Além do octógono: por que o streaming de esportes é o novo campo de batalha dos investimentos

Author avatar

Aimee Silverwood | Financial Analyst

6 min de leitura

Publicado em 12 de agosto de 2025

Com apoio de IA

Resumo

  • Impacto do acordo UFC Paramount: UFC streaming converte pay-per-view em assinaturas, impulsionando streaming esportivo.
  • Oportunidades de investimento em infraestrutura para transmissão ao vivo: CDN streaming e provedores de baixa latência.
  • Como investir em ações de empresas de streaming esportivo no Brasil: BDRs, frações e plataformas internacionais.
  • Riscos: inflação de direitos, falhas técnicas, regulação; veja Roku investimentos e DraftKings apostas para diversificar.

O que o acordo Paramount e UFC revela

O pacto da Paramount para transmitir eventos do UFC por US$7,7 bilhões mudou o jogo. Isso significa que conteúdo esportivo premium está migrando do modelo pay‑per‑view — pago por evento — para plataformas de assinatura. Para o investidor, a pergunta é direta: onde mora o valor nessa nova arquitetura de mercado?

Vamos aos fatos. Esportes ao vivo geram appointment viewing — audiências que assistem em tempo real, algo raro no ecossistema on‑demand. Isso reduz churn e aumenta o valor de vida do cliente (LTV). Em termos práticos, converter receitas esporádicas de pay‑per‑view em assinaturas previsíveis significa fluxo de caixa mais estável e previsibilidade de receita para quem detém o público.

Além do octógono: por que o streaming de esportes é o novo campo de batalha dos investimentos

Onde estão as maiores oportunidades

É tentador apontar apenas para detentores de direitos. Mas a maior oportunidade muitas vezes está na infraestrutura que viabiliza a transmissão. CDNs (redes de entrega de conteúdo), provedores de streaming de baixa latência, plataformas OTT e empresas de ad tech capturam parcelas relevantes do valor, independentemente de quem tenha o conteúdo.

Considere Netflix, Roku e DraftKings. A Netflix, embora conhecida por conteúdo on‑demand, investe em infraestrutura para melhorar a experiência e reduzir churn. A Roku monetiza distribuição e publicidade, ficando fora da guerra por direitos mas dentro da cadeia de valor. Já a DraftKings representa a conexão entre transmissão e monetização direta: apostas in‑play integradas ao streaming podem gerar assinaturas, microtransações e comissões.

No Brasil, o ecossistema local também muda. Globos, Star+ e operadoras como Claro/NET competem por pacotes e exclusividades. Transmissões de futebol em bares e salas de estar continuam relevantes; a diferença agora é que a tecnologia determina se o espectador fica ou abandona o serviço.

Como isso impacta o investidor brasileiro

Acordos como o da Paramount (US$7,7 bi, aproximadamente R$40 bilhões, dependendo do câmbio) mostram por que empresas de infraestrutura e plataformas de distribuição merece atenção. Para investidores que preferem exposição internacional, há caminhos: BDRs, compra direta de ADRs ou frações de ações por meio de corretoras que aceitam BRL e oferecem acesso a mercados estrangeiros (por exemplo, XP e Avenue). Lembre: há risco cambial.

Também vale avaliar empresas de suporte: CDNs, provedores de dados esportivos que alimentam apostas em tempo real, plataformas de ad tech e ferramentas de analytics. Muitas vezes o crescimento nelas é menos dependente de leilões bilionários por direitos e mais ligado a tendências tecnológicas permanentes (5G, edge computing, streaming adaptativo).

Riscos e cuidados

Riscos existem. A inflação dos custos de direitos pode erodir margens. Broadcasters tradicionais, com laços históricos com ligas e federações, ainda são concorrentes fortes. Falhas técnicas em transmissões ao vivo geram cancelamentos em massa e dano de reputação. Há ainda risco regulatório: no Brasil, direitos de transmissão dependem de acordos com ligas e regras da agência audiovisual; apostas online passam por um quadro regulatório em evolução, com exigência de licenciamento, controles de proteção ao consumidor e medidas contra lavagem.

Conclusão: estratégia e moderação

O streaming de esportes transforma receitas esporádicas em recorrentes e cria novas fontes de monetização via apostas e publicidade. Mas a melhor exposição ao tema pode não ser o dono do evento, e sim os provedores que entregam a experiência. O investidor inteligente busca diversificação: considerar empresas de infraestrutura, plataformas de distribuição e players de monetização, avaliando riscos cambiais e regulatórios. E, claro, acompanhe as oportunidades de investimento fracionado para entrar com posição calibrada.

