Cliques e Tijolos: por que o varejo híbrido está esmagando o puramente digital

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Aimee Silverwood | Financial Analyst

Publicado em 9 de outubro de 2025

Resumo

  1. Varejo híbrido e omnichannel: Costco crescimento digital 26,1% demonstra por que varejo híbrido vence e‑commerce puro.
  2. Investir em varejo: foque em varejistas híbridos e provedores de infraestrutura; Shopify e varejo e PayPal pagamentos se destacam.
  3. No Brasil, Magazine Luiza ilustra varejo omnicanal; investimento fracionado e frações de ações a partir de £1 democratizam exposição temática.
  4. Riscos incluem margens, custos e regulação; planeje horizonte e rebalanceamento para aproveitar oportunidades de investimento em varejo omnicanal 2025.

O argumento central

O varejo híbrido — a combinação estratégica de lojas físicas com canais digitais — não é apenas um modismo. Está vencendo, em termos de crescimento e eficiência, concorrentes que apostaram exclusivamente no online. Vamos aos fatos: a Costco reportou crescimento digital de 26,1%. Isso não é coincidência. É a comprovação de que uma rede física robusta pode acelerar as vendas online, reduzir custos logísticos e fortalecer a confiança do consumidor.

Por que a presença física importa

Como uma loja transforma-se em vantagem competitiva? Primeiro, lojas servem como centros de atendimento (fulfillment), showrooms e pontos de retirada. Isso reduz custos de última milha, acelera entregas e diminui devoluções. Segundo, a presença física gera confiança. O cliente vê, toca e tem a possibilidade de resolver problemas localmente — fatores que elevam taxas de conversão e o valor do tempo de vida do cliente (LTV).

A Costco, com seu modelo de armazéns e associação, usa essa infraestrutura para impulsionar o e‑commerce. O crescimento digital de 26,1% ilustra que físico e digital são complementares, não antagonistas.

Onde estão as oportunidades de investimento?

Existem duas frentes claras. A primeira: varejistas híbridos maduros, como Costco e Target, que convertem ativos físicos em micro‑centros logísticos e melhoram conveniência com retirada no mesmo dia. A segunda: provedores de infraestrutura — plataformas de e‑commerce, sistemas de ponto de venda (POS), e processadores de pagamento — que funcionam como "picks and shovels" da transformação omnicanal.

Shopify (SHOP), por exemplo, fornece ferramentas para gestão de estoque e integrações in‑store; PayPal (PYPL) facilita a jornada multicanal no ponto de venda e no checkout digital. Ambos são beneficiários estruturais dessa transição.

Exemplo prático e comparação local

No Brasil, redes como Magazine Luiza e Via têm investido em iniciativas omnicanal que lembram essa lógica: lojas que se tornam pontos de retirada e centros de atendimento, enquanto a experiência digital cresce. Isso torna mais fácil para investidores brasileiros entenderem a dinâmica global do setor.

Como acessar o tema

Plataformas de investimento agora permitem comprar frações de ações a partir de £1 (aprox. R$7 a R$8, dependendo do câmbio), democratizando o acesso a estratégias temáticas. Isso possibilita montar uma carteira que combine varejistas híbridos e fornecedores de infraestrutura para diversificar e obter exposição defensiva ao setor.

Riscos — não os ignore

Investir no varejo não é isento de riscos. Margens historicamente baixas, a dupla estrutura de custo (manutenção de lojas e investimento digital), sensibilidade ao consumo e maior competição podem pressionar resultados. Para provedores de tecnologia, há riscos regulatórios e de execução. Isso significa que a alocação deve considerar horizonte, tolerância a volatilidade e rebalanceamento.

Conclusão: clique e tijolo, juntos

A pergunta que fica é simples: quer apostar na velocidade do online ou na confiança do físico? A melhor resposta, na prática, tem sido a combinação dos dois. Varejistas que exploram suas lojas como centros logísticos e as plataformas que habilitam essa mudança compõem o núcleo da próxima fase do comércio.

