ficariam apenas no papel.
Vamos aos fatos sobre três nomes cruciais. Primeiro, a ASML (ASML), fabricante neerlandesa de sistemas de litografia EUV. EUV (sigla em inglês para extreme ultraviolet, ultravioleta extremo) permite imprimir padrões minúsculos nas obleas. A ASML detém uma posição praticamente monopolista nessa tecnologia. Sem suas máquinas, a produção de chips de ponta seria inviável.
Segundo, a Taiwan Semiconductor Manufacturing Company, TSMC (TSM), a maior foundry do mundo. Ela não projeta chips; ela os fabrica para empresas fabless como Apple, NVIDIA e AMD. A escala e o investimento em P&D da TSMC, superiores a bilhões por ano, transformaram-na numa infraestrutura crítica.
Terceiro, fornecedores como a Lam Research (LRCX) entregam ferramentas de deposição e etching com precisão em nível atômico. Essas máquinas não são commodities. Criam altos custos de troca e barreiras à entrada.