Apostando na riqueza dos mercados emergentes: a mina de ouro dos serviços financeiros

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Aimee Silverwood | Financial Analyst

6 min de leitura

Publicado em 31 de julho de 2025

Com apoio de IA

Resumo

  • Crescimento da riqueza em mercados emergentes cria demanda por gestão de patrimônio e serviços financeiros rentáveis.
  • Standard Chartered lucros subiram 26%, evidenciando oportunidade para bancos e ETFs mercados emergentes.
  • Como investir em serviços financeiros de mercados emergentes: iShares EEM IEMG IXG e ETFs financeiros diversificados.
  • Atenção a riscos de investir em mercados emergentes para investidores brasileiros: câmbio, risco político e tributação.

Oportunidade e evidências

O aumento da riqueza em mercados emergentes está criando uma janela de oportunidade rara para instituições financeiras que oferecem serviços de gestão de patrimônio. A prova mais recente veio do Standard Chartered: lucro subiu 26%, impulsionado pela divisão de wealth management nesses mercados. Isso não é um detalhe isolado, é um sinal concreto de demanda por serviços premium onde os novos milionários estão surgindo.

Por que isso importa para o investidor brasileiro? Porque a transformação da base de clientes em Ásia, África e América Latina significa receita recorrente e margens superiores para bancos e gestores de ativos. Gestão de patrimônio costuma cobrar taxas na faixa de 1–2% ao ano sobre ativos sob gestão, gerando fluxos de receita estáveis e com margens bem acima das operações bancárias de varejo tradicionais.

Como captar a tendência sem escolher um banco

Selecionar bancos individuais em países estrangeiros exige análise complexa e exposição a riscos específicos. ETFs oferecem uma alternativa prática. Fundos como EEM (MSCI Emerging Markets), IEMG (Core MSCI Emerging Markets) e IXG (Global Financials) permitem ao investidor ganhar exposição diversificada a empresas e instituições financeiras que operam onde a riqueza cresce.

Para brasileiros, a exposição pode ser obtida via BDRs, corretoras internacionais ou, em alguns casos, ETFs listados no Brasil que repliquem estratégias semelhantes. Isso significa menos esforço operacional que compras diretas no exterior, mas nem sempre menor risco.

Riscos que não podem ser ignorados

Investir nessa tendência traz riscos materiais. Instabilidade política em mercados emergentes pode afetar operações bancárias e confiança dos clientes; exemplos recentes na América Latina e em partes da África mostram como a volatilidade política traduz-se em impacto financeiro. Além disso, oscilações cambiais reduzem o retorno em reais, quando ativos são denominados em dólares ou outras moedas fortes.

Mudanças regulatórias, por sua vez, podem restringir produtos financeiros ou aumentar custos de conformidade para bancos locais e internacionais. E não podemos esquecer o risco econômico: recessões regionais tendem a reduzir a demanda por serviços premium de gestão de patrimônio.

Catalisadores de longo prazo

Ainda assim, há forças que favorecem continuidade do tema. Populações mais jovens, crescimento da classe média, adoção acelerada de tecnologia financeira — mobile banking e ferramentas baseadas em IA — e maior sofisticação dos mercados locais podem ampliar a base de clientes e reduzir custos de escala. Em termos macro, mercados emergentes respondem por mais de 60% do crescimento do PIB global, reforçando o motor econômico por trás dessa oportunidade.

Considerações práticas para o investidor brasileiro

Como a exposição se traduz em reais? Oscilações do câmbio podem amplificar ganhos ou perdas. Há também implicações fiscais importantes: ganhos obtidos no exterior estão sujeitos ao Imposto de Renda, e operações cambiais podem implicar IOF; verifique a legislação vigente e consulte seu assessor tributário. Evite concentrações excessivas em um único país ou setor, mesmo dentro de ETFs que, por vezes, apresentam pesos elevados em determinadas economias.

