A grande terceirização na banca: o que vem a seguir?

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Aimee Silverwood | Financial Analyst

Publicado em 5 de setembro de 2025

Resumo

  1. A terceirização bancária está transformando o setor financeiro, com bancos transferindo gestão de ativos para especialistas como BlackRock.
  2. Gestores de ativos globais oferecem infraestrutura tecnológica superior que bancos tradicionais não conseguem replicar internamente.
  3. Investidores brasileiros podem aproveitar oportunidades em ações de gestores como BlackRock e empresas de tecnologia financeira.
  4. A transformação financeira cria riscos de dependência externa, mas oferece potencial de melhores margens para bancos bem posicionados.

A grande terceirização na banca: o que vem a seguir?

O setor bancário global está passando por uma transformação silenciosa, mas profunda. A recente transferência de £80 bilhões do Citigroup para a BlackRock não é apenas mais uma parceria estratégica – é o sinal de uma mudança estrutural que está redefinindo como os bancos operam e onde os investidores inteligentes devem posicionar seus recursos.

O fim do modelo "faça tudo"

Por décadas, os grandes bancos operaram sob a premissa de que poderiam fazer tudo internamente. Gestão de ativos, análise de risco, desenvolvimento tecnológico – tudo sob o mesmo teto. Essa era está chegando ao fim. Vamos aos fatos: manter divisões de investimento competitivas exige investimentos massivos em tecnologia, compliance regulatório cada vez mais complexo e talentos especializados que custam caro.

A questão que surge é simples: por que reinventar a roda quando empresas como a BlackRock já dominam essa arte? Com mais de £7 trilhões sob gestão e a plataforma Aladdin processando milhões de transações diárias, a gigante americana oferece uma infraestrutura que poucos bancos conseguem replicar internamente.

A nova dinâmica do mercado

Esta terceirização em massa cria um ecossistema completamente novo. De um lado, temos gestores de ativos globais com capacidade tecnológica e operacional para absorver transferências massivas. Do outro, bancos que podem focar no que fazem de melhor: relacionamento com clientes e produtos bancários tradicionais.

Isso significa que empresas especializadas podem oferecer produtos de investimento com maior eficiência de custos. A Janus Henderson Group, por exemplo, combina expertise boutique com escala global, oferecendo estratégias ativas personalizadas que bancos tradicionais dificilmente conseguem desenvolver internamente.

Oportunidades para o investidor brasileiro

Para investidores brasileiros, essa transformação abre portas interessantes. Primeiro, as ações de gestores de ativos como BlackRock (BLK) e Janus Henderson (JHG) se beneficiam diretamente desse influxo de novos ativos. Segundo, empresas de tecnologia financeira que fornecem a infraestrutura para essas parcerias também estão na mira.

Mas atenção: nem todos os bancos sairão perdendo. Aqueles que executam bem essa transição, mantendo relacionamentos sólidos com clientes enquanto terceirizam a gestão, podem ver suas margens melhorarem significativamente. O próprio Citigroup pode ser um exemplo disso.

Os riscos no horizonte

Naturalmente, essa mudança não vem sem riscos. Bancos podem tornar-se excessivamente dependentes de parceiros externos, perdendo capacidades críticas. Há também a questão do risco sistêmico: concentrar trilhões de dólares entre poucos gestores grandes levanta preocupações regulatórias legítimas.

Além disso, relacionamentos com clientes podem ser prejudicados se as transições forem mal gerenciadas. A volatilidade do mercado testará esses novos arranjos, e alguns bancos podem ser tentados a trazer capacidades de volta internamente.

O que esperar daqui para frente

As pressões que impulsionam essa tendência não vão diminuir. Regulamentações mais rigorosas aumentam custos de compliance, clientes mais sofisticados demandam melhor desempenho com taxas menores, e a ascensão do investimento passivo muda as preferências para fundos de índice de baixo custo.