Cliques e Tijolos: por que o varejo híbrido está esmagando o puramente digital

Nota de risco: nada aqui deve ser interpretado como recomendação individual de investimento. Retornos não são garantidos. Considere consultar um assessor financeiro. Ofertas mencionadas podem ser negociadas em mercados e plataformas regulados fora do Brasil.

Análise Detalhada

Mercado e Oportunidades

  • Varejistas com grandes redes físicas que implementam comércio eletrônico integrado e logística omnicanal, permitindo sinergia entre canais e aumento de retenção.
  • Provedores de plataformas de e‑commerce que oferecem POS, gestão de inventário e soluções omnicanal (modelo "picks-and-shovels"), atuando como infraestrutura para a transformação digital do varejo.
  • Processadores de pagamento que facilitam jornadas de compra multicanal (pagamentos online, mobile e in‑store), melhorando conversão e experiência de checkout.
  • Empresas de logística e fulfillment que otimizam entrega e retirada em loja, reduzindo custos de última milha e melhorando tempos de entrega.
  • Plataformas de investimento que permitem acesso fracionado a ações e temas de mercado, ampliando a base de investidores e democratizando exposição ao setor.

Empresas-Chave

  • Costco Wholesale (COST): Varejista de atacarejo com modelo de associação; utiliza ampla rede de armazéns físicos como alavanca para crescimento digital, combinando compras online e experiência em loja para aumentar retenção e ticket médio.
  • Shopify (SHOP): Plataforma de comércio eletrônico que fornece lojas online, sistemas de ponto de venda (POS), gestão de inventário e soluções omnicanal; posicionada como provedora de infraestrutura para a transformação do varejo.
  • PayPal (PYPL): Processadora de pagamentos global que facilita transações online e móveis; papel crescente nas jornadas de compra multicanal e integração entre soluções em loja e digitais.
  • Target (TGT): Varejista com estratégia omnicanal madura; transforma lojas em micro-centros de distribuição, oferecendo retirada no mesmo dia e entrega rápida para aumentar conveniência e eficiência logística.

Riscos Principais

  • Margens tradicionalmente baixas no varejo, pressionadas pela manutenção simultânea de lojas físicas e operações digitais.
  • Vulnerabilidade a mudanças no consumo agregado e choques macroeconômicos que reduzem o gasto do consumidor.
  • Risco operacional e de execução na integração de canais, exigindo investimento contínuo e disciplina operacional elevada.
  • Concorrência intensificada à medida que mais players adotam modelos híbridos, reduzindo vantagens competitivas.
  • Riscos tecnológicos e regulatórios para provedores de plataforma e pagamentos, incluindo mudanças em políticas de dados e infraestrutura.

Catalisadores de Crescimento

  • Adoção contínua de soluções omnicanal por grandes redes de varejo, ampliando alcance e eficiência.
  • Investimentos em tecnologia de POS, gestão de estoque e automação logística que reduzem custos e melhoram experiência do cliente.
  • Preferência do consumidor por conveniência e confiança, favorecendo a combinação de compra online com suporte físico.
  • Expansão de métodos de pagamento digitais e experiências de checkout que aceleram conversões.
  • Plataformas de investimento e frações de ações que democratizam o acesso a temas e valores relevantes do setor.

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Perguntas frequentes

Este artigo é material de marketing e não deve ser interpretado como recomendação de investimento. Nenhuma informação aqui apresentada deve ser considerada como orientação, sugestão, oferta ou solicitação para compra ou venda de qualquer produto financeiro, nem como aconselhamento financeiro, de investimento ou de negociação. Quaisquer referências a produtos financeiros específicos ou estratégias de investimento têm caráter meramente ilustrativo/educativo e podem ser alteradas sem aviso prévio. Cabe ao investidor avaliar qualquer investimento em potencial, analisar sua própria situação financeira e buscar orientação profissional independente. Rentabilidade passada não garante resultados futuros. Consulte nosso Aviso de riscos.

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