A jogada da infraestrutura: por que os investidores brasileiros estão de olho nas plataformas financeiras globais

Author avatar

Aimee Silverwood | Financial Analyst

Publicado em 17 de outubro de 2025

Resumo

  1. Infraestrutura financeira global oferece exposição estável via plataformas financeiras, reduzindo risco de concentração e volatilidade.
  2. BlackRock BLK, CME Group CME e Intercontinental Exchange ICE capturam receitas recorrentes com ETFs internacionais, derivativos e dados.
  3. Investidores no Brasil acessam plataformas de investimento globais para investidores brasileiros e frações a partir de US$1.
  4. Diversificação internacional recomenda alocação 5%–20% em infraestrutura financeira global, avaliando câmbio, riscos regulatórios e fiscais.

A jogada da infraestrutura: por que os investidores brasileiros estão de olho nas plataformas financeiras globais

Investir diretamente em small caps estrangeiras exige tempo, pesquisa e tolerância à volatilidade. Existe uma alternativa menos arriscada? Sim. A estratégia de apostar em empresas de infraestrutura financeira — gestoras de ativos, bolsas e provedores de dados — oferece exposição ao crescimento internacional sem depender da seleção de nomes individuais. Vamos aos fatos.

A estratégia "picks and shovels" nas finanças — ou seja, comprar as ferramentas em vez das minas — permite capturar o aumento de volumes e serviços que acompanham a globalização dos mercados. Em vez de escolher uma small cap que pode disparar ou quebrar, o investidor acessa plataformas que lucram com taxas de gestão, comissões de transação e assinaturas de dados. Isso significa menos risco concentrado e receitas mais previsíveis.

Por que BlackRock (BLK), CME Group (CME) e Intercontinental Exchange (ICE) entram nessa história? Porque cada uma traduz esse modelo de forma diferente. A BlackRock, com a plataforma iShares, domina ETFs (fundos negociados em bolsa) e recebe receitas recorrentes via taxas de gestão. A CME opera mercados de derivativos que são essenciais para hedge e liquidez, beneficiando-se do aumento do volume de negociação. A ICE combina bolsas com serviços de dados em tempo real, vendidos para instituições que dependem de informação precisa para trading algorítmico e análise com IA.

Isso significa que essas empresas crescem mesmo quando ações isoladas enfrentam dificuldades? Em parte. As receitas ligadas a transações, gestão e dados tendem a ser relativamente estáveis e a crescer com a maior participação de investidores e o avanço tecnológico. Ainda assim, não são imunes a quedas de atividade nos mercados nem a riscos regulatórios.

E o investidor brasileiro, como participa? Hoje é mais simples. Corretoras e plataformas reguladas oferecem frações a partir de US$1 (aproximadamente R$5 a R$6 no momento de publicação), permitindo exposição com pouco capital inicial. Plataformas como a Nemo (exemplo de infraestrutura regulada) reduzem barreiras de entrada e tratam de parte da complexidade operacional. Importante: há obrigações com a CVM e a Receita Federal; ganhos em ativos no exterior devem ser declarados e tributados conforme as regras vigentes.

Quais são os principais riscos? Primeiro, sensibilidade ao nível geral de atividade de mercado: menos trades, menos receita. Segundo, mudanças regulatórias que alterem modelos de cobrança ou acesso a mercados. Terceiro, câmbio: variações BRL/USD afetam diretamente a rentabilidade em reais. Há também riscos operacionais e cibernéticos, e uma concorrência crescente que pode pressionar margens.

E os catalisadores de crescimento? A expansão das ETFs e da gestão passiva; a demanda por dados e tecnologia para trading com IA; e a crescente participação de investidores de varejo e institucionais em mercados internacionais. Esses vetores ampliam a base de clientes e a previsibilidade de receita.

Como posicionar uma carteira? Não é recomendação personalizada, mas sim uma orientação genérica para due diligence: conservadores podem considerar uma alocação reduzida, por exemplo 5% a 10% do portfólio total; perfis moderados, 10% a 20%. Diversifique entre gestoras, bolsas e provedores de dados e mantenha exposição cambial alinhada ao seu objetivo. Verifique custos, liquidez e tratamento fiscal antes de comprar.