Análise Detalhada

Mercado e Oportunidades

  • Acordos de direitos exclusivos (ex.: Paramount — US$7,7 bilhões pelo UFC) indicam migração do pay-per-view para modelos de assinatura.
  • Transmissões esportivas ao vivo reduzem churn e aumentam o LTV, justificando investimentos elevados em conteúdo exclusivo.
  • Crescimento da demanda por infraestrutura de baixa latência (CDNs, edge computing, streaming adaptativo) e soluções escaláveis.
  • Integração entre streaming e apostas em tempo real pode gerar receitas adicionais (assinaturas, microtransações e comissões).
  • Plataformas de distribuição e ad tech (ex.: Roku) capturam valor independentemente dos detentores dos direitos de conteúdo.
  • Investimento fracionado e plataformas digitais facilitam acesso de pequenos investidores a empresas do ecossistema.

Empresas-Chave

  • [Netflix, Inc. (NFLX)]: Plataforma global de streaming que investe em infraestrutura própria e entrega de conteúdo para reduzir churn; embora focada em on‑demand, seus investimentos em tecnologia de rede e experiência do usuário a posicionam para beneficiar‑se de transmissões ao vivo e demanda por baixa latência.
  • [Roku, Inc. (ROKU)]: Fornecedora de plataforma e tecnologia de distribuição (sistema operacional para TVs, marketplace e ad tech); captura receita de publicidade e distribuição independentemente dos detentores de conteúdo.
  • [DraftKings Inc. (DKNG)]: Empresa de apostas esportivas com integração tecnológica para apostas in‑play; a capacidade de conectar dados em tempo real ao conteúdo ao vivo pode gerar novas fontes de receita para plataformas de streaming.

Riscos Principais

  • Inflação dos custos de aquisição de direitos esportivos por guerras de oferta entre plataformas.
  • Concorrência de broadcasters tradicionais com recursos financeiros e relações consolidadas com ligas e federações.
  • Risco operacional: falhas técnicas em transmissões ao vivo podem causar cancelamentos em massa e prejuízo à marca.
  • Risco regulatório: incertezas sobre direitos de transmissão e restrições ou proibições de apostas online em várias jurisdições.
  • Risco de monetização: conteúdo exclusivo nem sempre se converte em crescimento sustentável de assinantes.
  • Risco cambial e de mercado para investidores brasileiros expostos a empresas listadas no exterior.

Catalisadores de Crescimento

  • Conteúdo esportivo exclusivo que reduz churn e aumenta o LTV do assinante.
  • Integração de funcionalidades de apostas ao vivo e monetização de dados em tempo real.
  • Avanços tecnológicos (CDNs, 5G, streaming de baixa latência, edge computing) que melhoram a experiência do usuário.
  • Migração de grandes eventos e ligas (futebol, críquete, lutas) para plataformas digitais, ampliando o mercado endereçável.
  • Adoção de modelos híbridos de receita (assinatura, publicidade e microtransações) que diversificam fluxos de receita.
  • Maior acesso de pequenos investidores via investimento fracionado em plataformas reguladas.

Análises recentes

Como investir nesta oportunidade

Ver a carteira completa:Beyond The Octagon: Investing In Sports Streaming

16 Ações selecionadas

Perguntas frequentes

Este artigo é material de marketing e não deve ser interpretado como recomendação de investimento. Nenhuma informação aqui apresentada deve ser considerada como orientação, sugestão, oferta ou solicitação para compra ou venda de qualquer produto financeiro, nem como aconselhamento financeiro, de investimento ou de negociação. Quaisquer referências a produtos financeiros específicos ou estratégias de investimento têm caráter meramente ilustrativo/educativo e podem ser alteradas sem aviso prévio. Cabe ao investidor avaliar qualquer investimento em potencial, analisar sua própria situação financeira e buscar orientação profissional independente. Rentabilidade passada não garante resultados futuros. Consulte nosso Aviso de riscos.

Oi! Nós somos a Nemo.

Nemo, abreviação de «Never Miss Out» (Nunca fique de fora), é uma plataforma de investimentos no celular que coloca na sua mão ideias selecionadas e baseadas em dados. Oferece negociação sem comissão em ações, ETFs, criptomoedas e CFDs, além de ferramentas com IA, alertas de mercado em tempo real e coleções temáticas de ações chamadas Nemes.

Invista hoje na Nemo