Quando os mercados entram em pânico, estas empresas lucram

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Aimee Silverwood | Financial Analyst

6 min de leitura

Publicado em 25 de julho de 2025

Com apoio de IA

Resumo

  1. Sistemas antifrágeis: ações que lucram com volatilidade, como bolsas de valores, formadores de mercado e market makers.
  2. Negociação de opções e VIX (CBOE, CME) amplia taxas, spreads e receitas em episódios de pânico.
  3. Atuam como hedge temático; aprender como proteger a carteira com ações antifrágeis e investir em volatilidade.
  4. Exposição via BDRs, ETF ou fundo para lucrar com volatilidade; avalie custos, correlação e riscos.

Por que algumas empresas lucram com o pânico

Existe um grupo de empresas que não apenas sobrevivem ao caos financeiro. Elas lucram com ele. São os chamados “sistemas antifrágeis”: bolsas, formadores de mercado e algumas instituições financeiras cujos modelos de negócio crescem quando a volatilidade e o medo aumentam.

Vamos aos fatos. Em dias de pânico, investidores correm para derivativos de proteção, volumes explodem e spreads se alargam. Isso significa mais comissões, mais taxas de clearing e mais receitas de trading para quem fornece liquidez. Exemplos claros incluem a CBOE (que gere o índice de volatilidade VIX), o CME Group e bancos com operações robustas de market making, como o Goldman Sachs.

Como funciona na prática

A lógica é simples. Bolsas como a CBOE e o CME cobram taxas sobre contratos de opções e futuros. Quando a aversão ao risco sobe, a demanda por esses produtos cresce. Mais contratos negociados significam mais taxas. A CBOE, por exemplo, vê o tráfego em opções aumentar quando o VIX sobe. O VIX é um indicador de expectativa de volatilidade implícita no mercado de opções. Ele costuma subir em episódios de pânico, tornando-se um termômetro de fluxo de negócios.

Formadores de mercado e traders de alta frequência lucram de outra maneira. Eles fornecem liquidez e capturam spreads. Em momentos de stress, os spreads entre preços de compra e venda se ampliam. Cada transação passa a render mais ao market maker. Além disso, a desordem nos preços cria oportunidades de arbitragem e estratégias quant que aumentam o faturamento por operação.

Bancos de investimento com mesas de trading também se beneficiam. Quando clientes institucionais procuram proteção ou precisam reequilibrar carteiras, essas mesas cobram por execução, concebem estruturas e assumem posições que geram lucros maiores em ambientes voláteis.

Função em carteiras: hedge temático, não âncora

A questão que surge é: como incorporar essas empresas numa carteira? A resposta prática é que elas funcionam melhor como diversificadores ou hedge temático. Em períodos curtos de estresse, tendem a apresentar correlação baixa ou negativa com ações tradicionais. Isso as torna úteis para proteção pontual.

Por outro lado, em mercados prolongadamente calmos, o desempenho pode ficar abaixo do mercado. Modelos de receita que dependem de volumes de negociação sofrem quando o fluxo diminui. Portanto, não é recomendável transformá-las em posição central da carteira sem entender o custo de oportunidade.

Riscos e canais de exposição para investidores brasileiros

Importante destacar riscos relevantes. Dependência de atividade de negociação, mudanças regulatórias que limitem taxas ou práticas de market making e disrupção tecnológica são ameaças reais. Falhas operacionais ou algoritmos adversos também podem reduzir competitividade.

Para investidores no Brasil, as vias de exposição incluem BDRs de empresas estrangeiras, ETFs internacionais negociados via corretoras brasileiras e fundos multimercado que integrem estratégias de volatilidade e market making. Há também ETNs e ETFs atrelados a índices de volatilidade (como VIX), mas atenção: essas estruturas podem ter comportamento de curto prazo distinto do ativo subjacente e custos de rollover.

Conclusão

Empresas antifrágeis oferecem uma maneira temática de se expor à volatilidade. Podem proteger e até gerar ganhos em episódios de pânico, mas carregam riscos claros e não são substitutas de uma alocação equilibrada. Investidores e gestores devem avaliar correlação, custos e complexidade operacional antes de incluir essas posições.

Quando os mercados entram em pânico, estas empresas lucram

Este texto é informativo e não constitui recomendação pessoal. A volatilidade pode aumentar lucros ou prejuízos. Considere riscos e procure um assessor para adequar qualquer estratégia ao seu perfil.

Análise Detalhada

Mercado e Oportunidades

  • Tese de investimento centrada em empresas que potencialmente lucram com volatilidade e incerteza dos mercados.
  • Durante pânicos, volumes de negociação e o uso de derivativos aumentam, gerando crescimento de receitas para bolsas e corretoras.
  • Formadores de mercado e traders de alta frequência capturam spreads mais amplos, aumentando a lucratividade por transação.
  • Ambiente macro atual — inflação variável, mudanças na política monetária e tensões geopolíticas — tende a manter níveis elevados de volatilidade, criando oportunidade contínua para essas empresas.
  • Podem atuar como hedge temático: terem correlação baixa ou negativa com ativos tradicionais em períodos de estresse.

Empresas-Chave

  • CBOE Global Markets (CBOE): Opera a Chicago Board Options Exchange e gere o índice de volatilidade VIX; gera receita significativa a partir de taxas sobre negociação de opções; volumes e volatilidade elevados aumentam diretamente suas receitas.
  • CME Group (CME): Opera o maior mercado de derivativos do mundo; lucra com o aumento da atividade de hedge via futuros e opções, cobrando taxas e serviços de clearing quando instituições e investidores buscam proteção em períodos incertos.
  • The Goldman Sachs Group (GS): Banco de investimento com divisões de trading e market making que se beneficiam de dislocações de mercado; suas receitas de trading costumam subir em ambientes voláteis graças à prestação de liquidez e à gestão de risco para clientes institucionais.

Riscos Principais

  • Desempenho inferior durante períodos prolongados de baixa volatilidade e mercados calmos.
  • Modelo de receita dependente da continuidade da atividade de negociação; queda nos volumes reduz lucros.
  • Mudanças regulatórias que limitem taxas, práticas de market making ou estruturas de mercado podem reduzir margens.
  • Disrupção tecnológica (novas plataformas, algoritmos adversos ou falhas operacionais) pode afetar competitividade.
  • Risco de concentração: exposição a poucas infraestruturas ou contraparte predominante.

Catalisadores de Crescimento

  • Aumento da volatilidade global, elevando volumes de negociação e demanda por derivativos.
  • Maior procura por produtos de hedge e serviços de gestão de risco por parte de institucionais e investidores de varejo.
  • Lançamento de novos produtos derivados e expansão de serviços de clearing que ampliem fontes de receita.
  • Ambientes geopolíticos e macroeconômicos instáveis que prolonguem períodos de incerteza.
  • Avanços em tecnologia de execução que permitam escalar operações de market making e reduzir custos.

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Perguntas frequentes

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