Conclusão: oportunidade com cautela

O salto de 26% nos lucros do Standard Chartered, puxado pela wealth management em mercados emergentes, funciona como um case para investidores que buscam temas de longo prazo. ETFs como EEM, IEMG e IXG oferecem uma maneira eficiente e diversificada de acessar esse universo, mas não eliminam riscos. A alocação deve ser feita com disciplina, ponderando volatilidade cambial, risco político e possíveis choques regulatórios.

Quer um resumo prático? Há uma tendência estrutural de crescimento da riqueza em mercados emergentes que favorece instituições financeiras bem posicionadas. Para captá-la, considere ETFs globais como ferramenta, mantenha diversificação, e verifique impacto cambial e tributário para sua carteira em R$. Para leitura complementar, veja Apostando na riqueza dos mercados emergentes: a mina de ouro dos serviços financeiros.

Análise Detalhada

Mercado e Oportunidades

  • Relatório do Standard Chartered registrou aumento de lucros de 26%, impulsionado por operações de gestão de fortunas em mercados emergentes, indicando demanda por serviços premium.
  • Mercados emergentes respondem por mais de 60% do crescimento do PIB global, representando um motor macroeconômico relevante para a expansão do setor financeiro.
  • Serviços de gestão de patrimônio cobram taxas premium (tipicamente 1–2% ao ano sobre ativos sob gestão), gerando receitas recorrentes e margens elevadas.
  • Clientes corporativos em mercados emergentes aumentam a demanda por produtos financeiros complexos, como derivativos e serviços de câmbio.
  • Adoção rápida de tecnologia financeira (ex.: mobile banking, soluções baseadas em IA) permite que instituições locais escalem serviços sem os entraves de sistemas legados.
  • Tendências demográficas favoráveis — populações mais jovens e expansão da classe média/afluente — sustentam a demanda de longo prazo por serviços bancários sofisticados.

Empresas-Chave

  • [MSCI Emerging Markets ETF iShares (EEM)]: ETF que replica o índice MSCI Emerging Markets, oferecendo exposição ampla a empresas large e mid-cap em cerca de 24 países emergentes; peso relevante no setor financeiro; utilizado para captar crescimento macro e participação nos mercados com aumento de riqueza.
  • [Core MSCI Emerging Markets iShares (IEMG)]: Versão de baixo custo que fornece diversificação ampla com acesso a mais de 1.400 empresas de mercados emergentes, incluindo bancos e provedores de serviços financeiros; atrai investidores sensíveis a taxas.
  • [Global Financials iShares (IXG)]: ETF focado em instituições financeiras globais — bancos, seguradoras e gestores de ativos — oferecendo exposição direta a empresas com operações importantes em economias de alto crescimento.

Riscos Principais

  • Instabilidade política em países emergentes que pode afetar operações bancárias e a confiança dos clientes.
  • Volatilidade cambial que reduz retornos em moeda local para investidores denominados em reais ou dólares.
  • Mudanças regulatórias súbitas que podem limitar serviços financeiros ou aumentar custos de conformidade para bancos locais e internacionais.
  • Recessões ou desacelerações econômicas que reduzam a demanda por serviços de gestão de patrimônio e produtos sofisticados.
  • Risco de concentração por país ou setor, mesmo dentro de ETFs que podem ter maior peso em determinadas economias ou em instituições financeiras específicas.

Catalisadores de Crescimento

  • Crescimento acelerado de indivíduos de alta renda e da classe média na Ásia, África e América Latina, ampliando a demanda por gestão patrimonial.
  • Diversificação geográfica e cambial ao investir em instituições com presença em múltiplos mercados emergentes.
  • Adoção acelerada de tecnologia financeira (mobile banking, inteligência artificial) que permite escala, lançamento de novos produtos e redução de custos.
  • Tendências demográficas favoráveis (populações mais jovens e força de trabalho em expansão) sustentam crescimento econômico de longo prazo.
  • Maior sofisticação dos mercados locais e expansão de serviços para clientes corporativos, ampliando a base de receitas das instituições financeiras.

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Perguntas frequentes

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