A corrida do ouro dos IPOs: por que os gigantes financeiros estão lucrando alto

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Aimee Silverwood | Financial Analyst

6 min de leitura

Publicado em 25 de julho de 2025

Com apoio de IA

Resumo

  1. IPOs em alta geram receitas para bolsas de valores como NYSE e Nasdaq, impulsionando taxas de listagem.
  2. Bancos de investimento como Goldman Sachs capturam taxas de subscrição e underwriting em ofertas públicas iniciais.
  3. Como investir na infraestrutura de IPOs: focar em provedores de tecnologia, clearing, mercados de derivativos e B3.
  4. Estratégia temática para capitalizar no aumento de ofertas públicas exige gestão de risco frente à sensibilidade cíclica.

Por que investir na infraestrutura dos IPOs?

O boom de ofertas públicas iniciais (IPO) abriu uma janela de oportunidade para quem busca exposição às receitas recorrentes do mercado de capitais sem assumir o risco específico de uma empresa recém-listada. Vamos aos fatos: a NYSE declarou ter levantado US$61 bilhões em capital no primeiro semestre de 2025, um salto que, segundo relatórios do setor, acompanhou um crescimento de cerca de 40% nos volumes de IPO em relação ao ano anterior. Isso significa mais taxas, mais anuidades e mais negociação — receitas que caem diretamente no colo das bolsas, dos bancos coordenadores e dos provedores de infraestrutura.

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Como as receitas se formam

Exchanges como ICE (controladora da NYSE) e Nasdaq capturam taxas iniciais de listagem, anuidades e comissões associadas ao aumento do fluxo de ordens quando novas ações entram no mercado. Bancos de investimento — pense em Goldman Sachs — recebem taxas de underwriting (taxas de subscrição) que costumam variar entre 3% e 7% do capital levantado. Uma oferta bilionária pode gerar dezenas de milhões de dólares em receita para o banco coordenador apenas em taxas de subscrição.

Além disso, operadores de mercados de derivativos como a Cboe lucram com o aumento da volatilidade e a demanda por instrumentos de hedge e especulação vinculados às novas ações. Provedores de tecnologia de negociação e clearing também se beneficiam do maior volume e da necessidade de infraestrutura mais robusta.

Para investidores brasileiros, é útil converter referências: com câmbio de referência de 01/07/2025 (US$1 = R$5,10), os US$61 bilhões levantados pela NYSE equivalem a aproximadamente R$311,1 bilhões — dado ilustrativo, usado aqui para dimensionar a magnitude das receitas potenciais.

Por que essa estratégia reduz risco idiossincrático?

Investir na infraestrutura dos IPOs dá exposição a receitas baseadas em taxas, menos dependentes do desempenho operacional de uma única empresa listada. Em vez de apostar na trajetória de uma startup que pode falhar, o investidor aposta em um fluxo de receitas mais diversificado e estrutural: listagens, anuidades, taxas de transação e serviços associados.

Porém a palavra-chave é: sensibilidade cíclica.

Riscos e limites da tese

Volumes de IPOs e receitas correlatas tendem a ser cíclicos e altamente sensíveis à confiança econômica e à estabilidade dos mercados de capitais. Em períodos de aversão ao risco, as ofertas públicas arrefecem rapidamente e as receitas caem com elas. Há ainda risco regulatório: mudanças nas regras de listagem, limites para taxas de corretagem ou novas diretrizes de underwriting podem reduzir as margens. A concorrência e a disrupção por fintechs e plataformas alternativas também pressionam preços e fatias de mercado.

A concentração geográfica, especialmente a exposição ao mercado dos EUA e ao setor de tecnologia, aumenta a vulnerabilidade a choques setoriais.

Onde procurar oportunidades além dos nomes óbvios?

A oportunidade se estende além de ICE, Nasdaq e Goldman Sachs. Bancos de médio porte que atuam em mercados regionais, provedores de tecnologia de negociação, operadores de mercados de derivativos e empresas de clearing merecem atenção. No Brasil, a B3 integra esse ecossistema e a regulação da CVM influencia diretamente condições de listagem e custo de captação.

Conclusão prática

A infraestrutura financeira dos IPOs oferece uma maneira temática de se beneficiar de um mercado de capitais aquecido: receitas baseadas em taxas podem dar maior previsibilidade durante janelas ativas de emissão. Mas lembra: é uma tese cíclica. Consulte seu assessor de investimentos, avalie impacto fiscal no Brasil e direcione posição com gestão de risco adequada. Este texto não é recomendação personalizada. Resultados futuros dependerão da evolução dos mercados, da confiança dos investidores e de decisões regulatórias.

Análise Detalhada

Mercado e Oportunidades

  • Oportunidade de captar receitas recorrentes e baseadas em taxas provenientes de processos de listagem, anuidades e volumes de negociação gerados por novas empresas públicas.
  • A NYSE levantou US$61 bilhões em capital no primeiro semestre de 2025, indicando aumento significativo na atividade de captação.
  • Volumes de IPOs cresceram cerca de 40% em relação ao ano anterior, ampliando a base de receitas para exchanges, bancos e provedores de serviços.
  • Focar na infraestrutura financeira que facilita IPOs reduz o risco idiossincrático associado à aposta em empresas individuais recém-listadas.
  • Taxas de underwriting tradicionais variam entre 3% e 7% do capital levantado, representando fatias substanciais das receitas de bancos coordenadores.

Empresas-Chave

  • Intercontinental Exchange, Inc. (ICE): Controladora da NYSE; gera receitas por taxas iniciais de listagem, anuidades e aumento de volume de negociação decorrente de novas ofertas públicas, beneficiando-se do crescimento do número de listings.
  • Goldman Sachs Group, Inc. (GS): Banco de investimento global que atua como coordenador líder em IPOs, responsável por precificação, estruturação e cumprimento regulatório; recebe taxas de underwriting que constituem parcela significativa da receita em ciclos ativos de IPO.
  • Nasdaq, Inc. (NDAQ): Bolsa eletrônica que atrai sobretudo empresas de tecnologia; beneficia-se da maior demanda por listagens eletrônicas e volumes de negociação, além de oferecer infraestrutura tecnológica para emissão e negociação.
  • Cboe Global Markets (CBOE): Operadora de mercados de derivativos e opções; o aumento da volatilidade e do interesse por novas ações eleva a demanda por produtos derivativos, impulsionando receitas de negociação e clearing.

Riscos Principais

  • Dependência cíclica dos mercados de capitais: em períodos de aversão ao risco, volumes de IPO e receitas correlatas podem cair abruptamente.
  • Risco regulatório: mudanças nas regras de listagem, estruturas de taxas ou normas de underwriting podem reduzir margens e volumes.
  • Concorrência e disrupção tecnológica: novas plataformas de captação, fintechs e modelos alternativos podem pressionar fluxos tradicionais de receita.
  • Concentração geográfica e setorial: dependência de determinados setores (por exemplo, tecnologia) ou de mercados específicos (como os EUA) aumenta a vulnerabilidade a choques setoriais.

Catalisadores de Crescimento

  • Modelo de receita baseado em taxas oferece previsibilidade relativa durante janelas ativas de IPO.
  • Melhora na confiança econômica e maior apetite por histórias de crescimento sustentam volumes elevados de ofertas públicas.
  • Continuidade de listagens do setor de tecnologia favorece bolsas e provedores com infraestrutura eletrônica robusta.
  • Evolução para mercados de capitais mais eficientes — incluindo negociação eletrônica e processos de emissão mais ágeis — tende a aumentar o número e a velocidade das transações.

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Perguntas frequentes

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