Para investidores que buscam exposição a essa transformação estrutural do setor financeiro, as oportunidades são múltiplas. Gestores de ativos com histórico comprovado, fintechs que fornecem infraestrutura tecnológica, e até mesmo bancos que navegam bem essa transição podem oferecer retornos atrativos.

O mercado endereçável é enorme – bancos globalmente gerenciam trilhões em ativos de clientes que podem ser terceirizados. E com plataformas digitais democratizando o acesso através de ações fracionárias, essa tendência estrutural está ao alcance de qualquer investidor disposto a entender e apostar no futuro da banca.

A terceirização bancária não é apenas uma tendência passageira – é a nova realidade de um setor em transformação.

Análise Detalhada

Mercado e Oportunidades

O setor de gestão de ativos está passando por uma transformação estrutural significativa, criando oportunidades diversificadas para diferentes tipos de players. As principais oportunidades incluem:

  • Gestores de ativos globais com capacidade tecnológica e operacional para absorver transferências massivas de ativos bancários
  • Empresas de tecnologia financeira que fornecem infraestrutura para gestão de portfólios e análise de risco
  • Gestores tradicionais especializados em estratégias ativas e atendimento personalizado para clientes de alta renda
  • Plataformas digitais que democratizam o acesso a investimentos institucionais através de ações fracionárias

Empresas-Chave

BlackRock (BLK): Maior gestora de ativos do mundo com mais de £7 trilhões sob gestão, líder em tecnologia através da plataforma Aladdin que processa milhões de transações diárias e oferece análise de risco institucional. A empresa está bem posicionada para capturar a migração de ativos bancários devido à sua escala e capacidades tecnológicas superiores.

Janus Henderson Group (JHG): Gestora de ativos tradicional especializada em estratégias de investimento ativo em mercados globais, oferecendo expertise boutique e abordagem personalizada para clientes exigentes. Representa uma oportunidade para investidores que buscam exposição a gestores especializados com foco em performance ativa.

Citigroup (C): Banco global que está redefinindo seu foco estratégico através de parcerias com gestores especializados, mantendo relacionamentos com clientes enquanto terceiriza gestão de investimentos. Exemplifica como bancos tradicionais podem se beneficiar dessa transição quando executada adequadamente.

Riscos Principais

A transformação do setor apresenta riscos significativos que devem ser considerados:

  • Bancos podem perder capacidades críticas e tornar-se excessivamente dependentes de parceiros externos
  • Relacionamentos com clientes podem ser prejudicados se transições forem mal gerenciadas ou qualidade do serviço declinar
  • Maior escrutínio regulatório pode impor novos requisitos de supervisão que complicam essas parcerias
  • Concentração de ativos entre poucos gestores grandes levanta questões de risco sistêmico
  • Volatilidade do mercado pode testar esses novos arranjos e pressionar bancos a trazer capacidades de volta internamente

Catalisadores de Crescimento

Diversos fatores estruturais estão impulsionando essa transformação:

  • Pressão regulatória contínua aumentando custos de compliance para divisões de investimento bancárias
  • Clientes mais sofisticados demandando melhor desempenho com taxas menores
  • Ascensão do investimento passivo mudando preferências para fundos de índice de baixo custo
  • Competição de plataformas fintech elevando expectativas por experiências digitais e preços transparentes
  • Economias de escala que gestores especializados podem oferecer versus operações bancárias internas
  • Avanços tecnológicos permitindo integração perfeita de dados e gestão automatizada de portfólios

Detalhes do Investimento

Esta transformação estrutural oferece oportunidades de investimento em múltiplos setores: gestores de ativos com histórico comprovado e capacidades tecnológicas, empresas de tecnologia financeira que fornecem infraestrutura para essas parcerias, e até mesmo bancos que executam bem essas transições. O mercado endereçável é enorme, com bancos globalmente gerenciando trilhões em ativos de clientes que podem ser terceirizados. Investidores podem acessar essas oportunidades através de ações fracionárias a partir de £1, democratizando o acesso a essa tendência estrutural.

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