Os construtores de pontes: como estas ações conectam as finanças tradicionais ao futuro digital

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Aimee Silverwood | Financial Analyst

6 min de leitura

Publicado em 25 de julho de 2025

Com apoio de IA

Resumo

  • Infraestrutura cripto regulamentada oferece exposição institucional defensável via exchanges regulamentadas e custódia institucional de cripto.
  • Modelos picks and shovels cripto lucram com taxas, on‑ramps para cripto e serviços de compliance para instituições.
  • Tecnologia e conformidade criam fosso; DeFi bridges e pontes entre finanças tradicionais e cripto ampliam vantagem competitiva.
  • CBDCs, clareza regulatória e alocação institucional aceleram investimento em infraestrutura cripto no Brasil.

Por que infraestrutura regulamentada importa

Há um movimento claro no mercado: instituições que gerem ativos estão buscando exposição a criptoativos, mas não querem improviso. Elas exigem caminhos regulados e seguros — exchanges licenciadas, serviços de custódia institucional e on‑ramps que integrem contas bancárias e corretoras ao universo digital. Isso significa que, mais do que tokens, empresas que constroem essa infraestrutura podem ser a forma mais defensável de ganhar exposição ao crescimento cripto.

Vamos aos fatos. Ativos sob gestão globais somam mais de US$100 trilhões. Mesmo uma pequena fração desse montante alocada a criptoativos representa volumes relevantes para provedores de infraestrutura. Plataformas como Coinbase (COIN), Robinhood (HOOD) e SoFi (SOFI) exemplificam modelos "picks and shovels": elas vendem ferramentas — troca, custódia, compliance — e cobram taxas independentemente da alta ou baixa dos preços dos tokens.

A estratégia picks and shovels

Por que essa estratégia faz sentido? Primeiro, porque captura receita por serviços: taxas de negociação, custody fees, produtos de lending e soluções de compliance para clientes institucionais. Segundo, porque a atividade de mercado tende a gerar fluxo mesmo em períodos de volatilidade: on‑ramps que convertem reais em cripto e corretoras que agregam clientes aumentam volumes e receita. Em outras palavras, essas empresas se beneficiam da profundidade do mercado mais do que da direção de preços.

Vantagem competitiva: tecnologia e regulação

Combinar capacidade técnica com domínio regulatório cria um fosso de entrada. Quem consegue integrar sistemas bancários legacy com soluções DeFi (financeiramente descentralizadas) e, ao mesmo tempo, satisfazer auditorias e requisitos da CVM e do Banco Central do Brasil, obtém vantagem significativa. A questão que surge é: qual empresa tem tecnologia proprietária, parcerias bancárias e time de compliance forte? Essa tríade costuma separar vencedores de meros participantes.

Riscos e limites da tese

Não há investimento sem risco. Incerteza regulatória em grandes jurisdições pode alterar modelos de negócio. Competição intensa, inclusive de incumbentes financeiros e big techs, pode comprimir margens. Integração tecnológica é complexa e cara; falhas de segurança ou lapsos de compliance podem resultar em multas e perda de confiança. E, mesmo sendo menos voláteis que tokens, receitas de infraestrutura dependem de volumes, que caiem em marés baixas do mercado.

Catalisadores para aceleração

O cenário que favorece essas empresas existe: adoção institucional acelerada; maior clareza regulatória; desenvolvimento de CBDCs; mudança geracional nas preferências de investimento; e alocações de tesouraria corporativa que incluem cripto. A implementação de CBDCs, por exemplo, pode demandar camadas adicionais de integração entre bancos e ecossistemas DeFi, abrindo novas fontes de receita para provedores de infraestrutura.

O que isso significa para investidores brasileiros?

Para bancos e corretoras brasileiras, a oportunidade é dupla: prover on‑ramps em reais (R$) e oferecer custódia conforme exige a legislação local. Investidores de varejo e gestores de patrimônio podem considerar exposição via ações dessas plataformas como forma de participar do crescimento do mercado cripto, com risco distinto daquele de possuir tokens diretamente.

Leitura adicional e próximos passos

Acompanhe comunicados da CVM e decisões do Banco Central para entender como regras locais evoluem. Consulte relatórios de empresas como COIN, HOOD e SOFI para avaliar receita por segmentos e riscos de compliance.

Aviso importante: este texto não oferece recomendação personalizada. Investir envolve riscos e resultados passados não garantem retorno futuro. Considere consultar um assessor qualificado antes de agir.

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Análise Detalhada

Mercado e Oportunidades

  • Ativos institucionais sob gestão globais excedem US$100 trilhões, representando um mercado potencial significativo para serviços de ativos digitais.
  • Há crescente demanda por caminhos regulamentados e seguros para exposição a criptoativos — incluindo exchanges reguladas, custódia institucional e soluções de compliance — independente da volatilidade dos preços dos tokens.
  • Provedores de infraestrutura capturam receita por taxas de negociação, serviços de custódia, lending institucional e soluções de compliance, beneficiando‑se do aumento de volumes e da atividade do mercado.
  • O desenvolvimento de moedas digitais de banco central (CBDCs) e a digitalização de serviços financeiros criam novas oportunidades de integração entre sistemas bancários tradicionais e ecossistemas DeFi.

Empresas-Chave

  • [Coinbase Global, Inc. (COIN)]: Opera uma das maiores exchanges regulamentadas dos EUA com infraestrutura para negociação institucional, custódia de ativos digitais, soluções de compliance e serviços de lending institucional; gera receita por meio de taxas de negociação, serviços de custódia e produtos voltados a clientes institucionais.
  • [Robinhood Markets, Inc. (HOOD)]: Plataforma de acesso para investidores de varejo que integra negociação de criptomoedas com títulos tradicionais; funciona como um on‑ramp que amplia a base de usuários e gera volume de transações mesmo em períodos de alta volatilidade.
  • [Social Capital Hedosophia Holdings Corp V (SoFi) (SOFI)]: Plataforma de serviços financeiros pessoais que combina soluções bancárias tradicionais com acesso a investimentos em ativos digitais; exemplo de como players de serviços financeiros completos podem incorporar oferta de cripto de forma regulamentada.

Riscos Principais

  • Incerteza regulatória: mudanças de política em mercados-chave podem alterar modelos de negócio ou restringir serviços.
  • Competição crescente: novas empresas e grandes incumbentes tecnológicos podem comprimir margens e participação de mercado.
  • Desafios tecnológicos: integrar de forma segura infraestrutura tradicional com sistemas descentralizados é complexo e custoso.
  • Risco de reputação e compliance: falhas de segurança ou lapsos regulatórios podem resultar em multas e perda de confiança por parte de clientes institucionais.
  • Exposição a ciclos de mercado: embora menos sensíveis que tokens, receitas de infraestrutura podem cair se os volumes de negociação diminuírem.

Catalisadores de Crescimento

  • Adoção institucional acelerada por bancos, gestores de ativos e fundos de pensão.
  • Maior clareza regulatória em grandes jurisdições, facilitando a oferta de serviços institucionais.
  • Desenvolvimento e implementação de CBDCs, exigindo novas camadas de infraestrutura e integração.
  • Mudança geracional nas preferências de investimento, com investidores mais jovens exigindo acesso a ativos digitais.
  • Alocações de tesouraria corporativa e produtos financeiros estruturados que incorporam ativos digitais.

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Perguntas frequentes

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