A pergunta final: vale mais a pena apostar na infraestrutura do que correr atrás de small caps estrangeiras? Para muitos investidores brasileiros que buscam diversificação internacional com menor risco de concentração, a resposta tende a ser positiva. Plataformas robustas capturam o crescimento dos mercados sem depender do desempenho de uma única empresa. Para leitura complementar, veja o texto: A jogada da infraestrutura: por que os investidores brasileiros estão de olho nas plataformas financeiras globais.

Risco e clareza: sempre. Não há garantias. Faça sua própria diligência, consulte um assessor e mantenha controles sobre exposição cambial e fiscal.

Análise Detalhada

Mercado e Oportunidades

  • Exposição ao crescimento do investimento internacional sem depender da seleção de small caps estrangeiras.
  • Aumento de volumes de negociação e fluxos passivos (ETFs/índices) que geram receitas recorrentes para provedores de infraestrutura.
  • Expansão de serviços de dados e tecnologia para trading algorítmico e investimento baseado em IA, criando novas fontes de receita.
  • Adoção crescente de plataformas que oferecem frações de ações e baixas barreiras de entrada para investidores brasileiros.
  • Harmonização regulatória internacional que facilita fluxos transfronteiriços de capital.

Empresas-Chave

  • BlackRock, Inc. (BLK): Plataforma iShares e tecnologia proprietária para gestão e alocação; uso principal em ETFs e soluções passivas que facilitam fluxos transfronteiriços; receitas majoritariamente por taxas de gestão e escala operacional, com perfil financeiro lucrativo.
  • CME Group Inc. (CME): Infraestrutura líder para mercados de derivativos (futuros e opções); usada para hedge e gestão de risco cambial por investidores globais; beneficia-se de efeitos de rede e aumento de liquidez, impulsionando receitas com maiores volumes.
  • Intercontinental Exchange, Inc. (ICE): Operadora de bolsas e provedora de dados de mercado e tecnologia de negociação; aplicada a fornecimento de dados em tempo real e suporte a estratégias algorítmicas; gera receita combinada de infraestrutura de negociação e serviços de dados.

Riscos Principais

  • Sensibilidade ao nível geral de atividade de mercado: queda em volumes reduz receitas de transação.
  • Riscos regulatórios e mudanças de políticas que podem afetar modelos de cobrança, acesso a mercados ou requisitos de capital.
  • Exposição cambial — variações BRL/USD influenciam retornos locais mesmo que empresas operem globalmente.
  • Risco operacional e cibernético ligado à centralidade tecnológica dessas plataformas.
  • Concorrência crescente (novas plataformas, provedores de dados independentes) que pode pressionar margens.

Catalisadores de Crescimento

  • Crescimento contínuo da gestão passiva e das ETFs como veículo preferido para diversificação global.
  • Adoção ampliada de tecnologia (IA, algoritmos de execução e análise de dados) que aumenta demanda por dados e infraestrutura.
  • Maior participação de investidores de varejo e institucional em mercados internacionais.
  • Facilidades de acesso (corretoras que oferecem frações, plataformas reguladas) reduzindo barreiras para investidores brasileiros.
  • Harmonização regulatória internacional e acordos que facilitam fluxo de capitais e operação transfronteiriça.

Análises recentes

Como investir nesta oportunidade

Ver a carteira completa:Global Small-Cap Growth: What's Next for Brazil?

6 Ações selecionadas

Perguntas frequentes

Este artigo é material de marketing e não deve ser interpretado como recomendação de investimento. Nenhuma informação aqui apresentada deve ser considerada como orientação, sugestão, oferta ou solicitação para compra ou venda de qualquer produto financeiro, nem como aconselhamento financeiro, de investimento ou de negociação. Quaisquer referências a produtos financeiros específicos ou estratégias de investimento têm caráter meramente ilustrativo/educativo e podem ser alteradas sem aviso prévio. Cabe ao investidor avaliar qualquer investimento em potencial, analisar sua própria situação financeira e buscar orientação profissional independente. Rentabilidade passada não garante resultados futuros. Consulte nosso Aviso de riscos.

Oi! Nós somos a Nemo.

Nemo, abreviação de «Never Miss Out» (Nunca fique de fora), é uma plataforma de investimentos no celular que coloca na sua mão ideias selecionadas e baseadas em dados. Oferece negociação sem comissão em ações, ETFs, criptomoedas e CFDs, além de ferramentas com IA, alertas de mercado em tempo real e coleções temáticas de ações chamadas Nemes.

Invista hoje na Nemo